No nosso imaginário, a palavra viúvo/viúva, nos remete a entender senhoras vestidas de preto, com o “Santo Rosário” (conta de terços), nas mãos, por vezes um crucifixo e um longo véu de rendas, para esconder as lágrimas do rosto. Esta indumentária, fazia parte do “luto fechado”. Mas, assim como o “mico-leão-dourado”, estas senhoras também estão em extinção. Hoje é raro ver um viúvo(a) que se deixe rotular e tenha se entregado à solidão eterna, pois, é como se diz: “viúvo/viúva é quem morre”. Os viúvos/viúvas de hoje, voltam a se relacionar com mais facilidade, apesar das dificuldades que envolvem esse recomeço. Sim, é um clichê, mas, a vida segue... Segue meio sem graça, mas, segue.
Tem uma frase minha que diz:
“O luto é um mar revolto, onde o enlutado demora a colocar outra vez os seus pés em terra firme... Isso quando não se afoga também!”
A vida é cheia de perdas e lutos, repleta de altos e baixos. Não existe nenhuma pessoa, no Mundo, que não tenha passado pela experiência de ter perdido um ente querido. A maior dor, porém, é a da perda do pai, da mãe, do esposo ou esposa... Alguém que compartilhava conosco, mais que um espaço geográfico na vida. A perda de um filho nem vou citar, pois, quando os filhos perdem os pais (seguindo a ordem natural das coisas), ficam órfãos, mas, quando os pais perdem um filho, que nome se dá? Não existe um nome para isso, de tão triste e sofrido que é.
Dizem os especialistas (sempre eles), porque, os especialistas são pessoas que muito dizem e pouco nos falam com precisão - que os estágios do luto duram seis meses, até que se chegue à aceitação. Dizem ainda, que existem 4 pontos cruciais no luto:
1) Entorpecimento... Onde é preciso aceitar a realidade da morte;
2) Busca e saudade... Onde se deva viver a dor, tentando entender o que está passando dentro de ti;
3) Desorganização e desespero... Esta é a fase mais difícil, quando “cai a ficha”;
4) Reorganização e aceitação... É a hora de se adaptar ao meio em que vive, no qual o falecido não está mais na tua vida, além das lembranças.
Mas, nada disso acontece desta maneira. Não se pode relacionar 4 tópicos de como superar o luto, pois, cada caso é um caso. Cada pessoa tem o seu tempo de recuperação da sua dor... E algumas pessoas, nem se recuperam.
Outro dia ao fazer um check-in em um hotel, na ficha perguntava [estado civil] e lá não continha viúvo, nos quadrinhos (a se marcar), mesmo que de acordo com a leis brasileiras, existam cinco tipos de estado civil: solteiro, casado, separado, divorciado e viúvo. Os demais termos, como amigado e amasiado, por exemplo, são utilizados coloquialmente e não tem qualquer valor jurídico. Ou seja, ser viúvo mesmo que exista na legalidade documental, por muitas vezes é ser ignorado, pois, não é incomum (quando se diz ser viúvo), logo em seguida alguém lhe perguntar: “Bom, agora que você está solteiro outra vez, o que pretende fazer da sua vida?” Mas, ficar viúvo não é restabelecer a condição, de ser alguém que ainda não se casou. E tem mais, responder o que vamos fazer das nossas vidas, vamos combinar, esta não é uma resposta fácil de ser dada, sendo solteiro, casado ou viúvo.
Aliás, nada nunca é fácil para um viúvo. Se manter em equilíbrio, piorou, porque, além da falta que a sua companheira(o) lhe faz, a sociedade ao escutar a palavra viúvo, o primeiro sentimento é de pena com relação a alguém (principalmente se você é um viúvo jovem). O fato é que ser viúvo jovem não é fácil. E ter de tentar se manter positivo e direcionar a sua vida em tempo integral, para o “seguir em frente” - principalmente para os viúvos que tem filhos para criar, aí tudo fica ainda muito mais complicado, pois, filhos para ser bem-criados, devem ter a presença de pai e mãe e não, só de um em seus dias. Não é à toa que os casais separados acordam (geralmente na justiça), a guarda compartilhada dos filhos.¹
Pior que o vazio de se ficar viúvo jovem, é entender que junto com a pessoa que se foi, foram com ela também, os planos e sonhos que o casal tinha dentro desta união. Quando se fica viúvo pela idade, a história escrita pelo casal, os filhos criados, os netos, bisnetos, suavizam de certa maneira, a dor da falta de quem partiu.
