“O Mundo Mudou, os Casamentos Resistem e Plutão Não é Mais Planeta"

Na canção “Pais e Filhos - Legião Urbana” (1989), em uma das partes da letra, escutamos estes belos versos: ♫... É preciso amar as pessoas ♪ Como se não houvesse amanhã ♪Porque se você parar pra pensar ♪ Na verdade não há...♫ 

Mas, o amor é algo complicado e o Mundo mudou para tudo, inclusive para os amantes. As mulheres amam melhor, por exatamente serem seres humanos mais sensíveis, românticas e melhores que  nós homens, emas, esperam o mesmo de nós.

   

Homens são visuais... Estéticos. Mas, onde foram parar os peitos medianos e os pelos pubianos? Ao que parece, mulher para ser mulher hoje em dia, tem de turbinar os seios e depilar tudo. 

   

Eu não tenho nada contra vaidade feminina (muito pelo contrário), mas, se nossas mulheres se emponderaram, se mudaram na marra junto com o Mundo, porque, elas ainda continuam querendo melhorar o visual para se casar (tudo conforme manda o figurino), da maneira tradicional, assim, como faziam suas avós e mães? 

   

A única coisa que mudou pelo visto, nas relações (para as mulheres), é que hoje elas não fazem a menor questão de levar o sobrenome dos seus maridos, mas, nisso elas estão cobertas de razão, pois, levar o sobrenome no meu ponto de vista, torna as mulheres meio irmãs dos maridos, pois, irmãos é que levam o mesmo sobrenome.

   

As mulheres do Mundo contemporâneo, já tiveram até “apelidos hortifrúti” e, algumas resistem ao tempo, mesmo estando caindo do pé, como se fossem mangas podres, pois, quem não se lembra destas beldades: “Gracy Kelly - Mulher Maçã” (5 de abril de 1984); “Dayane Cristina - Mulher Jaca” (2 de março de 1986); “Ellen Cardoso - Mulher Moranguinho” (13 de julho de 1981); “Andressa Soares - Mulher Melancia” (28 de março de 1988), “Suelem Rocha - Mulher Pera” (4 de dezembro de 1986; “Danielle Soares Ramos - Dany Bananinha” (15 de agosto de 1976); E ainda temos “Yani de Simone Pires da Silva”, que com este nome pomposo, só poderia mesmo ser a “Mulher Filé” (28 de fevereiro de 1989) e finalmente, temos, “Danielle Souza”, a mais famosa de todas, a “Mulher Samambaia” (2 de janeiro de 1981), que colocou o “Brasil inteiro em Pânico”¹ por um bom tempo. 

   

Mas, no Mundo dos trocadilhos sexuais, da “geração funk”, quem de nós nunca escutou aquela piada infame e antiga do feirante, que “grita” para suas freguesas: “Ovo e uva boa! Tem banana madura, quer verdura madame?” - “Oh, viúva boa! Tem banana madura, quer ver dura madame?”

   

Eu não entendo, se evoluímos tanto, por que ainda nos casamos? Acho que o casamento é a única instituição onde a esperança supera a experiência, pois, as pessoas ficam tão felizes em fazer tantas despesas com esta engrenagem louca que é casar, tudo para dar uma festa para centenas de convidados (muitos que os noivos nem conhecem) e que enchem a cara de bebida quente e comida de bufê de qualidade pra lá de duvidosa. Alguns noivos nem terminam de desembrulhar os presentes e já estão em processo de divórcio, pois, a lua de mel já acontecia muito antes da troca das alianças. 

   

Os nossos avós se casavam, para ter sexo em casa sempre que fosse possível, já hoje em dia, passa a ser o contrário, os casais modernos que se casam, passam a fazer menos sexo casados, de quando eram solteiros... Vai entender? Assim, meses depois (já devidamente divorciados) e com mais despesas (agora para descasar), muitos destes ex-cônjuges, nem tiraram a aliança do dedo e já estão pensando em se casar outra vez, programando mais uma “nababesca” festa de nubentes, tudo outra vez regado a bebida quente e comida de bufê ruim.

