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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

“Desamor — Pequenos Espasmos do Viver”



Nossas ansiedades, dúvidas e medos, são comuns principalmente em tempos pandêmicos. Mas, antes da “COVID” surgir, já existiam paúras oriundas de diversas vertentes... O casamento e ter filhos, por exemplo, sempre explicitaram o medo, transformando temores em realidade, pois, quem tem filhos, teme ter outros neste Mundo enfermo e distópico que vivemos, quem não tem, se tornará um dia, em “marinheiro de primeira viagem”. Mas, como bem disse o “poetinha, Vinícius de Moraes”: “Filhos... Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos como sabê-los?” 
   
Na literatura, os poetas esperam que todos os versos de amor façam sentido, isso é normal, seja nos poemas líricos (de caráter sentimental), seja nos acrósticos, nos diminutos haicais, nos sonetos, etc..., pois, mesmo se o poema for sofrido, alguém enxergará o amor, que talvez só exista em “pequenos espasmos do viver”. Ou seja, amar causa ignávia nas pessoas de certa maneira.
    
O amor é tido como um sentimento nobre, qual chega dissipando aquilo que está taciturno em nós, que une pais e filhos, que enamora casais e eterniza amizades, que transforma preconceitos em bons conceitos, que alivia a dor de algo, que talvez nem fosse “tão amor”.
    
Assim sendo, os dias de amor e de desamor fazem a notoriedade dos poetas e compositores, pois, basta observamos canções e poemas (de um modo geral) e veremos que a maior parte deles, são relacionados aos amores, sejam correspondidos ou não. Mas, quem escuta ou lê versos nesta toada, acredita piamente que tudo faz sentido na dor e no amor. Porém, na realidade, ninguém sabe onde vai dar os sentimentos de amor e de desamor, pois, ambos se propagam e nos acrescentam. Da mesma maneira, que nunca temos como prever se alguém renunciará de se casar ou de querer ter filhos. Ou seja, viver, por muitas vezes, é estar por conta e risco da disponibilidade, ou do egoísmo alheio e suas regras, por vezes sem lógica.
   
Muitas pessoas afirmam que só se ama uma vez na vida, mas, com o passar do tempo, vamos entendendo, que “existem algumas primeiras vezes” no ato de amar e ser amado.
   
O desamor mesmo sendo a ausência de amor, nos faz crescer de certa maneira, pois, pare e pense: valeria à pena casar e ter filhos com quem resolve um belo dia “largar as tuas mãos” no meio da jornada?
   
Algumas pessoas superam este antagonismo da vida que é o desamor, sabendo “virar a página”, conseguindo seguir em frente; já outras pessoas, paralisam em dor e se mortificam no descaso da falta de amor, que nunca se fixa em nossos dias, de modo voluntário.

“Eu sem você, sou só desamor. Um barco sem mar, um campo sem flor!” -  “Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes” (19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980).




“De Novo Desamor - Beth Carvalho” 
(5 de maio de 1946 - 30 de abril de 2019) 

♫É... Lá vou eu desamor
Lá vou eu dissabor
Uma vez mais
Mas seja lá como for
Outra vez vou sair
Da mesma dor
É deste jeito estou certa
Qualquer dia me acertam
Já não vou nem ligar
Mas deixar de crer no amor
É o mesmo que não crer em mim
Viver sem teu amor é tão ruim, tão ruim
Mas deixar de crer no amor
É o mesmo que não crer em mim
Viver sem teu amor é tão ruim.

Vou arranjar um motivo pra me transferir
Dessa dor que me dói
Vou é fingir que nem ligo
Pro meu amor próprio
Que dentro me rói
E vou perdoar
Quem não pede perdão
Pois não sabe
O valor do regresso
Se ele não pede perdão
Eu peço!
Mas deixar de crer no amor
É o mesmo que não crer em mim
Viver sem teu amor é tão ruim, tão ruim
Mas deixar de crer no amor
É o mesmo que não crer em mim
Viver sem teu amor é tão ruim
Láia, láiaraiá, láiaraiá, láiaraiá, láia, láiaraiá, láiaraiá,
 láia, láiaraiá, láiaraiá, láiaraiá, láia, láiaraiá, láiaraiá.
°°°
* “De Novo Desamor” (1978), é uma canção de: “Gisa Nogueira” (18 de junho de 1940), irmã do cantor e compositor: “João Batista Nogueira Junior” (12 de novembro de 1941 - 5 de junho de 2000).