°°°
[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “A Lei da Guarda Compartilhada”, determina aos juízes que estabeleçam o compartilhamento obrigatório da custódia dos filhos, se não houver acordo amistoso entre o casal. Desta forma, os pais têm direito a visitar ou passar um tempo com os filhos.
Meu jovem e sapiente Douglas,
ResponderExcluirComovente esse seu texto. Eu me recordo de quando você perdeu sua jovem esposa. Não foi facil meu amigo, quantas provações. Mas você disse muito bem, não se pode considerar a viuvez, um estado civil de nova solterisse, nem tão pouco se deva crer, que é o final da vida de quem ficou com sua saudade. Um viúvo ainda tem muito que fazer pela família, em sociedade, e você que é um homem religioso, tem muito a fazer por sua Igreja, apoiando outros que também passam pela mesma dor. Como você citou também, a vida segue sem graça, mesmo assim, você meu jovem amigo, é uma das pessoas mais felizes que eu conheço, e isso vem da força que você tem guardada dentro do seu generoso coração. O segredo do seu sorriso, com certeza vem da consciência de que você sempre fez o seu melhor, e hoje sente a sensação do dever cumprido. Então meu caríssimo amigo, deixe os curiosos se perguntando aquilo que te faz sorrir, apesar dos pesares da vida, pois como você também disse em seu belo texto, todos passamos por perdas e lutos nessa vida.
Um fraterno abraço!
Meu caro Barbosa,
ExcluirO amigo é sabedor das mazelas da minha vida.
Como bem disse Fernando Pessoa:
“Navegar é preciso, viver não é preciso!”
Mas, como navegar sem nos manter vivos? A genialidade do escritor português, explica assim:
“Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso!”
E este é bem o retrato, dos que passam pela viuvez. Veja o exemplo de Vanessa Bryant (viúva do ex-jogador de basquetebol, Kobe Bryant), que além do marido, perdeu também sua filha Gigi, de 13 anos. É inimaginável tentar entender o tamanho da dor que ela deva estar sentindo.
Grato por tuas palavras sempre carinhosas.
Retribuo os fraternos abraços!!!
Oi meu querido amigo Douglas!
ResponderExcluirNossa, sou a primeira a comentar aqui, só posso imaginar o quanto deve ser difícil seguir a vida sem a pessoa com a qual casamos e com certeza, sonhamos viver uma vida inteira e longa, juntos!
Meu pai ficou viúvo por dez anos, depois foi ele que morreu, mas vivera muitos anos felizes com minha mãe, tanto que nunca mais quis ter outra pessoa na vida dele, sempre falava na minha mãe sem nunca a esquecer, deixou de sofrer, mas falava muito nela com saudade!
Assunto que renderia um livro, pois a vida não pode ser respondida para os que, acham isso ou aquilo, mas tem de seguir em frente, não tem jeito!
Mas quando se é ainda jovem, naturalmente pode até ser que apareça alguém para de novo tentar seguir caminhos compartilhados?!
Senti que é sua experiência dita aqui nesse texto, portanto sinta-se a vontade em publicar ou não esse meu comentário!
Abraços bem apertados!
Minha amada amiga Ivone,
ExcluirSem problemas em publicar o teu comentário.
Ser viúvo, não é renegar nossa dor, muito menos, é tentar voltar aonde tudo começou, em busca da felicidade de outrora. Ainda sou feliz... Hoje, no entanto, sinto saudades, muitas saudades!!!