   

Dizem que só não existe remédio para a morte, mas, eu acho que não existe mesmo é remédio para a vida (principalmente para o viver a dois, de certos casais), pois, se o Mundo mudou, ele mudou para pior, porque, volta e meia, a natureza apresenta suas defesas contra a humanidade e assim, todos somos obrigados a nos deparar com catástrofes, violência urbana e rural, com a violência virtual, que é mais um dos “podres poderes” dos seres humanos... Temos ainda doenças,  vírus, desigualdade social, miséria, fome, etc...

    

Então, quando der, “seu piloto”, faz uma parada no Mundo, que eu quero descer. Mas, só não pode fazer tal parada em “Plutão”, pois, desde (24 de agosto de 2006), “Plutão” (que era o nono “Planeta do Sistema Solar”), deixou de ser considerado e classificado como planeta pela “União Astronômica Internacional”, que resolveu “divorciar Plutão” do resto do Universo, até porque, quem utiliza “anéis é Saturno”.

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¹ “Pânico na TV” foi um programa de televisão humorístico brasileiro produzido e exibido primeiro pela “RedeTV!”, entre 28 de setembro de 2003 e 4 de março de 2012... E depois pela “Band” (com nome de “Pânico na Band”), entre 1° de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2017.

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“O Insuportável Politicamente Correto”

Vivemos tempos de retrocesso, pois, quando a censura começou no “Brasil”, lá nos tempos do império, se efetivando fortemente com o golpe militar de (1° de abril de 1964), tendo sido mais ou menos findando em (15 de março de 1985), pois, a censura ainda hoje existe camuflada, porque, ainda experimentamos uma grande quantidade de retaliações não oficiais, oriundas do tal do “Politicamente Correto”, este termo irritante, que é usado para descrever a má utilização da linguagem ou ações que são taxadas como excludentes, que marginalizam ou insultam grupos de pessoas (“minorias”), que sofrem ofensas e discriminações, especialmente grupos definidos por sexo, raça, classe social, esteriótipo, de ideologia religiosa, além dos “haters”¹ que se digladiam na Web, como se estivesse no “Coliseu romano”.

    

Mas, o “Politicamente Correto” é muito chato. Estão errados aqueles que se baseiam nisso para justificar os seus atos, pois, quem faz isso, tropeça em seus próprios erros, porque, quem consegue ser assim o tempo todo? Acho que ninguém consegue ser “Politicamente Correto”, sem cometer um deslize sequer na vida, pois, somos seres humanos sempre passíveis aos erros.

    

Hoje não se pode chamar um negro de “negão”... Um homossexual de “gay”, ou seja, à “Preta Maria Gadelha Gil Moreira de Godoy”, popularmente conhecida por: “Preta Gil” (8 de agosto de 1974), filha do “Gilberto Passos Gil Moreira” (26 de junho de 1942), não existe, pois, ela é negra e bissexual. Então, os “Politicamente Corretos” (que levam tudo ao pé da letra), vão querer chamar à “Preta Gil” de: “Afrodescendente Gil LGBTQAI+”²... Oremos!!!  

    

Quando se perde o decoro em brigas, aí, o caldo entorna de vez, pois, agora não se pode mais mandar ninguém para a “pqp”, os “Politicamente Corretos” irão querer substituir o xingamento para: “Prostituta que o pariu!” - pois assim, tudo ficará em um “melhor tom”... Oremos outra  vez!!! 

    

Muitas das anedotas do passado, com certeza não foram contadas para ofender ninguém, mas, no Mundo contemporâneo, elas não caberiam, pois, hoje não se pode mais falar nada, que tudo já é encarado como ofensa pessoal. A maior parte das pessoas estão cheias de “não-me-toques” (como se dizia nos tempos da vovó), ou cheias de “mimimi” (como se diz hoje em dia na Web). 

