“INGRATIDÃO”

Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, neste dia (29 de fevereiro bissexto de 2024), abordarei o tema “INGRATIDÃO” de maneira curta e objetiva, assim como fevereiro é o mês mais curto do ano.

Se olharmos o significado de ingratidão no dicionário, esta palavra acabará sendo muito simpática e generosa aos ingratos:

INGRATIDÃO

substantivo feminino

1. qualidade ou ação de alguém ingrato; falta de gratidão, de reconhecimento.

2. caráter, propriedade daquilo que não proporciona resultados satisfatórios, que não compensa o trabalho e esforço despendido ou que se revela difícil e árduo.

A ingratidão que vai além da etimologia, causa imensa dor emocional e psicológica naqueles que concedem benevolência, a autoestima fica abalada, o sentimento é devastador, como se quem se propõe a ajudar não significasse nada para o outro após seu ato de bondade (e/ou ajuda material). A sensação de parecer tolo e até inocente, de ser usado, faz com que o benevolente experimente enorme desrespeito por parte do ingrato.

A ingratidão não é uma doença e sim uma opção. É uma escolha ruim de quem sempre se vitimiza, de quem “chora lágrimas de crocodilo”, que age de forma dissimulada, pois, se considera superior aos demais. Assim, se alguém tem uma atitude positiva em relação ao ingrato, esta pessoa simplesmente considera que o outro não fez mais do que a sua obrigação. Lidar com alguém assim é muito difícil e extenuante.

Pessoas infelizes geralmente são ingratas por natureza e isso faz parte de suas personalidades fracassadas. Tudo para o ingrato alimenta seu desejo de prejudicar premeditadamente os outros, sem deixar transparecer. O ingrato é um ser vingativo e se vinga de quem justamente lhe “estendeu as mãos”.

E se você colocar dinheiro na história, a pessoa ingrata (que dizia ser tua amiga), pede emprestado, acha pouco o que você fez por ela, não te paga e no final ainda te critica e desfaz a amizade. Ou seja, neste caso o benevolente só perde o dinheiro, porque, amigos assim é melhor não ter.

Resumindo: a ingratidão é a atitude mais terrível, antinatural e maligna do ser humano, superando em muito até mesmo a inveja e a arrogância, porque, quem é ingrato também guarda dentro de si a desconsideração, a inveja e a arrogância.

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* Arte animada inicial ®DOUG BLOG, aparece a frase e a imagem de: “Joaquim Maria Machado de Assis” (21 de junho de 1839 - 29 de setembro de 1908) — “A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso!”

“Gâteau Roulé — Rocambole”

Bem meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, existem algumas versões para a criação do “Rocambole”, mas, a que eu mais gosto, é esta de “Napoleão Bonaparte” (15 de agosto de 1769 - 5 de maio de 1821):

Os fatos da vida muitas vezes acontecem de maneira aparentemente deliberada. “Napoleão Bonaparte”, por exemplo, em eventos sociais não comia bolos e doces. Um dia, um confeiteiro, que estava enfurecido pelo “imperador baixinho” não comer suas saborosas guloseimas, da melhor confeitaria francesa, fez uma massa de bolo esponjoso (“Pão de Ló”), bem fininha, assou, recheou com geleia de damasco, enrolou e mandou para “Napoleão”, junto com um cartão que dizia: “Vous vivrez une Adventure Fantastique!” (“Você viverá uma aventura fantástica!”). “Napoleão”, que sofria de úlcera estomacal, evitava as delícias do confeiteiro, não por implicância com o talentoso doceiro, mas, por orientação médica. No entanto, deste “quase bolo” recheado com geleia de damasco, o imperador gostou bastante, pois, comeu tudo, lambeu os dedos e ainda pediu mais. E assim, nascia o delicioso “Gâteau roulé”, uma nova versão do tradicional “Rocambole”.