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domingo, 15 de agosto de 2021

“Mariazinha, a Menina que Esqueceu a Pandemia”

Mariazinha é uma bela menina, cabelos ao vento e tantas lembranças e um só esquecimento em mente... A pandemia. Um dia, ainda no “Vinte Vinte”, Mariazinha acordou bem cedinho e disse:
💬 CHEGA!
Sim, ela e todos nós, já em (2020), estávamos alquebrados devido ao vírus tenebroso que teima em não “escapulir” do Mundo. Vírus que para Mariazinha, mais parece ser uma equação geométrica analítica, pois, tem curvas, cepas e variantes.
Mariazinha meio encabulada, acredita que as pessoas brincaram de bambolê com o Mundo... Rodopiaram, rodopiaram, rodopiaram, até que o bambolê saiu do controle e caiu na “borda do Mundo”. 
Hoje, a pequena Maria observa pela janela de casa as pessoas “massacradas e mascaradas”, brincando de “pique-esconde”, acreditando que o ápice do vírus passou e que já está tudo bem. E a menina um tanto preocupada pergunta:
💬 Está tudo bem mamãe?
E a mãe responde: 
💬 Ainda não está, mas oxalá, em breve ficará!
Mariazinha sempre diz, que adora quase tudo que voa... Pássaros, abelhas, borboletas, balões, pipas, nuvens, fadas... Pensamentos! 
Quão feliz estava Mariazinha naquela manhã, ria de fazer sair lágrimas dos olhos, achando que aquele - “CHEGA!” - dito lá no “Vinte Vírus”, havia alforriado o Mundo da pandemia, mas, qual o que? - o “Corona” continua aqui no “Vinte Vinte e Um”, firme e forte, olhando todos, que ainda estão assustados por detrás das máscaras, deixando o destino do Mundo, nas mãos inocentes e sem culpa das futuras gerações, pois, a “velha guada”, mesmo já imunizada com as vacinas nos braços, continua com medo, ou sendo abatida dia a dia aos milhões, enquanto os “líderes desgovernados”, de modo geral, “se fingem de mortos” em todos os pontos do “mapa-múndi”, que hoje é um lugar de desconforto, onde a salubridade global escorre pelo ralo. Mas, de tubos e conexões hidráulicas, Mariazinha nada entende, pois, “PVC” para a menina é: “pra você”, na linguagem da Web. 
O Mundo que se perde em lembranças do antes saudável, deixa Mariazinha insistente em viver menos lúcida e mais lúdica, em seu esquecimento anunciado e renunciado, deixando de lado este existir doente do Mundo de agora, pois, sabe que estes tempos distópicos não lhe pertencem, porque, Mariazinha é uma menina cheia de vida, que sempre viu... ♪O tempo engatinhar ♪ Do jeito que sempre quis e distante é devagar ♪ Perto passa bem depressa assim...♪ 

“Quase que vivo, pois, no passado por não reconhecer a espécie de riqueza do momento atual. O esquecimento das coisas é minha válvula de escape!”  - “Chaya Pinkhasovna Lispector - Clarice Lispector” (10 de dezembro de 1920 - 9 de dezembro de 1977)
°°°
“Se sou esquecido, devo esquecer também!” - “Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto - Pablo Neruda” (12 de julho de 1904 - 23 de setembro de 1973)




“Móveis Coloniais de Acaju - O tempo” (2009)

♫ A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz 
E passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir 
Você dizer que vai fazer
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim.

Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar 
Nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar 
pelo presente de fazer
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim
Pra mim, pra mim
Laiá, lalaiá.

Eu que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar
E o tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim.
°°°
* “Móveis Coloniais de Acaju”, foi uma banda brasileira de Pop/Rock, surgida em Brasília - DF”, em (2008). - “O tempo” (2009) - Participação especial do grupo de grafiteiros: “Kollors Kingz”.