Não projeto nada, se acontecer um novo amor, será perfeito, senão, vamos vivendo as casualidades da vida, com seus momentos, vividos um dia de cada vez.
Pior são os casais que são VIÚVOS em vida, onde ambos não se respeitam.
Retribuo os teus abraços sempre apertados!!!
Pois é, a Vida tem disso, cada qual sabe bem de seus sentires, mas como li no comentário do seu amigo Barbosa, tens sua fé, sua religião, sabe entender a alma humana e tudo isso ajuda e muito, tanto a si mesmo como aos que precisam de conforto!
ExcluirEscrevi sobre transcendência em meu blogue Levitar... amo sentir a minha vida e compartilhar, as pessoas que me conhecem sabem bem como sinto e percebo a vida, não renego meus dons, com eles faço a minha vida fluir bem e até, quem sabe, ajudo muitos a perceberem os valores da alma!
Mais abraços bem apertados!
Ola! Realmente o luto não é fácil e cada um tem o seu modo particular de sentir.Ainda sinto saudades do meu pai que fazer 2 anos em abril, tive a sorte de ter o melhor pai do mundo, seu Eurico.Abraçosss para você e agradecida pelo belo post.
ResponderExcluirCris,
ExcluirPERDA, a palavra por si só representa: (fato de deixar de possuir ou de ter algo ou alguém).
Eu já tive todas minhas perdas... Não é fácil, mas, no "ato de viver", não existe um roteiro estabelecido.
Também fazem dois anos que perdi meu pai. Tem uma postagem em homenagem a ele aqui no DOUG BLOG. Deixo o link da postagem, caso queira ler...
https://blog-dougblog.blogspot.com/2017/11/o-dia-que-morreu-o-melhor-homem-do-mundo.html
Retribuo os teus abraços e o carinho pelas palavras, em ter apreciado mais esta postagem!!!
Não sabia que eras viúvo e deve ser muito difícil mesmo perder o companheiro/companheira de vida. Nem quero imaginar, aliás, fujo dessa ideia . Prefiro deixar um viúvo do que ficar viúva, sei isso é egoísmo... Mas não sei se acharia graça em algo novamente na vida! Bem saio daqui pensando... abraços, chica
ResponderExcluirAmiga Chica,
ExcluirCom o tempo vamos nos conhecendo melhor. Mas, já havia citado aqui no DOUG BLOG, ser viúvo. Nunca tive problemas em partilhar minhas alegrias e tristezas da vida.
Existe uma frase de: Georges Courteline, que vai de encontro ao que a amiga disse. Não creio que seja egoísmo, mas, sim, uma defesa no teu modo de pensar.
"Se a minha mulher tiver de ser viúva um dia, preferia que fosse durante a minha vida!"
Retribuo os teus abraços!!!
Caríssimo Douglas, creio que deva ser insuportável a dor dessa jovem viúva, que perdeu num acidente de helicóptero, seu marido e uma de suas filhas. Mas sua perda - devido ao câncer - é igualmente sofrida, e creio que ninguém saberia medir também o tamanho do seu desconsolo. Fiquei tão emocionado com o texto, que fui traído por esse corretor de texto esdrúxulo, do celular de minha neta. Saudoso estou do meu bom e velho PC de mesa, com direito ao teclado e mouse. Quis dizer [solteirice], e não com dois [ss] como saiu no comentário.
ResponderExcluirOutro fraterno abraço.
Meu caro Babosa,
ExcluirGrato mais uma vez por tuas palavras!
Quanto ao erro, não esquente com este fato, pois, erro mesmo, foi aquilo que o nosso “digníssimo Ministro da DESEDUCAÇÃO - Abraham Weintraub”, conseguiu fazer com nossa língua portuguesa.
Retribuo mais este fraterno abraço!!!