    

O programa: “Os Trapalhões”³, dos “palhaços da TV - Didi - Dedê - Mussum e Zacarias”, não existiria de maneira nenhuma nos dias atuais, muito menos as músicas escrachadas dos “Mamonas Assassinas”⁴, que tinha um integrante “japa” na turma: “Bento Hinoto”. Mas, será que chamar alguém de “japa” também é “Bullying?” 

    

Hoje, outros Programas de TV, como: “TV Pirata” (5 de abril de 1988 - 8 de dezembro de 1992) e “Casseta e Planeta” (28 de abril de 1992 - 26 de novembro de 2010), por exemplo, seriam igualmente inviáveis de serem exibidos, além de totalmente recriminados por vários ativistas sociais e seus conceitos (preconcebidos), deste insuportável “Politicamente correto”.

   

Assim sendo, o que fica evidenciado, é que os partidários ferrenhos do “Politicamente Correto”, não podem sequer assistir aos desenho animados do “Tom e Jerry”, pois, para eles, é uma animação muito  violenta.

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¹ “Harters”, são odiadores, termo usado na internet para classificar pessoas que postam comentários de ódio ou crítica sem nenhum critério.

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² “LGBTQIA+”, é uma sigla que representa: Lésbicas; Gays; Bissexuais; Transexuais e/ou Travestis; Queer (minorias sexuais e de gênero); Intersexos;  Assexuais; +.

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³ “Os Trapalhões”, foi um programa humorístico que ficou no ar, dos anos (1966 - 1995), protagonizado por: “Antônio Renato Aragão - Didi” (13 de janeiro de 1935); “Manfried Sant'Anna - Dedê” (29 de abril de 1936); “Antônio Carlos Bernardes Gomes - Mussum” (7 de abril de 1941 - 29 de julho de 1994) e “Mauro Faccio Gonçalves - Zacarias” (18 de janeiro de 1934 - 18 de março de 1990).

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⁴ “Mamonas Assassinas”, foi um grupo satírico brasileiro, que teve sucesso meteórico de (outubro de 1995 - 2 março de 1996), tendo um fim trágico em um acidente aéreo fatal, sobre a “Serra da Cantareira”, o que ocasionou a morte dos seus 5 componentes: “Alecsander Alves - Dinho” (5 de março de 1971 - 2 de março de 1996); “Júlio César Barbosa - Júlio Rasec” (4 de janeiro de 1968 - 2 de março de 1996); “Sérgio Reis de Oliveira -Sérgio Reoli” (30 de setembro de 1969 - 2 de março de 1996); “Samuel Reis de Oliveira - Samuel Reoli” (11 de março de 1973 - 2 de março de 1996) e “Bento Alberto Hinoto - Bento Hinoto” (7 de agosto de 1970 - 2 de março de 1996).

“Tom & Jerry” (1940), personagens de: “Hanna-Barbera Productions, Inc.”. 

“Robocop Gay” (1995) — “Mamonas Assassinas”

♫Um tanto quanto másculo

Ai, com M maiúsculo

Vejam só os meus músculos

Que com amor cultivei

Minha pistola é de plástico

Em formato cilíndrico

Sempre me chamam de cínico

Mas o porquê eu não sei?

O meu bumbum era flácido

Mas esse assunto é tão místico

Devido ao ato cirúrgico

Hoje eu me transformei

O meu andar é erótico

Com movimentos atômicos

Sou uma amante robótico

Com direito a replay.

Um ser humano fantástico

Com poderes titânicos

Foi um moreno simpático

Por quem me apaixonei

E hoje estou tão eufórico

(Doce, doce amor)

Com mil pedaços biônicos

(Doce, doce amor)

Ontem eu era católico

(Doce, doce amor)

Ai, hoje eu sou um gay.

Abra sua mente

Gay também é gente

Baiano fala oxente

E come vatapá

Você pode ser gótico

Ser punk ou skinhead

Tem gay que é Muhamed

Tentando camuflar

(Allah meu bom Allah)

Faça bem a barba

Arranque seu bigode

Gaúcho também pode

Não tem que disfarçar.