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domingo, 8 de agosto de 2021

“João, o Filho da Mãe!”

Oito de agosto aqui no “Brasil” comemoramos o “Dia dos Pais”, mas, na nossa conversa em família do ®DOUG BLOG, João (este pequeno “filho da mãe” das anedotas), que “apoquenta” sua genitora, sobre as sérias dúvidas do viver, existentes nas lúdicas cabeças das crianças.
💬 Mãe... A senhora já viu Saci de botas?
💬 Filho, Saci pelo que eu saiba, tem uma perna só e anda descalço.
💬 E cachorro de botas, existe?
💬 Não, meu filho, só se você colocar botas em um. Quem usa botas é o gato¹ da fábula. (risos)
💬 E porque a dentuça da Mônica anda descalça e o Cebolinha de sapatos?
💬 Não entra de sola João. Aí, só perguntando ao Maurício. (risos)
💬 O Seu Mauricio jornaleiro, que me vende figurinhas e gibis?
💬 Não, o Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica.
💬 Ah, então quando eu encontrar esse tio, vou aproveitar e perguntar também, porque essa tal turma é da Mônica, se o Cebolinha foi criado 3 anos antes dela?
💬 Só você mesmo João, para questionar algo assim. Pobre do Maurício se te encontrar pela frente. (risos)
💬 E pra quê o pato Donald se enrola na toalha, quando sai do banho, se ele vive pelado da cintura pra baixo o tempo todo, usando aquela camisa de marinheiro esquisita?
💬 Meu Deus, só pioram as questões desse menino! Eu lá sei? Vá brincar de super-herói lá fora.
💬 E por falar em super-herói, porque o Superman usa a cueca por cima da roupa?
💬 Deve ser porque, ele se troca rapidinho na cabine telefônica, meu filho. (risos)
💬 Hummmm... Não me convenceu! Nem na Inglaterra existem mais cabines telefônicas. E olha que lá, elas eram bem tradicionais e bonitinhas.
💬 Tá bom então, Sir. João das cabines telefônicas bonitinhas. Agora, vá lá pra fora jogar bola com o filho da vizinha. (risos)
💬 Mas, não era para brincar de super-herói, mamãe?
💬 Tanto faz, mocinho, tanto faz... Só deixa a mamãe terminar de limpar à casa.
E assim Joãozinho fez, foi brincar fora de casa.
💬 Oi Pedrinho!
💬 Oi João!
💬 Vamos brincar de super-heróis?
💬 Vamos... Eu sou o Hulk! 
💬 Por falar em coisa grande e esverdeada, o meu pai mandou pintar a nossa casa de verde, você viu?
💬 Eu vi, mas, a minha casa, mesmo sem pintura nova, é melhor do que a sua!
💬 Não é!
💬 O carro usado do meu pai, é melhor do que o carro novo do seu pai!
💬 Não é!
💬 O emprego do meu pai, mesmo sem ele ter de usar terno e gravata, é melhor que o emprego do seu pai!
💬 Não, não é!
💬 Minha mãe é mais bonita que a sua!
💬 Isso o meu pai também acha!!!
°°°
* Arte animação inicial da postagem ®DOUG BLOG: “O Pato Donald - Donald Duck” (1934), criação: “Estúdios Disney”; “Mônica” (1963) e Cebolinha” (1960), personagens do cartunista: “Mauricio de Sousa” (27 de outubro de 1935) e “Pererê” (1957), personagem do desenhista e cartunista: “Ziraldo” (24 de outubro de 1932).
°°°
¹ “O Gato de Botas”, é um conto de fadas de autoria do escritor francês: “Charles Perrault” (12 de janeiro de 1628 - 12 de janeiro de 1628).



“Superman”  (1930), criação de: Jerry Siegel” (17 de outubro de 1914 - 28 de janeiro de 1996).

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domingo, 1 de agosto de 2021

“Ditados Populares — Parte 6”



Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, já estamos em agosto deste “Vinte Vinte e Um Virótico” e pelo visto, o danado do vírus vai continuar aí, firme e forte, roubando o viver do Mundo todo à conta-gotas, mesmo com boa parte dos braços já vacinados.

