Desde o começo da pandemia, eu sempre disse que o Mundo caiu de joelhos diante da “COVID-19”, muitos me chamaram de exagerado. E aí está o resultado, este vírus cruel e letal, ainda está entre nós, levando vidas e mais vidas prematuramente. E após tanto tempo, nada parece mudar... Meses passaram sobre nossas cabeças, nos fazendo abdicar de praticamente tudo.
Precisamos voltar a sociabilizar (eu sei, todos sabemos e queremos). Precisamos também estar com aqueles que gostamos (parentes, amigos, colegas de estudo e trabalho) e nada com este amover social cruel, mas sim, podendo trocar o mínimo contato, além dos acenos distantes. Não queremos ficar temerosos se um amigo é um convite para à “COVID-19”. Queremos o retorno dos beijos na boca de verdade... “Falar novas línguas!” Chega de viver nos “50 tons de cinza”... Nos retratos em branco e preto.
Diante de todas as incertezas de como agir, pensar e fazer? Hoje nada prevemos, porque, inexiste no momento o “livre-arbítrio”. Somos todos prisioneiros das inconsequências dos governantes do Mundo, que subsidiam as pesquisas para que se encontre uma vacina, na tentativa de uma cura do “Novo Coronavírus”... Ao mesmo tempo, bancam o retorno social antes da hora (sem que exista verdadeiramente o achatamento da curva da doença), fazendo igual a mitológica “Penélope”¹, que trabalhava tecendo seu enxoval de dia e à noite, secretamente desfazia todo o serviço feito. Porém, “Penélope” fazia isso, para sublimar a ausência de seu amado “Ulisses”. Já os governantes, querem o retorno do convívio social antes do tempo, por questões monetárias. Mas, se tudo der errado, se gastará ainda mais dinheiro com “auxílios emergenciais” e ao combate da doença, que ficará ainda mais aguda, levando muitos ao óbito. E se uma nova quarentena geral for estabelecida (nos quatro cantos do Mundo), o sistema de saúde sucumbirá, a quebradeira financeira será generalizada e o psicológico, irá deixar todas as pessoas ainda mais com os cabelos brancos e de pé e isso, ninguém mais aguenta.
Para que reabrir museus na “Europa?” - para que permitir surfistas e banhistas nas praias do “Rio de Janeiro?” - e estes são apenas dois exemplos. A pergunta é: precismos mesmo disso neste momento, viver o “normal dentro da total anormalidade?”
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¹ “Penélope” (em grego: Πηνελόπη), na mitologia grega, é esposa de “Ulisses”, filha de “Icário e de Periboea”. Por dez anos, “Penélope” esperou a volta de seu marido, da “Guerra de Troia”. A longa viagem de retorno de “Ulisses”, é o tema da “Odisseia”, do poeta épico da “Grécia Antiga - Homero” (928 a.C - 898 a.C.).