Toda perdida duele, a cada uno la suya y de una manera diferente, el dolor no se puede medir, depende de lo que nos queda que tengamos que defender, hijos en el caso de la viudedad, hermanos en la desgracia de perder uno de los hijos. Tampoco se sabe lo que dura el duelo, la pena y hasta el dolor físico, ni creo que haya palabras que consuelen es algo que cada uno debe hacer por el mismo… podría seguir pero creo que tu sabes todo lo que yo pueda decir, te mando un abrazo grande
ResponderExcluirEster,
ExcluirEstoy agradecido por tu afecto!
Así es, todos conocen los dolores y los amores de esta vida. Cada persona pasa su momento de pérdida, nadie pasa por la vida ileso, sin saber lo que es tener este dolor.
¡Un fuerte abrazo para ti también!
Na minha vida já perdi muito dos meus ente queridos.
ResponderExcluirAmava - os do fundo do meu íntimo todos eles.
Mas a vida é assim mesmo.
Feita de surpresas e desventuras.
Amo muito os que ainda estão presentes na minha vida. Que o Criador os preserve.
Quanto à viuvez.
Espero que faltem muitos e muitos anos.
Adoro ler os seus textos.
Obrigada por partilhar.
Sorrisos de talento.
Megy Maia
Megy,
ExcluirA morte das pessoas que amamos, é complexa, é algo como se subíssemos uma escada chegando ao topo e, achar que tem mais um degrau para subir (quando na realidade não tem).
O pior das perdas, é o próprio ato da perda em si, aquele momento do passamento, qual nos proporciona um grande susto e tristeza sem fim.
Grato por gostar dos meus textos!
Retribuo os teus sorrisos de talento!!!
Oi Doug! Das certezas da vida, a morte é a mais provável, dói muito a perda quando o afeto se faz presente na relação, fica um vazio dentro da alma, nem todos preenchíveis.
ResponderExcluirA sociedade sempre cobrará, seja lá qual for a situação...Cobra namoro, casamento, filhos, estudo, trabalho, vida social, sonhos...Então, abstrair-se de cobranças nesta situação (e todas na verdade) é a melhor atitude, cada um sabe o que é bom para si.
Belo texto, abração!
Amiga Dalva,
ExcluirTu estás coberta de razão. Vivemos em sociedade, mas, algumas pessoas só se sociabilizam de verdade, perante ao ato de cobrar dos outros, muitas vezes, aquilo que nem fazem correto em suas vidas. Algumas pessoas que se ocupam da vida alheia, erram muito em suas vidas vazias.
O ato de se intrometer, só é esquecido no dado momento de ser solidário, pois, aí, estas mesmas pessoas, se esquivam, pois, quem nunca escutou esta frase:
“Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher!”
Pois é, nesta omissão de ninguém “meter a colher”, que teve de existir a Lei Nº 11.340 (Lei Maria da Penha). Mas, o quê a maioria entende das Leis também? Pois, não é incomum escutar que ser viúvo, é voltar a ser solteiro, porque, sendo viúvo se pode casar outra vez na igreja. Mas, será que não existem viúvos ateus, espíritas, umbandistas, budistas, etc...??? Além do mais, as Leis não são regidas por qualquer igreja que seja. É como diz uma de minhas frases:
“Até os relógio de ponteiros quebrados, estão certos duas vezes ao dia, porque existem então, tantos seres humanos que teimam em só viver no erro?”
Grato por ter apreciado mais este texto do DOUG BLOG!
Retribuo o teu abração!!!
Muito tocante o seu texto, imagino que não deve ser nada fácil. Eu vi de perto quanta dor o meu irmão sentiu ao perder a namorada por um câncer, ali se morre todos sonhos e planos juntos. Com passar do tempo a saudade vai só aumentando. Mas temos Deus para nos dar força e seguir nossos caminhos.
ResponderExcluirBeijos 😘
Minha querida Juciane,
ExcluirEu tenho um pouco de birra com este lance de tecnologia, justamente por conta disso. Todos os dias aparecem no mercado “Ipads” modernos, Smartphones igualmente modernos, carros com tecnologia super avançadas, e tantas outras engenhocas, que nos facilitam a vida, mas, quando o assunto é esta miséria de Câncer, parece que nunca vão encontrar a cura para esta moléstia.