E mesmo que o “baile de máscaras” não acabe nunca, muito menos os ditados populares findam. Assim sendo, vamos lá para mais 20 ditos (frutos do inconsciente coletivo), mantendo minha meta de distrair nossas mentes, neste momento pandêmico interminável (com as vacinas chegando amiúde), principalmente no “Brasil”. 

101- O ditado popular: “Olha com os olhos e lambe com a testa”, significa dizer, que qualquer pessoa que esteja numa situação de observar uma coisa fora de suas possibilidades e mesmo assim, insistindo em conquistar, nunca terá e se frustará.

102- “171”, este termo que caiu na boca do povo para classificar os estelionatários e trambiqueiros de modo geral, faz referência ao artigo “171 do Código Penal Brasileiro”. O texto estipula: [“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”]. Este número coincidentemente, está nos algarismos das camisas de alguns dos bandidos mais famosos das histórias em quadrinhos e dos desenhos animados da “Disney”, “Os Irmãos Metralhas - The Beagle Boys” (1951), que é uma quadrilha de ladrões atrapalhados.

103- A origem da expressão “Ao deus-dará”, tem duas explicações possíveis. Pode ser: um ato de abandono, de descaso, de ficar à toa; ou pode ser, a citação de “Jesus” (na cruz), relatado em: (“Lucas” -  23:34) - E dizia Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes”. Com isso, o filho de Deus destaca, que seus algozes estão entregues à própria sorte, diante de tamanha violência.

104- “Voto de Minerva”, esta é uma adaptação latina da mitologia grega. Na história mitológica, o mortal “Orestes”, matou sua própria mãe e o amante dela, para vingar a morte de seu pai, “Agamenon”. Para escapar da pena capital, “Orestes” pediu ajuda ao “deus Apolo”, que atuou como seu advogado em um julgamento presidido por “Atena” (que tem o nome de “Minerva”, na versão romana). Como a votação do júri formado por 12 cidadãos terminou empatada em 6 votos, coube à “Atenas/Minerva - deusa da Razão e da Justiça”, dar o voto decisivo, inocentando “Orestes”.

105- “A cobra vai fumar”, esta é uma frase clássica. Durante a “Segunda Guerra Mundial”. O governo brasileiro presidido por “Getúlio Dornelles Vargas” (19 de abril de 1882 - 24 de agosto de 1954), ora se aproximava dos “Estados Unidos”, ora da “Alemanha nazista”. Na época, era comum ouvir que: “Seria mais fácil uma cobra fumar, do que o Brasil entrar na guerra”. Mas, entramos (do lado americano) e como resposta às provocações, os soldados/pracinhas¹ da “FEB - Força Expedicionária Brasileira”, adotaram como símbolo (no escudo das fardas), uma cobra fumando.

106- “Amor com amor se paga”, esta frase está relacionada com reciprocidade, questão de receber aquilo que você dá. Se der amor, “vai ser pago com amor”... Se você tratar uma pessoa muito bem, ela vai lhe tratar bem também. Mas, se você tratar uma pessoa mal, ela vai inevitavelmente lhe tratar muito mal. Ou seja, como diz outro ditado: “Cada um colhe o que planta”. Se você plantar indiferença, não tem como colher outra coisa. Mas, se plantar amor, “boa safra” de amor terá. Ou seja, você escolhe aquilo que quer colher. Aí o ditado é reescrito para: “Amor com amor se paga e com desdém se apaga!” - Este não é um ditado popular de difícil compreensão, porém, por vezes, de difícil execução. 

107- “Bambambã”, é uma expressão popularmente usada para designar uma pessoa perita em determinado assunto, alguém muito bom naquilo que faz. “Bambambã”, vem de “Bamba”, que seria um indivíduo corajoso, valente e decidido. Mas, “estar na corda bamba”, por exemplo, significa outra coisa: passar por uma situação instável, por algo perigoso. Ou seja, “Bamba” é uma palavras (entre tantas), que exibe significados diferentes na leitura.