Já que citei o “Pão de Ló”, vamos contar sua história. Este bolo muito fofo (às vezes também considerado um doce), foi criado pelo cozinheiro e confeiteiro genovês “Giovan Battista Cabona” (16 de fevereiro de 1292 - 12 de novembro de 1363), que servia desde muito jovem, à família do embaixador italiano e marquês “Alberto Pallavicini” (28 de março de 1237 - 11 de fevereiro de 1311), que adorava quitutes de confeitaria. A receita original de “Cabona”, era feita com ovos, açúcar e farinha de trigo (sem fermento). Na receita atualizada, foram adicionados leite morno (ou água morna) e fermento químico e fica realmente muito bom... “Mamma Mia!”

E o “Bolo de Rolo”, onde se enrola nesta história toda? Este bolo é muito parecido com o “Rocambole” e foi introduzido no “Brasil” no (século XVI), na época da chegada dos portugueses a “Pernambuco”, que trouxeram na bagagem uma receita tradicional lusitana, denominada: “Colchão de Noiva”, que é uma espécie de “Pão de Ló”, com recheio generoso de doce de amêndoa, sendo enrolado em camadas grossas. O verdadeiro “Bolo de Rolo” é muitas vezes confundido com outros tipos de bolos de enrolar, como o “Gâteau Roulé”, por exemplo. Já o “Colchão de Noiva”, ainda hoje, possui uma forma única de ser preparado pelos portugueses. No “Café À Brasileira” (fundado em 19 de novembro de 1905), em “Lisboa - Portugal”, “Fernando António Nogueira Pessoa” (13 de junho de 1888 - 30 de novembro de 1935), era visto sempre tomando uma bica acompanhada de algumas boas fatias de “Colchão de Noiva”, talvez para saciar a fome também de seus heterônimos, “ó pá!”

“Filosofia, IA e Poesia”

O ®DOUG BLOG é um espaço destinado a crônicas, textos jornalísticos e filosóficos, homenagens a amigos e aos notáveis da História. Aqui você encontra bate-papo de amigos e familiares, é a “casa” de aforismos, frases, citações, ditados populares e suas curiosidades. Mas, e poesia... Existe poesia?

Seja cego, surdo ou mudo, para ser filósofo você precisa de estudo. Mas, é difícil não ficar alienado diante de um Mundo cada vez mais cambeta, repleto de seres humanos zuretas.

Qualquer um pode escrever poesias... Pode falar de flerte. Basta rimar “ROMA e AMOR”, de trás para frente e da frente para trás... Tanto faz! 

Hoje não sabemos mais o que é massa cinzenta, a preguiça tomou conta do Mundo, onde quase ninguém mais pensa e sim: “Google”.

O múltiplo “Pessoa” disse muito bem, que a poesia não era o seu sustento, muito menos uma ambição ou alento.¹ Ser poeta para ele era uma forma de estar consigo mesmo, sozinho na heteronomia de seu desassossego.

Peguem o meu diploma de doutorado em filosofia e jogue-o na pira inquisicional, pois, em um Mundo onde prevalece a Inteligência Artificial moderna e instantânea, o que não tenho visto é inteligência humana!

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¹ “Não tenho ambições nem desejos; ser poeta não é uma ambição minha; é a minha maneira de estar sozinho.” - “Fernando António Nogueira Pessoa” (13 de junho de 1888 - 30 de novembro de 1935) - “O Guardador de Rebanhos” (1914), In: 49 Poemas de “Alberto Caeiro”, um dos seus heterônimos. “Pessoa” atribuiu a sua gênese, a uma única noite de insônia de “Caeiro”. — “Fernando Pessoa” e “Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa” (12 de dezembro de 1948), 20º Presidente da República Portuguesa desde (2016), aparecem na arte animada inicial ®DOUG BLOG.

“Friedrich Wilhelm Nietzsche” (15 de outubro de 1844 - 25 de agosto de 1900)

“Olha o DOUG BLOG Aí Gente!”

É Carnaval... Estou caindo na folia! - “Olha o ®DOUG BLOG aí gente!” - Mas, como e onde começou o Carnaval?