Aí, teremos formada uma “Teoria da conspiração”, qual diz respeito, de que os grandes laboratórios farmacêuticos, não tem a menor vontade de encontrar a cura desta e de outras doenças, pois, para “eles”, é melhor remediar do que tentar curar doentes terminais, por motivos óbvios.
Arqueólogos encontraram um corpo mumificado, com um linfoma no maxilar. O período dessa múmia, é datado de: 4. 000 a.C. - Egípcios, persas e indianos, de séculos antes de Cristo, também já faziam menções aos tumores malignos. Ou seja, tecnologia de ponta, só serve mesmo para coisas supérfluas.
Retribuo os teus beijos!!!
Querido amigo Douglas, um texto muito bem escrito, sensível, mas dolorido de comentar, mas a vida nos ensina a enfrentarmos os problemas. É dolorido, sim, perder pai, mãe, filhos, marido ou esposa. Esses causam muito rebuliço, e creio que o companheiro (a) ficarem viúvos jovens ou idosos a dor deve ser a mesma, porém nos idosos é mais complicado, pois já se estabeleceu uma grande fragilidade, devido à idade.
ResponderExcluirMeu pai faleceu e minha mãe viveu mais um ano, apenas. E seu sofrimento era diário. Eu não consegui fazer muito mais do que fiz, não daria conselhos a viúvas e nem viúvos, cada um desses tem seu tempo, seus sentimentos, sua energia, seria a mesma coisa em dar conselho para quem é linda,jovem, mas tem uma depressão do tamanho de uma montanha. Não adianta mostrar que a vida é linda, uma dádiva. Fiz o máximo para minha mãe, mas teve um AVC. Acredito que os mais jovens se recuperam bem mais fácil devido a idade e à esperança de ainda serem felizes.
Teu texto fala mais da viuvez, tenho para mim que seja esse um dos maiores sofrimentos. Perder a quem amamos é barra muito pesada.
Beijo, meu amigo.
Minha querida Taís,
ExcluirEu já passei por todas as minhas perdas nessa vida... E é surreal tentar explicar em palavras.
Eu ao contrário de ti, perdi primeiro minha mãe, três anos depois meu pai (que também viveu saudoso de minha mãe, até o dia da sua morte)... E eu estava ali, ao seu lado, também fiz o máximo que pude por ele. Anos antes, já havia perdido minha avó e minha mulher.
Tenho certeza, que se hoje trabalho muito, é o escape que encontro para não ficar “maluco beleza”. O bom humor eu mantenho também, pois, ele me ajuda muito.
Agora, saber quem sofre mais ou menos com perdas... Na realidade, acho que todas perdas são como você disse... “DOLORIDAS”.
Como bem diz a minha querida amiga Martha Medeiros: a saudade, a ausência de quem amamos, faz doer, provocar contração muscular e até náuseas. E é bem assim mesmo, tem dias que são piores, outros melhores... E no fim, todos nós um dia passaremos por perdas, seja que idade tivermos.
Obrigado pelo afago amigo!
Retribuo o teu beijo!!!
Creo que hay distinta clase de dolor en una pérdida. Perder a alguien siempre es doloroso. Y cuesta reponerse de ello. Pero la vida continúa y hay que levantarse y seguirla. Mucho ánimo Douglas.
ResponderExcluirGracias por tu visita.
Un abrazo.
Laura,
Excluir¡Qué bueno verte aquí en el DOUG BLOG!
Esta publicación no es un mensaje triste sobre mi viudez. Es, más bien, un mensaje de las cosas por las que todos pasamos en la vida.
Soy un hombre religioso y la mayoría de las veces estoy de buen humor, pero extrañar a los que amaba y perdía es natural. Tengo mis momentos de introspección, como cualquier ser humano.
Si quieres seguirme aquí y en Feed, ¡siéntete libre!
¡Un abrazo!