Faça uma plástica

Ai, entre na ginástica

Boneca cibernética

Um Robocop Gay

Um Robocop Gay 

Um Robocop Gay

Ai eu sei, eu sei

Um Robocop Gay...

Ai como dói.♫

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* “Robocop Gay” (1995), é uma  canção do grupo satírico brasileiro: “Mamonas Assassinas” . Compositores: “Alecsander Alves - Dinho” (5 de março de 1971 - 2 de março de 1996) e Júlio César Barbosa - Júlio Rasec” (4 de janeiro de 1968 - 2 de março de 1996).

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“A Mão Inglesa”

Quando falamos em “mão inglesa”, não estamos falando do dia em que foi pedida a mão da “Rainha do Reino Unido - Elizabeth II” (21 de abril de 1926)¹, em casamento, quando ela ainda era uma jovem princesa. 

   

A “mão inglesa”, é aquela dos automóveis com o volante no lado direito do veículo, totalmente diferente do que observamos por aqui no “Brasil” e em boa parte do Mundo.

  

Assim sendo, quando viajamos para o “Reino Unido”, por exemplo, temos automóveis sendo guiados pelo lado direito. A “mão inglesa” significa uma experiência muito diferente para motoristas/turistas, que estão acostumados a guiar o carro pelo lado oposto, pois, acham estranho veículos circulando alinhados ao lado esquerdo da via.

   

Mas, a “mão inglesa” não é algo tão incomum, cerca de 55 países no Mundo adotam este modo de direção. Além dos britânicos, nações como “Índia, Austrália, África do Sul, Tailândia, Guiana e Zimbábue”, por exemplo, também dirigem na mão esquerda (com o volante à direita no veículo). Todos estes países citados, foram colônias inglesas, o que explica tal herança na “mão do trânsito”. Mas, países não colonizados pelo “Reino Unido”, como “Moçambique e Japão”, também seguem este padrão.  

   

Existe uma convenção internacional de trânsito, denominada (“Left-hand and right-hand traffic”), que estipula o sentido de circulação pelo qual os veículos devem ser conduzidos nas ruas e rodovias de cada país, que diz respeito também aos pedestres, quais devem saber o sentido de circulação dos automóveis, para poder atravessar as ruas com segurança, pois, assim como condutores de veículos motorizados e ciclistas, os pedestres também tem direitos e deveres no trânsito.

   

O mais correto (para uma melhor visibilidade e equilíbrio dos motoristas no trânsito urbano e nas estradas), seria que o volante fosse no meio do veículo, mas, isso faria a parte da frente do automóvel praticamente perder o assento do carona e isso, as montadoras de automóveis jamais farão, porque, a tendência hoje, são veículos que sejam fabricados para conduzir o maior número de pessoas e não menos.

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¹ A “Rainha Elizabeth II” faleceu em (8 de setembro de 2022), no “Castelo de Balmoral, na Escócia - Reino Unido”.

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“Suave na Nave”

Muitas pessoas podem crer que esta frase: ♫Tudo é uma questão de manter, a mente quieta... A espinha ereta e o coração tranquilo!♫ - faça parte de um “mantra budista”. Mas, na realidade, esta é a única estrofe da canção: “Coração Tranquilo” (1978), de autoria de: “Walter Franco” (6 de janeiro de 1945)¹, que é repetida em sequência, numa espécie de mantra, que para mim, sugere uma mensagem subliminar bem otimista, nos levando a crer, que podemos ser suaves na vida. 

    

Aliás, falar sobre a vida e sobre o comportamento humano (em músicas), é “chover no molhado”, é um lugar comum. Mas, “Coração Tranquilo” é uma destas canções, que merecem ser repetidas e aplicadas nos nossos dias, pois, mesmo sendo bucólica, ela possui uma mensagem forte, principalmente para aqueles que sofrem com as preocupações e “perrengues” do dia a dia, com as “caraminholas da cabeça”.