108- “Bola pra frente”, esta é uma expressão muito repetida e, mostra o real desejo de encorajar alguém a seguir adiante, depois de passar por algo negativo. Tal dito, parece mesmo ter nascido no futebol, quando um time está em uma situação adversa e necessita virar o jogo, o empenho dos atletas em campo, é sempre para que a bola seja tocada à frente e que a equipe permaneça no ataque, em busca do gol. 

109- “Calcanhar de Aquiles”, este ditado revela o ponto fraco de alguém, estando relacionado a fraqueza do herói da mitologia grega “Aquiles”, que é relatado, sendo um mortal, filho do “Rei Peleu e da deusa Tétis”. Na intenção de torná-lo imortal, sua mãe o mergulhou no “rio Estige”, segurando-o pelo calcanhar – único local que as águas não o tocaram e, portanto, a única parte vulnerável de seu corpo. Na “Guerra de Troia”, “Aquiles” teria sido flechado justamente no calcanhar, por “Páris”, que era conhecedor de seu ponto fraco.

110- À origem da expressão: “Chato de Galocha”, surgiu nos anos (1950), quando o uso de galochas era um costume típico entre homens e mulheres. As galochas são botas de borracha usadas para proteger os pés do contato com a água, preservando-os da umidade e por consequência, do desagradável contratempo de molhar os pés e também poder danificar o calçado. Mas, “Chato de Galocha”, é também uma expressão idiomática da língua portuguesa, muito usada no “Brasil”, qual descreve uma pessoa que é muito inconveniente, extremamente desagradável, com pouco senso social e insistente em assuntos desinteressantes. Existe uma terceira hipótese, esta mais “suja”. Calma, eu explico: antes das ruas serem asfaltadas, o uso de galochas era bem mais comum. Assim, algumas pessoas saiam à rua com elas, e era a primeira coisa que tiravam ao chegar em casa (ou na casa de alguém). “Chato de Galocha”, seria neste caso, aquela pessoa inconveniente, que entrava em casa (ou na casa dos outros), com as galochas sujas, lançando lama para todos os lados.

111- “Cheio de nove horas”, esta expressão vem lá do Século XIX, onde (9 horas da noite), era uma barreira quase intransponível. Era o horário de se recolher, uma espécie de regulador da vida social brasileira da época. Quem estivesse na rua depois das 21h. - não era tido como uma pessoa de bem e sim, visto como um boêmio. O marido, por exemplo, que não voltasse para casa antes deste horário, estaria em apuros. Com o tempo, tal expressão passou também a fazer referência das pessoas meticulosas e cheias de regras.

112- “Chutar o balde”, esta expressão a principio, está relacionada na execução utilizada com uma corda, quando um condenado à pena capital, ficavam em pé em um balde e após, era colocada uma corda ao redor de seu pescoço (amarrada geralmente nos troncos de uma árvore), sendo o balde chutado pelo executor/carrasco, para que o condenado fosse enforcado e morto. Anos mais tarde, às forcas tinham escadas e alçapões, recursos que facilitavam “tirar o chão” do enforcado. Há também uma outra possibilidade. Este ditado teria nascido, dos chutes que as vacas dão nos baldes de leite, quando não se sentem confortáveis, no momento da ordenha manual. Mas, todas estas hipóteses são diferentes de outro chute... Pois, “Chutar o pau-da-barraca”, por exemplo, designa a perda da paciência de uma pessoa com algo ou alguém.

113- “Ter o rei na barriga”, este é um dito em metáforas. A menos nobre delas (apesar de ser referente a monarquia), ilustra a sucessão do trono, quando uma Rainha fica grávida de um varão, sendo esta notícia muito festejada, passando a monarca a ser tratada de maneira especial, pois, ela carrega o futuro rei em seu ventre. Cercada de tantos cuidados e acostumada com o bem-bom, a Rainha passa a ser considerada arrogante aos olhos das outras pessoas do reino, sendo vista como alguém orgulhosa, por estar carregando um filho homem em seu ventre, fato que não se sucederia igual, caso fosse uma meninaOutra versão (esta bíblica), mostra “Maria de Nazaré” recebendo a visita do “anjo Gabriel”, que lhe diz: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim.”