Amigo Douglas li com atenção e o máximo interesse esta sua ótima crônica, que tem por tema a viuvez, tratando-o com inegável sabedoria. A crônica mostra a experiência do cronista a respeito da condição da pessoa que perde a sua esposa, ou a mulher que perde o seu marido. Aqui o cronista também fala das perdas de entes queridos e da dor dessas perdas. Diz ainda que o viúvo ou a viúva dos nossos dias são bem das viúvas de tempos passados, que usam roupa sóbria para mostra essa condição. Gostei muito. Parabéns!
ResponderExcluirUm bom final de semana, caro Douglas.
Grande abraço.
Caro amigo Pedro,
ExcluirLidar com perdas (principalmente das perdas das pessoas amadas), inevitavelmente nos trará tristeza. E mesmo que sejamos sabedores que todos passamos e, sempre passaremos por perdas de entes queridos, ninguém aceita quando o fatídico dia chega.
E a situação que mais aflige muita gente, não é apenas a tristeza da ausência física ou da saudade da pessoa amada, mas, também, a incerteza (do não saber), para onde vai quem faz seu passamento?
O certo, é que os viúvos de “ontem” ou de “hoje”, nunca encontrarão palavras que descrevam com exatidão, o sentimento da dor da perda, de um ente querido diante da morte.
Grato pela deferência ao meu trabalho aqui no DOUG BLOG!
Retribuo o desejo de bom final de semana e o grande abraço!!!
Boa tarde Doug! A dor da perda é muito intensa quando se trata da perda de pai e mãe. Ah, meu amigo, perdi meus pais e confesso que a saudade e´muito intensa; vez ou outra, me pego relembrando seus rostos, e buscando por explicações da vida.... Perdi um irmão bem antes de meus pais, e pude presenciar a dor terrível de uma mãe ao perder seu filho. Temos que saber lidar com essas perdas para seguir em frente , mas saudade, essa sempre levamos junto. Grande abraço.
ResponderExcluirMeu caro Beto,
ExcluirHoje também sinto-me um “Steppenwolf”, um lobo solitário nesta “estepe” que se tornou as nossas vidas, diante das nossas perdas.
Tem dias que ainda pego o telefone para falar com minha mãe... Não é fácil lembrar que ela não está mais por aqui.
Eu sou um colecionador de frases, mas não concordo com
“Maquiavel”, quando ele diz:
"Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai, do que a perda do patrimônio!"
Só os desnaturados podem agir desta maneira, me desculpe “Nicolau Maquiavel”, mas eu prefiro a frase de: “Maurice Maeterlinck”, que diz:
“A vida é a perda lenta de tudo o que amamos!”
Compartilhando tuas saudades, sinta o meu abraço amigo!!!
Bia tarde de Domingo, Douglas!
ResponderExcluirLi com muita atenção um post com vida e não só palavras.
Meu irmão foi viúvo jovem com dois filhos pequenos. A cunhada morreu de parto (eclâmpsia).
Foi uma barra tremenda... Os dois lados dos avós na briga para pegar meus sobrinhos... Por sorte, ele mesmo ficou com filhos consentindo só no apoio de todos.
Sei bem o que é ser só muito jovem na condição de viuvez. Não é mole. Ainda mais com filhos pequenos...
O bonito é quando confiamos em Deus que tudo pode.
Percebo sua fé filial e creio, pelo pouco que o conheço, que é seu sustento poderoso.
Gostei muito de lhe conhecer um pouco mais e encontrar sintonia com a fé em Deus.
Tenha uma nova semana abençoada e feliz!
Abraços fraternos de paz e bem
Amiga Roselia,
ExcluirTambém simpatizo muito contigo!
Eu sempre digo que amor pela fé é o melhor tipo de amor... É amar Sem precisar ver ou tocar. E isso acontece desta maneira, nesta nossa interatividade via Web (em nossos blogs).
Aprendi com minha mãe e com minha avó a ter fé. A família é a nossa raiz e, uma árvore sem raiz não para de pé.