Segundo historiadores religiosos, o Carnaval vem das festividades finais realizadas pelos católicos romanos, nos dias que antecedem a Quaresma e a Páscoa cristã, quando os devotos se abstinham de comer carne, entre outras práticas. No entanto, outros historiadores (não religiosos), afirmam que, ao contrário da crença popular, as origens do Carnaval brasileiro são totalmente europeias. A celebração do carnaval remonta ao início da colonização, sendo uma herança do “entrudo português” e das “mascaradas italianas, de Pierrot, Colombina e Arlequim”, do século XVI.

Porém, na “Babilônia”, havia uma celebração que possivelmente deu origem ao que hoje conhecemos como Carnaval: as “Saceias”, que eram celebrações em que uma pessoa condenada à morte assumia, por alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, comendo e bebendo abundantemente e podendo escolher uma mulher da corte (que não fosse a rainha), para fazer sexo. Dizem que esta prática festiva deriva da mitologia grega, onde o “Rei Momo” seria a figura do “rei/réu” fantasiado de monarca. O “Rei Momo” tornou-se símbolo do Carnaval em alguns países da “América Latina”, incluindo “Brasil e Colômbia”.

Podemos dizer também que as origens do Carnaval remontam ao “Antigo Egito”, quando as festas pagãs celebravam o início da primavera e o fim do inverno. Durante estes dias de folia, eram feitas homenagens às divindades na expectativa de boas colheitas. Quando “Alexandre, o Grande”¹ conquistou o “Egito”, os gregos também adotaram este folguedo.

O Carnaval tem muitas vertentes, como, por exemplo, o “Holi ou Festival das Cores”, que é uma espécie de Carnaval dos habitantes da “Índia”, realizado todos os anos entre fevereiro e março, para comemorar a chegada da Primavera. Neste dia, as pessoas jogam tintas de cores diferentes umas nas outras, com muita música, bebida e comida. Existem quatro cores principais: vermelho, amarelo, verde e azul e representam: vermelho: amor e paixão; amarelo: alegria e felicidade; verde: saúde e perseverança e azul: contemplação e paciência.

O certo é que o Carnaval faz sucesso entre muitos povos (principalmente o povo brasileiro), se tornando uma das datas mais festivas, marcantes, turísticas e lucrativas do ano.

Em (2024), o Carnaval começa informalmente nos dias (10 e 11 - sábado e domingo), sendo a (segunda e terça-feira de Carnaval - 12 e 13 de fevereiro), considerados os dias de feriado, com parte da “quarta-feira de cinzas” (até às 14 horas), sendo considerado ponto facultativo no calendário nacional brasileiro, divulgado pelo Governo Federal.

É TUDO NOSSO! — VIVA A PORTELA!

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¹ “Alexandre III da Macedônia”, comumente conhecido como “Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno” (julho de 356 a.C. - junho de 323 a.C.), governou o reino grego da antiga “Macedônia” e era um membro da “Dinastia Argéada”.

OLHA O DOUG BLOG AÍ GENTE! 
“Luiz Antônio Feliciano Marcondes - Neguinho da Beija-Flor” (29 de junho de 1949) 

“Portela” Carnaval (2024) — [LEGENDADO]

Samba Enredo: “Um Defeito de Cor”

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* A “Portela” apresenta no Carnaval de (2024), o romance “Um Defeito de Cor” (2006), da escritora “Ana Maria Gonçalves” (13 de fevereiro de 1970) e vai refazer os caminhos imaginados da história da mãe Preta, “Luíza Mahim” (nascida no início do século XIX - possivelmente entre 1812 e 1817 - tendo falecido em 1882), progenitora de “Luiz Gonzaga Pinto da Gama” (21 de junho de 1830 - 24 de agosto de 1882), analfabeto até os 17 anos de idade e que se tornou rábula, orador, jornalista, escritor e patrono da “Abolição da Escravatura no Brasil”. A “Azul e Branco de Oswaldo Cruz e Madureira”, será a 2ª agremiação a desfilar no Grupo Especial, na (segunda-feira - 12 de fevereiro).