114- “Corredor polonês”, este foi o nome dado à faixa de terra transferida da “Alemanha para a Polônia” em (1919), após o “Tratado de Versalhes”, um acordo de paz assinado após a “Primeira Guerra Mundial”. Com a ascensão do partido nazista ao poder e a chegada de “Adolf Hitler” (20 de abril de 1889 - 30 de abril de 1945), que fizeram as forças armadas alemãs tomarem a região em (1939), os poloneses foram encurralados pelo exército de “Hitler”, posicionado dos dois lados do “corredor”. A expressão é usada em tempos atuais, para nomear uma passagem estreita, formada por duas fileiras de estudantes e/ou soldados, que geralmente batem na cabeça dos “calouros”² que passam no meio deles. Ou seja, uma espécie de “Bullying”.

115- “Custar os olhos da cara”, a origem desta expressão, não tem relação com o custo de vida, para destacar mercadorias cobradas com valores abusivos, como muitos pensam e utilizam. Este ditado, faz referência, ao espanhol “Diego de Almagro” (8 de abril de 1475- 8 de julho de 1538), um dos conquistadores da “América”, que perdeu um de seus olhos quando tentava invadir uma fortaleza “Inca”. Após esta incursão, ele disse ao imperador espanhol “Carlos I” (19 de novembro de 1600 - 30 de janeiro de 1649): “Defender os interesses da Coroa espanhola, me custou um olho da cara!”

116- “Elefante branco”, este termo vem do antigo “Reino de Sião” (atual “Tailândia”), onde o elefante albino, é considerado um animal sagrado, devendo ser dado ao Rei quando encontrado. O Rei, por sua vez, também pode presentear os membros da corte, com um destes raros animais, quando for do seu desejo. E apesar do custo e do grande trabalho em cuidar de um bicho deste tamanho, não pega bem recusar o presente vindo do monarca, afinal, como disse, se trata de um animal sagrado. A questão é: não residindo em um palácio real, onde alguém que mora em uma casa normal, poderá guardar um presente tão grande? Assim, adaptamos esta expressão, para qualquer objeto de tamanho desproporcional ao local que residimos e que ocupe muito espaço. Ou seja: este objeto acaba se tornando um “Elefante branco” dentro das nossas casas.

117- “Erro crasso”, esta é uma expressão da cultura popular, atribuída aos equívocos humanos. O “Erro crasso”, se refere ao romano “Marco Licínio Crasso” (114 a.C.– 53 a.C.), que em (53 a.C.), perdeu a “Batalha de Carras”, onde também perdeu a própria vida. “Craso” dividiu o poder com “Júlio César” (13 de julho de 100 a.C. – 15 de março de 44 a.C.) e “Pompeu” (106 a.C. – 48 a.C.), em (59 a.C.), no período conhecido como “Primeiro Triunvirato”. Obcecado por conquistar o “Império Parto, na Mesopotâmia”, “Craso” atacou a cavalaria inimiga, em campo aberto, só com uma infantaria romana e teve seu exército dizimado.

118-  “Estar entregue às baratas”, este é um ditado simples e muito repetido. Seu significado é: ser alguém sem importância para ninguém, ou estar sem nenhuma resistência para fazer nada.

119- “Mais feliz do que pinto no lixo”. Os galináceos adoram ciscar tudo que encontram pelo terreiro (e parecem felizes com isso). Assim, esta é uma expressão popular usada para representar a condição de uma pessoa em estado de extrema euforia, de felicidade plena, quando se encontra muito satisfeita com algo.