É triste, pois, ainda não cheguei nem aos 50 anos de idade e, já perdi pai, mãe, avó, esposa... Triste, mas, como diz na passagem de Jó (na Bíblia), quando existiu a questão — “Porque Deus permitiu que Jó sofresse tanto?” — A resposta foi: “Mesmo sofrendo, Jó ainda amou a Deus, pois, tudo que ele perdeu, sempre foi de Deus!"
Ser viúvo, não é fácil nunca... Nós não nos preparamos para nossas perdas, mesmo sendo sabedores desde sempre, da nossa finitude, enquanto seres humanos.
Retribuo o teu desejo de um nova semana abençoada e feliz... Também os teus abraços de paz e bem e, lhe deixo um carinhoso beijo!!!
Jó é o protótipo da fé genuína.
Excluir🙏🙏🙏😘
Boa noite querido amigo Douglas Melo, seu texto é comovente, li também em alguns comentários, que você já teve todas as perdas da sua vida, posso te confessar que também já tive todas, talvez um pouco diferente das suas. Deve ser muito dolorido perder quem morava em seu coração. Depois desse acontecimento não existem perguntas a serem feitas, penso que o curativo é o tempo.
ResponderExcluirEu sou divorciada, não conheço essa dor, perdi meus pais e agora um dos meus irmãos está com câncer, enfim... Mas dizem que é para a vida seguir. São fases que chegam ao fim para outras recomeçaram, nem sei direito o que te dizer, não existem palavras certas para o luto ou outras perdas. Um beijo no seu coração!
Minha querida Maria Emília,
ExcluirRespostas... Como é complicado quando temos de encontrar respostas para nossas perdas.
Não existe nada mais desconcertante do que o momento dos pêsames ao viúvo(a) no velório. As pessoas não sabem o quê dizer?... E o viúvo(a), nem escuta o que está sendo dito.
As respostas exatas estão na matemática e na literatura. Mas, viver não é uma equação, muito menos é “fabuloso”, pois, até nas fábulas, encontramos a moral da historia, desfazendo nossas dúvidas.
Viver não é sinônimo de felicidade e nem de desespero. Viver, são recomeços, como tu bem dissestes.
Retribuo o beijo no coração, minha amiga do ♡
Olá Douglas.
ResponderExcluirSei o quão difícil é falar sobre uma perda, afinal não estamos na pele daquele que teve a perda, e nada do que dissermos poderá ser a verdade que almejamos ser dita como não sabemos da dor do que teve essa perda. A dor é subjetiva, portanto não posso mensurar a dor de outro. Seria uma hipocrisia muito grande tentar mensurar essa perda. Em tempo de paz, os filhos enterram os pais, porém em tempos de guerra a dor é insuportável, pois os pais enterram os filhos. Não tenho um irmão para desabafar, (apesar de ter) porém tu estás mais para filho do que irmão, então aproveito do teu ombro para esse desabafo.
Passei por um momento muito duro ao ver meu filho mais novo, na época com dezessete anos entre a vida e a morte. Pensava em morrer ao vê-lo quase sucumbir ao barbarismo de um assaltante que lhe deferiu um tiro que transfixou o seu pulmão direito, onze dias dentro de um hospital, mais de 14 horas por dia, assistindo-o e não nego, chorando. Não sei se pela dor ou pelo ódio cheguei a propor a um policial civil que lhe daria um carro zero km pela entrega viva do bandido, pois também não nego a tão estimado amigo, agora elevado a filho, que faria com sadismo esse bandido, pois o ódio que sentia era o suficiente para me alimentar. Lembrando de um velho amigo e comunista, chamado KGB, que dizia, “o ódio me alimenta”. Felizmente não foi preciso, pois uma semana após a própria polícia fez o serviço. Mas até hoje, como agora ao escrever-te uma dor muito grande toma conta de mim e não nego - lágrimas. Um nó na garganta me assola. Hoje, ainda bem, ele, meu filho, está ótimo, e há cinco meses no brindou com uma netinha linda, chamada Milena.