    

A letra da canção pode não ser um primor, mas, “alimenta” a necessidade básica de três coisas: primeiro, que devemos praticar uma vida mais pacífica. Alguns podem dizer que uma melodia (uma poesia), não possui o poder de modificar o comportamento humano, até porque, mantermos “a mente quieta”, neste Mundo louco que vivemos hoje em dia, é algo quase impossível, pois, com os nossos “Smartphones” (cada dia mais modernos), em nossas mãos e na frente dos nossos narizes, tornando o nosso viver, ainda mais acelerado, o que torna os nossos pensamentos misturados e fora da ordem normal, é obvio que ninguém consegue se forçar a só pensar em “nuvens de algodão no Céu azul”. Ou seja, como ninguém consegue esvaziar a cabeça dos problemas, mantendo assim, “a mente quieta”, relaxar, passa a ser algo complexo, porém, que se faz necessário, pois, é o cérebro que nos comanda o tempo todo. Assim sendo, não se preocupe por antecipação, porque, como dizia com muita sabedoria a minha saudosa “vó Lourdes”: “O que não está feito, está por ser fazer!” 

    

O segundo ponto da melodia, nos ensina a manter a “espinha ereta”. Mas, isso não se refere a postura com que andamos ou nos acomodamos, por exemplo, em um sofá. Esta é uma boa metáfora para manter a autoestima, a cabeça erguida. Ou seja, precisamos ser “retos” na vida, para resolvermos os problemas do cotidiano. Manter a “espinha ereta”, é andar com coragem, sermos resilientes, solidários e empáticos, para aguentarmos as pancadas do Mundo, sem ter de “revidar”, mas, sem a necessidade de ter de dar a outra face em troca também.

   

Por fim, a terceira frase da melodia, nos remete a manter “o coração tranquilo”. Aqui, talvez a maior dificuldade das pessoas, pois, não é incomum, as inúmeras aflições que os nossos corações passam (por motivos difusos), que por vezes nos joga pra cima, por vezes nos atira no fundo do poço, mas, é como eu sempre digo: “Eu nasci gente e não balde!” - assim sendo, nunca vou me contentar em ficar dentro de um “poço fundo, cheio de águas turvas”.

   

Nós possuímos grande dificuldade em manter o foco na tranquilidade (principalmente nós que vivemos em grandes urbes), pois, somos atarefados, presos na loucura de pegar o carro ou o transporte público e irmos trabalhar (geralmente para os outros), pois, ter emprego é isso, manter a vida ativa e atrativa. Mas, além do emprego, o Mundo moderno nos deixa atrelados nas “Redes Sociais” (como se isso fosse realmente importante). Temos uma estranha vocação de viver sempre “correndo maratonas diárias” (sem chegar a lugar nenhum) e isso cansa, causa fadiga no corpo, na mente e na alma.

   

Algumas pessoas acreditam, que o segredo do “coração tranquilo” está em morar no interior (ter uma casa no campo), ou ser alguém possuidor de muitos bens materiais e viver despreocupado. Mas, a realidade, é que manter o “coração tranquilo”, depende de uma orquestração dos nossos sentimentos, aliados com as nossas mais sinceras decisões. Morar no campo pode ser bom, mas, pode ser também, só uma fuga. Já ter muito dinheiro (tenha certeza), só com “ele”, tuas preocupações também “renderão juros”. 

   

Esta bobagem de “copo meio cheio ou meio vazio”, não existe, vivemos com os nossos corações acelerados, sem paz, desconfiados de tudo e de todos o tempo inteiro, pois, a vida por vezes, “amarga igual ao jiló”, porém, pode se tornar doce e cheia de possibilidades, basta desejarmos isso verdadeiramente.

   

Todos os dias devemos tentar manter “a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo!”. Talvez seja por isso, que “Walter Franco” repita a mesma estrofe da música, por diversas vezes, meio que para convencer a si mesmo, que isso é possível, pois, estas são três virtudes difíceis, porém, necessárias para vivermos bem e de maneira “suave na nave”, mesmo sem  ser um monge budista. 