120- Estamos no Inverno no “Brasil”, então, é sempre comum escutarmos: “Neblina que baixa, Sol que racha”. Esta é uma expressão muito comum entre os mais antigos, pois, antes de termos as previsões diárias pela TV e aplicativos da Web, muita gente se baseava nos sinais da natureza para prever como ficaria o tempo. Este ditado popular, revela a pouca visibilidade causada pelo fenômeno da névoa (neblina baixa), que se move na horizontal e o ar úmido que se dissolve, torna o clima mais seco, ou seja, o dia terá Sol forte. Já o contrário deste ditado é: “Névoa na serra, chuva que berra”.
°°°
* Arte inicial Animada da postagem ®DOUG BLOG: “Mafalda” (1964), personagem do cartunista: “Quino” (17 de julho de 1932 - 30 de setembro de 2020) e “Mônica” (1963), personagem do cartunista: “Mauricio de Sousa” (27 de outubro de 1935). * Mafalda aparece também na arte/animação ®DOUG BLOG.
°°°
* No ditado popular n° 110, aparece a arte ®DOUG BLOG de: “Francisco Everardo Tiririca Oliveira Silva - Tiririca, um cantor, compositor, palhaço, humorista e político brasileiro (1° de maio de 1965).
°°°
¹ “Pracinhas”, é um termo referente aos soldados veteranos do “Exército Brasileiro”, que foram enviados para integrar as forças expedicionárias contra as forças do eixo nazista, na “Segunda Guerra Mundial” (1° de setembro de 1939 – 2 de setembro de 1945).
°°°
² “Calouros”, no sentido do texto, refere-se ao estudantes/soldados novatos, quais são submetidos ao trote estudantil/militar. Ou seja, ficam à mercê das brincadeiras de mau gosto, estabelecidas pelos estudantes/soldados mais antigos, denominados “veteranos”. Existem outros tipos de “calouros”, estes relacionados a música, em programas de auditórios.




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“Libras”, é a língua brasileira de sinais manuais, usada por surdos e com quem se comunica com eles. É legalmente reconhecida como meio de comunicação e expressão. A linguagem por sinais, foi criada em (1856), pelo professor de surdos e conde francês: “Hernest Huet” (5 de maio de 1858 - 5 de fevereiro de 1917), que era surdo. “Huet” veio ao “Brasil”, atendendo ao pedido do “Imperador - D.Pedro II” (2 de dezembro de 1825 - 5 de dezembro de 1891), para que difundisse sua experiência com a linguagem de sinais, ensinada na “França”.

® DOUG BLOG — ☠ Cigarros Apague Essa Ideia!

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De acordo com o “Inca - Instituto Nacional de Câncer”, aproximadamente 443 pessoas morrem a cada dia no “Brasil” por causa do tabagismo. R$ 125.148 bilhões são os custos dos danos causados no sistema nacional de saúde e na economia, devido ao mau hábito de fumar. Mais de 160 mil mortes anuais poderiam ser evitadas por conta dos cigarros.

® DOUG BLOG — ⚽ Seleção Brasileira de Futebol ⚽

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⚽ 1958 🏆 Campeão: Suécia ⚽ 1962 🏆🏆 Bicampeão: Chile ⚽ 1970 🏆🏆🏆 Tricampeão: México ⚽ 1994 🏆🏆🏆🏆 Tetracampeão: EUA ⚽ 2002 🏆🏆🏆🏆🏆 Pentacampeão: Japão/Coreia do Sul.

®DOUG BLOG — Graffiti Writer Banksy ♥

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🎈 “Balloon Girl” — Autor: “Robin Gunningham” [Pseudônimo: Banksy] (28 de julho de 1974).

® DOUG BLOG — Habemus Papam! 🐰 Recado da Mônica

® DOUG BLOG — Habemus Papam! 🐰 Recado da Mônica
O primeiro personagem de “Mauricio de Sousa” (27 de outubro de 1935), foi o cãozinho azul “Bidu” (1959). “Mônica” e o seu coelhinho de pelúcia (também azul), de nome “Sansão”, surgiram quatro anos depois, em (1963). A menina do vestido vermelho é inspirada em uma das seis filhas mulheres do cartunista, “Mônica Spada e Sousa” (28 de setembro de 1960). — “Habemus Papam”, é o texto lido pelo Cardeal e Decano, qual anuncia a eleição de um novo Papa, após a fumaça branca ser emitida pela chaminé da “Capela Sistina, Itália”, anunciando ao povo Católico que um novo pontífice foi eleito e que o escolhido aceitou a eleição. O anúncio é feito da varanda central da “Basílica de São Pedro, no Vaticano”. O argentino “Jorge Mario Bergoglio” (17 de dezembro de 1936), é o 266º Papa da Igreja Católica (nome do Pontífice: “Francisco I”).