“A Pedra no Caminho de Drummond”

Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, trago no início deste mês de fevereiro de 29 dias, duas curiosas passagens da vida do gênio que foi “Carlos Drummond de Andrade”, qual muitos consideravam uma pessoa taciturna, porém, que foi um ser feliz diante de sua timidez.

CURIOSIDADE 1

“Carlos Drummond de Andrade” era um homem atípico, ao longo da vida teve três passaportes e o único país que conheceu além do “Brasil”, foi a “Argentina”.

E numa destas poucas viagens que fez, “Drummond” chegou e foi fazer o “check in” no hotel, como todos os outros hospedes, tendo que preencher a ficha de dados na recepção. Com o formulário em mãos, preencheu tudo e devolveu ao concierge¹, que leu e perguntou algo sobre sua profissão:

💬 Senhor Carlos, por acaso não existe uma profissão de verdade que eu possa registrar aqui em sua ficha?

💬 Poeta não serve como profissão, meu jovem?

💬 Acredito que não. Não existe um número profissional de registro federal para a profissão de poeta.

💬 E escritor², pode ser?

💬 Bem, se o senhor tiver uma profissão, profissão...

“Carlos” retira o cartão da mão do funcionário do hotel, risca onde diz poeta e escreve ao lado: servidor público aposentado como Chefe de Seção da DPHAN – Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (brasileiro), após 35 anos de serviços prestados.

💬 Satisfeito, meu jovem?

Dito isto, tendo deixado o concierge completamente constrangido, “Carlos Drummond de Andrade” pega a sua pequena mala, dirige-se ao antigo elevador com portas pantográficas, que o levariam ao andar do seu quarto e assim, evitou mais uma pedra que encontrou no meio do caminho.

CURIOSIDADE 2

O ano é (1970), um homem bate na porta do apartamento de “Carlos Drummond de Andrade”, no bairro de “Copacabana, Rio de Janeiro”, se apresenta e depois diz que é seu filho. “Drummond” pergunta a idade do homem, que tira do bolso a carteira de identidade e mostra que naquele dia está completando exatos 58 anos. “Carlos” olha fixamente para o homem e diz:

💬 Feliz aniversário! Mas, para ser seu pai, primeiro eu teria que ser seu irmão, porque, no ano em que você nasceu eu tinha apenas 10 anos de idade.

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¹ “Concierge”, é um termo da língua francesa. É o funcionário que atua na recepção dos hotéis, com o objetivo de atender os hóspedes, sanar algumas dúvidas deles e auxiliá-los em várias funções, como, por exemplo: preenchimento de fichas, fazer reservas no restaurante, solicitar um quarto, quitar pagamentos, etc...

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² Ao longo da sua vida, “Carlos Drummond de Andrade” publicou 47 livros, sendo 27 de poesia, 18 de prosa e 2 infantis, muitos dos quais traduzidos para o inglês, alemão, espanhol, francês, etc...; recentemente, foram encontradas no fundo falso de uma escrivaninha de seu apartamento, por seu neto “Pedro Augusto Graña Drummond”, nascido em “Buenos Aires - Argentina”, em (1960-), anotações manuscritas, cartas, resenhas, artigos e 295 poemas, datados entre (1951 e 1968), dos quais 229 ainda são inéditos.

“No Meio do Caminho” (1930) — [em vários idiomas]

“Carlos Drummond de Andrade” 

(31 de outubro de 1902 - 17 de agosto de 1987)

“No meio do caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra 

Tinha uma pedra no meio do caminho... 

Tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. 

Nunca me esquecerei desse acontecimento 

Na vida de minhas retinas tão fatigadas...

Nunca me esquecerei 

Que no meio do caminho tinha uma pedra...

Tinha uma pedra no meio do caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra.”