°°°

¹ “Walter Rosciano Franco” faleceu cinco meses e quatorze dias, após publicar esta postagem: (24 de outubro de 2019).

 

“Coração Tranquilo” (1978)

♫Tudo é uma questão de manter

A mente quieta, a espinha ereta

E o coração tranquilo. (6 bis)

Tudo é uma questão de manter

A mente quieta, a espinha ereta

E o coração tranquilo. (4 bis)

Ói, que brilho. Ói, lindo o estribilho

Ói, que brilho. Ói, lindo o estribilho.♫

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“Um Tom Só de Cinza — O Encontro do Amor com o Desamor”

O que sabemos de verdade sobre o amor? O amor é simples, ou seria um sentimento complexo? Podemos afirmar que o amor é aquele que um dia nos faz sorrir, no outro nos faz chorar? O que sabemos de verdade sobre o amor? Sabemos que o amor, enquanto amor, nos emociona e também nos apresenta um aperto insuportável no coração.

    

O amor não é brincadeira de criança, não se propõe ao tédio e aos bocejos, mesmo assim, existe gente que faz de conta que ama, que brinca de esconde-esconde com o parceiro/parceira, onde a curiosidade passa a valer mais que o sentimento. 

    

O grande erro no ato de amar, é alguém passar mais tempo interessado em saber se outro alguém está em contato com quem amamos, seja no dia a dia, sejam nas “Redes Sociais”, pois, quem desconfia não ama e sim, alimenta incertezas. O ato de sempre estar bisbilhotando detalhes do outro é deselegante e desleal, quem faz isso, se esquece que a outra parte possui sentimentos e, que uma desconfiança infundada (por ciúmes tolos), pode levar o outro a sair das nossas vidas para sempre e sem motivo algum, além das tuas desconfianças.

   

Verifique que as intrigas começam, exatamente quando você diz amar alguém. O amor baseado em ciúmes, faz tudo se transformar em um verdadeiro inferno sem fim, na relação de um casal. Você cisma que o outro está cochichando, falando com alguém, que trapaceia na relação, dando uma “bola nas tuas costas”, fazendo “embaixadinhas” com o teu coração. Desta maneira, o entusiasmo do princípio da relação desaparece da tua vida e da tua cama. A felicidade, se transforma em estatísticas, pois, o descontentamento convenceu você que quem se ama, não presta. A dúvida lhe corrói, lhe deixa apático, sem vida, como se um vampiro lhe sugasse todo o sangue do corpo.

    

Com o tempo, vocês já não conversam mais, já não vão mais ao cinema, já não ficam sentados juntos no sofá da sala, assistindo TV. Hoje está tudo em “um tom só de cinza”, cada um no seu canto, a jogar o jogo do “eu sozinho e meu celular”. Agora, já não existe mais carinho (e sim, “carinhas” felizes e tristes, dos aplicativos da Web). 

    

O estopim, o gatilho de novas desavenças entre o casal é a arrogância, o desdém. porque, arrogância não combina com bons sentimentos e o desdém com respeitar o outro. Assim, o que antes eram qualidades, hoje sequer são notadas. Não existe mais o medo do fim da relação, até porque, já nem existe mais relação. Mas, ninguém sai de casa, é preferível não se arriscar: “Ah, vamos deixando tudo como está!”... - Como é de costume, perdemos a oportunidade de viver uma relação que poderia trazer felicidade para nossas vidas, “cheias de dias vazios”... Mas, preferimos continuar a “empurrar a vida com a barriga”, nos valendo da fartura de intolerância, comodismo e rotina. 

    

Quando se está bem, quando se está feliz consigo mesmo e com o outro, a primeira coisa que se esconde dos nossos dias é a preguiça. Como dizem por aí: “Não deixemos a peteca cair”. Temos de estar sempre correndo atrás “desta tal felicidade”, atrás da “metade da maçã”, que transformará os nossos dias. Mas, relações não são feitas de metades, este já é um dos grandes erros dos casais, esperar que o outro lhe complete, quando nem você mesmo muitas vezes se tolera.

