O que abordarei hoje aqui no ®DOUG BLOG não é o fato se as religiões “A, B ou C” estão certas ou erradas... Até por que, não existe um conceito preciso de religião certa ou errada.
As religiões, são só mais uma das invencionices humanas. A fé, esta sim é Divinal. E no fim das contas, “no frigir dos ovos”, cada pessoa tem o direito de escolher a religião que bem entender, motivado no “livre-arbítrio”, ou até escolher ser ateísta.
Mas, existirão sempre os que estarão contestando algo, negando fatos, criando caso, agitando, causando polêmica. E um destes ícones da história, foi o monge alemão “Martinho Lutero”¹, que escreveu o livro: “Do Cativeiro Babilônico da Igreja” (uma leitura nada fácil de fazer), devido ao tema complexo, qual “Lutero”, passa boa parte do tempo, tentando explicar os motivos da sua insurreição contra a “Igreja Católica Apostólica Romana”.
“Martinho Lutero” como vemos, a princípio era “Católico”, aos 22 anos se tornou monge agostiniano, por promessa feita à “Sant'Ana”, mãe de “Maria”, avó de “Jesus Cristo”. Mas, um belo dia, viu que não tinha a mínima vocação ao sacerdócio, assim, quebrou a promessa e, resolveu abrir mão da sua vida religiosa dedicada ao catolicismo, por não concordar com um ponto existente na “Igreja do Papa Leão X”¹. Sim, “Lutero” não contestava os dogmas, muito menos os sacramentos da “Igreja católica”. O que ele queria, era constituir família, se casar, ter filhos e o celibato sacerdotal é uma disciplina que a “Igreja” exige desde a sua origem. (Agora, se os religiosos levam tal disciplina a sério, aí já é uma outra história).
“Lutero”, com esta atitude, “remou contra a maré” das tradições mantidas até hoje pelo catolicismo (e não creio que isso irá mudar um dia). Assim sendo, ele se casou com a também alemã e ex-freira “Católica, Catarina de Bora” (29 de janeiro de 1499 - 20 de dezembro de 1552), qual “Lutero” convenceu a largar o hábito, deixando de ser “esposa espiritual de Cristo”, passando a ser sua esposa em condições carnais. Só que este fato, criou uma cisão generalizada e “Matinho Lutero”, passou a ser considerado um herege em (1518), por negar a autoridade papal e por aliciar uma religiosa ao “caminho do pecado”. Este fato “inquisitório”² contra “Matinho Lutero”, produziu guerras atrozes e desenvolveu um ódio tenaz entre duas comunidades cristãs que se estendeu por séculos. E tudo isso devido a não concordância a vida celibatária.
Mas, se o celibato é certo ou errado, não me cabe julgar. O que sei, é que a vida celibatária é algo que deve ser honrado entre “religiosos Católicos ordenados”, até porque, alguém que diz ter vocação para ser padre, tem que ter consciência das regras que “a batina/hábito lhe impõe”. Além do mais, ninguém entra para a vida religiosa com uma arma na cabeça, sob ameaças. Então, quando se segue o caminho sacerdotal, por exemplo, a abstinência sexual, a vida celibatária fará parte da rotina de sua vida e, por assim ser, deve ser levada a sério (Mas, a pergunta que vale um milhão é: isso acontece?). Não, não acontece, aquilo que acontece, é um grande desrespeito a esta regra imposta aos “padres/freiras Católicos” e isso, se deve ao desvio de conduta e de caráter dos profissionais religiosos, que assim como qualquer um de nós, são seres humanos passíveis a erros. Porém, a lei deve ser cumprida (assim como uma lei de trânsito também deve ser cumprida) e as punições quanto a quebra desta regra, cabe aos líderes do “Vaticano” dar uma solução (mesmo que muitos deles não sejam nada confiáveis também). Assim, a “Cúria católica” fecha os seus olhos, fato que constitui em mais um erro “inquisitório”, mesmo que estejamos em pleno século XXI.
E por contestar o “Vaticano”, principalmente o “Papa Leão X”, que “Matinho Lutero” acusou de farra e sodomia, acabou expulso da “Igreja”, saindo pela porta dos fundos, como herege. E a primeira coisa que “Lutero” fez ao lagar a batina (como disse anteriormente), foi se casar e assim, experimentar os prazeres da carne de maneira explicita, pois, segundo ele mesmo em seu livro, quando ainda era monge, já praticava sexo, igual a outros sacerdotes que já experimentavam os mesmos prazeres de maneira velada e até de maneira homossexual. E isso foi relatado em outro livro: “O Nome da Rosa”.³
Como vemos, a hipocrisia é algo que não diz respeito aos púlpitos das igrejas ou templos e nem aos hábitos e batinas. Então, se a abstinência sexual é levada a sério pelos sacerdotes e freiras ordenados, isso é uma outra história. E não vou abordar a questão da pedofilia cometida por religiosos, pois isso, é algo nojento e criminoso... É uma nova “Guerra Santa”, chegando a ser inconcebível crer que alguém que “fala em nome de Deus”, possa cometer um crime hediondo e escabroso destes, mas, que infelizmente acontece com frequência e, que é jogado sempre na cara da sociedade, que nada mais pode fazer, que sentir indignação e estarrecimento.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Martinho Lutero - em alemão: Martin Luther” (10 de novembro de 1483 - 18 de fevereiro de 1546), como o nome indica, criou a “Igreja Luterana”, que não pratica o celibato - do latim cælibatus. Em (15 de junho de 1520); “Giovanni di Lorenzo de' Medici - Papa Leão X” (11 de dezembro de 1475 - 1° de dezembro de 1521), publicou a “Bula Exsurge Domine”, onde deixou claro para “Lutero” que ele estava agindo como um herege. Com isso, a “Igreja Luterana” acabou ganhando força e hoje em dia, ainda possui muitos “sectários luteranistas protestantes” espalhados pelo Mundo.
² À ritualística inquisitória, era realizado pelos tribunais do “Santo Ofício da Igreja Católica Apostólica Romana”, cujo objetivo era combater a heresia. Começou no século XII na “França”, para eliminar a propagação do sectarismo religioso, em particular, em relação aos “Cátaros e Valdenses”, considerados ímpios.
³ “O Nome da Rosa”, é um romance do escritor italiano: “Umberto Eco” (5 de janeiro de 1932 - 19 de fevereiro de 2016), lançado em: (1980), que o tornou conhecido mundialmente. O livro foi adaptado ao cinema, dirigido por “Jean-Jacques Annaud” (1° de outubro de 1943), em (1986).
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).