Não foi uma nota de 20 Dólares falsa que matou aquele negro grande em estatura, porém apequenado... Humilhado, pela falta de amor ao próximo, vinda de um policial (que não o matou por ser branco), mas sim, por ser totalmente despreparado para o serviço policial.
Não é levantar bandeira, não é debater um clichê social de séculos, não é cair em um lugar comum. Sim, “vidas negras importam”; “vidas brancas importam”; “vidas indígenas importam”; “vidas importam”, inerente da cor da pele ou etnia.
Como mestre universitário, creio que é necessário dizer, que o combate ao racismo precisará ser uma pauta cotidiana das “Escolas, Universidades e Faculdades”, após à “COVID-19”. Precisaremos envolver tanto o poder público, a população, os professores e estudantes neste debate, que deverá ser franco e amplo.
É preciso parar de “satanizar Monteiro Lobato”, por uma suposta literatura racista do autor, eram outros tempos aqueles. Então, quando “José Bento Renato Monteiro Lobato” (18 de abril de 1882 - 4 de julho de 1948), diz em suas obras literárias, que: “Nastácia é uma negra amável e confiável...” - ele está então e somente, identificando a personagem para que as crianças de seu tempo, pudessem imaginar como ela é (já que os livros da época, não vinham ilustrados). É óbvio, que hoje em dia, esta narrativa dispensaria tais relatos, devido as ilustrações dos livros, aos desenhos animados de TV/Cinema, etc... - e ao advento da Internet, principalmente.
Nos tempos atuais, da geração de “George Perry Floyd Jr.” (14 de outubro de 1973 - 25 de maio de 2020), um homem afro-americano, desarmado, que estava no chão imobilizado, algemado, com um agente policial, ajoelhado em seu pescoço e o rosto colado no asfalto durante (8 minutos e 46 segundos), acabando por perder sua vida, devido a esta atitude truculenta e desnecessária, inexistindo literatura possível, que nos explique uma atitude assim.
“George Floyd” antes de morrer, lembrou de sua falecida mãe e implorou ao policial que o imobilizava, dizendo: “I can't breathe!” — “Eu não consigo respirar!”
Este caso aconteceu na cidade de “Minneapolis - Minnesota - EUA”), no dia (25 de maio de 2020), bem no meio da pandemia do “Novo Coronavírus”. Onde foi parar a empatia, resgatada pelas pessoas nos primeiros dias da pandemia da “COVID-19?” - a “máscara caiu” meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, voltamos ao Mundo cruel e sem bondade outra vez!
O “grito negro” por justiça, com o povo protestando de joelhos, pelas ruas de muitas cidades americanas (em um Mundo ainda caído de joelhos, devido ao “Coronavírus”), não pode se tornar em um ato somente simbólico. As atitudes descriminatórias, não acabarão “num passe de mágica”.
Tudo bem, muitos irão dizer que “George Floyd” não era santo, pois, tinha ficha criminal. Sim, existem pessoas de todos os tipos na face da Terra. Porém, precisamos renovar nossos conceitos e, saber combater este tipo de gente irracional, onde as polícias tem de ser para proteger o cidadão de bem e prender (e não condenar a pena de morte), os que não são do bem. Até porque, se um criminoso tem de ser punido por seus atos ilícitos, um policial que comete um crime, passa a ser então e somente, um criminoso com uma arma e um distintivo. O certo é que, o poder policial não é constituído por soldados em guerra, pois, estes sim, atiram primeiro antes de pensar. É como diz uma de minhas frases:
“Na guerra não existe o minuto seguinte, é matar ou morrer!”
Mas, em centros urbanos, não pode haver disparidade de minutos, invisibilidade, onde pessoas deixam de existir (por balas perdidas), ou por um policial que mata e sorri de canto de boca, como se tivesse dominado um animal feroz (veja na fotomontagem ®DOUG BLOG, abaixo), onde ele é filmado por uma câmera de segurança de rua, mas, parece ser uma produção “hollywoodiana”. E tudo devido a cor da pele de alguém. Isso não pode acontecer mais, embora estejamos cientes que tais fatos continuarão acontecendo com outros “George Floyd's” e outras “Marielles”¹, sendo impiedosamente executados diante dos olhos deste nosso Mundo hoje ainda muito pandêmico, devido à “COVID-19” e da falta de condescendência.
Não foi uma nota de (US$ 20), falsa que matou “George Floyd”... Mas sim, a falsidade humana, que fica na maior parte do tempo, fazendo de conta que não existe desigualdade social, principalmente em um país, que só prosperou graças a colonização a partir do século XVI, com povos de todas as etnias, migrando para a “América do Norte”.
Vou finalizar por aqui, pois, o racismo e os demais preconceitos me enojam... E assim: “Eu também não consigo respirar!”
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¹ “Marielle Francisco da Silva”, mais conhecida como: “Marielle Franco” (27 de julho de 1979 - 14 de março de 2018), foi uma socióloga e política brasileira — (mulher negra, que nasceu e cresceu na favela do “Complexo da Maré - RJ”), era homossexual assumida. Se elegeu vereadora no “Rio de Janeiro”, na legislatura (2017-2020), sendo a quinta maior votação em (2016). “Marielle”, foi executada dentro de seu carro (com quatro tiros na cabeça), no bairro do “Estácio - RJ”, juntamente com o seu motorista, no dia (14 de março de 2018), quando voltava de um evento de trabalho, no bairro da “Lapa - RJ”.