    

O que sabemos de verdade sobre o amor? Sabemos pouco, quase nada... Nos relacionamos com o básico do amor, mesmo sendo o amor um sentimento primitivo. 

   

A Sensualidade tem de estar presente também no amor, se esta não existir, o Sol deixará de fazer o dia bonito. Assim sendo, curta o corpo e a alma de quem você ama, faça “jogos secretos” (faça planos de vida), para saborear o que lhe é oferecido, mesmo que seja em conta-gotas, porque, o minuto passado agora não volta mais atrás.

   

Não deixe o egoísmo fazer habitat em sua vida... Encontre um lugar perfeito onde não caiba mais ninguém além do casal, pois, depois de tantas brigas, de tantas intrigas e discussões (que ninguém lembra mais como começou), existirá uma chance de recomeço... Agarre-se a ela. 

   

Assim sendo, esta crônica... Este encontro do amor e do desamor chegou ao fim. O que não acaba, é a tristeza que vez por outra, toma o casal pelos braços e segue com eles até o altar... Até a beira do abismo. Mas, antes do SIM... Antes do pulo fatal no precipício do que um dia o que foi amor e se transformou na “metamorfose das desavenças”, em olhos fundos por por “olheiras do desamor” das noites solitárias e insones...  Antes do “epílogo” sem volta, todo casal nutre sempre uma esperança, pois, de certa maneira, esta é realmente a última que morre, até porque, qual casal nunca sonhou com um amor perfeito? - mesmo que conscientemente, todos saibam que perfeição não existe em coisa alguma.

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* Arte inicial da Postagem ®DOUG BLOG: “Garfield e Arlene” (1978), personagens do cartunista: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).

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“25 Anos Sem Ayrton Senna da Silva — 1° de Maio - Dia do Trabalhador”

O “Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho”, é comemorado nesta data em muitos países do Mundo (porém, não é feriado em todos eles). Mas, aqui no “Brasil”, além de ser um feriado, nos remeter a uma lembrança bem triste, pois, foi no dia (1° de maio de 1994), que morreu “Ayrton Senna da Silva” (21 de março de 1960 — 1° de maio de 1994), acidentado na curva “Tamburello” (que atualmente é uma “chicane”, no “Autódromo Enzo e Dino Ferrari”). Perdemos nesta data, o nosso maior e melhor piloto da Fórmula 1 (que se sagrou três vezes campeão mundial), nos anos de: (1988, 1990 e 1991)... E vice-campeão no controverso campeonato de (1989) e outra vez em (1993). 

   

Sua morte, assim como o funeral e o velório, provocaram uma das maiores comoções na história esportiva do “Brasil”, bem como uma grande repercussão mundial.

   

Em várias pesquisas realizadas por jornalistas especializados em corridas, por pilotos e ex-pilotos, “Senna” foi considerado o melhor deles na história da “F1” de todos os tempos. Em (2012), foi eleito pela “Rede BBC de Londres”, o melhor piloto de todos os tempos. Em (1999), foi eleito pela revista “Isto É”, o esportista do século XX no “Brasil”. Também é destacado sendo um dos maiores esportistas do Mundo.

    

No auge de sua carreira, “Ayrton Senna” era considerado o maior ídolo do “Brasil”, superando até mesmo “Pelé” (23 de outubro de 1940)¹. E mesmo depois de passadas duas décadas da sua morte, pesquisas do “Datafolha” mostram que “Ayrton Senna” continua sendo avaliado como o maior ídolo do país, mas, agora, juntamente com o “rei do futebol”.

   

“Ayrton” começou sua carreira, competindo no Kart em (1973); em (1981), se sagrou campeão da Fórmula Ford 1600 e 2000; em (1983), alcançou o título no “Campeonato Britânico de Fórmula 3”, batendo vários recordes. Seu desempenho na Fórmula 3 impulsionou sua ascensão à Fórmula 1, fazendo sua primeira aparição na categoria, no “Grande Prêmio do Brasil” de (1984), pela equipe “Toleman-Hart”. Em sua primeira temporada, “Senna” conseguiu pontuar em 5 corridas, fechando o ano com 13 pontos e a 9ª posição na classificação geral dos pilotos. No ano seguinte (1995), trocou a “Toleman-Hart”, pela “Lotus-Renault” (equipe pela qual venceu 6 “Grand Prix”), ao longo de 3 temporadas. Em (1988), juntou-se ao francês “Alain Prost” (24 de fevereiro de 1955), que seria seu maior rival em sua carreira. Mesmo com muita rivalidade entre os pilotos, “Sennna e Prost” juntos na “McLaren-Honda”, viveram anos vitoriosos pela equipe. Os dois juntos venceram 15 dos 16 grandes prêmios daquela temporada e “Ayrton Senna”, sagrou-se campeão mundial pela 1ª vez. “Alain Prost” levou o campeonato de (1989) e “Senna” retomou o título em (1990), ambos títulos foram decididos por colisões entre os pilotos, nas duas ocasiões, no “Grande Prêmio do Japão”. Na temporada seguinte, “Senna” faturou seu 3° título mundial, tornando-se o piloto mais jovem a conquistar um tricampeonato na Fórmula 1. A partir de (1992), a equipe “Williams-Renault” dominou amplamente a competição, ainda assim, “Ayrton Senna” conseguiu terminar a temporada (1993), como vice-campeão, vencendo 5 corridas. Após o fim da temporada, negociou sua transferência para “Williams”, em (1994).   

   

“Senna” disputou 229 corridas (sem contar com as vitórias do Kart), conseguindo 90 vitórias; 139 pódios; 97 “pole-positions” e 66 voltas mais rápidas. Na Fórmula 1, foram 161 “GPs”; com 41 vitórias; 80 pódios; 65 “pole-positions” e 19 voltas mais rápidas. Já no “Grande Prêmio do Brasil de F1”, alcançou 6 “pole-positions” e 4 pódios, sendo 2 vitórias, em (1991 e 1993), um 2° lugar em (1986) e por fim, um 3° lugar em (1990).   Sua reputação de piloto veloz, ficou marcada pelo recorde de “pole-positions” que deteve, sendo apelidado de o “rei das pole-positions”, que tornou famosa a celebre frase: “ACELERA AYRTON!”.

   

Sobre o asfalto molhado, ninguém era melhor que “Senna”. Ele conquistava suas vitórias com atenção, grande capacidade e perícia, como demonstrado nas atuações nos “GP's de Mônaco -  França” (1984); “Estoril - Portugal” (1985) e “Europa em Donington Park - Reino Unido” (1993). Pois, diferente do “tricampeão de F1, Niki Lauda” (22 de fevereiro de 1949)² (1975, 1977 e 1984), “Ayrton Senna” sempre foi bom em corridas em dias de chuva.

   

“Ayton Senna do Brasil” (como ficou conhecido popularmente), até o fim de sua carreira, deteve o recorde de maior número de vitórias no prestigiado “Grande Prêmio de Mônaco” (foram 6 ao todo), sendo que em (1992), ganhou o “Troféu Graham Hill”, por ter conquistado a sua 5ª vitória consecutiva em “Monte Carlo”.

    

Após a morte de “Senna”, sua irmã, “Viviane Senna Lalli” (14 de junho de 1958), fundou o “Instituto Ayrton Senna”, uma “ONG - Organização Não Governamental”, com o intuito de vincular o nome de “Ayrton Senna”, no serviço social. A sede do “Instituto Ayrton Senna”, fica situada no bairro de “Pinheiros - São Paulo” e funciona desde novembro de (1994), completando 25 anos em (2019).

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¹ “Edson Arantes do Nascimento -  Pelé”, faleceu em: (29 de dezembro de 2022), no “Hospital Albert Einstein, em São Paulo - SP”.

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² “Andreas Nikolaus Lauda - Niki Lauda” (20 de maio de 2019), faleceu dezenove dias, após publicar esta postagem.

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