Porém a dor em pensar naqueles momentos tão horríveis e sempre digo, graças ao Doutor Paganella meu filho está vivo. Incansável e altamente profissional com curso de guerra.
Perdas são difíceis de serem assimiladas, filhos, esposas, pais.
Não entrando no mérito e não querendo entender a dor alheia me abstenho de comentar sobre as perdas que terceiros venham a ter, pois cada um sabe de suas perdas e de suas dores.
Papai passou a noite em terrível momento, dentro do Hospital Militar e eu ao seu lado vendo o seu sofrimento, desfez-se seu pâncreas, um cabo enfermeiro dava toda a assistência assim como médicos militares, porém não havia o que fazer. Na manhã seguinte ele em um quarto para Oficiais veio a óbito, próximo de meio-dia e eu ali sereno e não derramei nenhuma lágrima, pois o momento havia chegado e o encarei com a máxima naturalidade. Quatro anos após, no mesmo hospital fui chamado, pois minha mãe estava em seus instantes finais, pois a quatro anos, desde a morte de papai ela estava em estado vegetativo. Ao vê-la lutando pela vida, assistida por uma Sargento Enfermeira, aproximei-me do leito e pedi que a Sargento me deixasse a sós com mamãe.
A porta do quarto estava meu (estranho) irmão choroso e preocupado. Aproximei-me de seu ouvido e disse.
- Mamãe, eu sei que estás me ouvindo, então pare de lutar pela vida, teus filho e netos estão bem encaminhados na vida, chega de lutar.
Neste instante ela veio a óbito.
A Sargento, preocupada adentrou a quarto e perguntou se eu queria orar e eu sem derramar nenhuma lágrima disse não e a meu irmão que se aproximava, mandei que preparasse os funerais sem delongas e saí do quarto.
Apesar de amar muito meus pais, sabia que orações e lágrimas não fariam diferenças, pois o momento havia chegado.
Assim sempre encarei a morte, os velhos vão à frente abrindo o caminho para os novos que um dia serão velhos também. Porém doí-me muito quando o contrário acontece.
Meu amado filho do coração, que a tranquilidade esteja sempre contigo e que a dureza de perdas sejam sabiamente assimiladas.
Um grande e fraternal abraço e um ótimo final de semana.
Meu bom amigo Pedro,
ExcluirTuas palavras de tão afetivas, me custaram lágrimas também.
Sentir na alma a dor das nossas perdas é literalmente um “campo de batalha”, de algo que tenho por perto todos os dias, seja nos objetos pessoais, nos aromas, em fotos... Em suma, nas boas lembranças do amor que ainda existe.
Mas, não me vejo perdido, tenho minhas fé em Deus (no entanto, respeito o amigo por não professar nenhuma fé).
Minha fé me equilibra. Mas, é isso, me equilibra, não me serve de muletas. Continuo de cabeça erguida, tentando encontrar paz, sem fórmulas milagrosas e receitas médicas.
Trago sempre comigo meu bom humor, meus sorrisos, meus serviços sociais (que muito me ajudam), pois, “estender nossas mãos” aos semelhantes mais necessitados, nos lava a alma.
A vida não é uma linha reta... Aliás, ela é torta, enganosa e os que vivem alienados, só “disfarçam”, sobrevivem e não vivem.
Lamento tudo, que o amigo passou... Lamento tudo que eu passei... Aqueles foram dias de “trevas” em minha vida, qual acredito também, terem sido os teus dias de “trevas”, com o teu filho em um leito hospitalar, entre a vida e a morte.
Igual ao amigo, já perdi os meus pais... Mais faltas das pessoas amadas, para um homem de 1,92 sentir, em um corpo que se apequena diante de suas saudades!
Tuas palavras ditas aqui, são de muito carinho... Carinho de pai (assim pude sentir). Obrigado!
Não sou orgulhoso com nada nesta vida, não sou de bater o pé no chão e determinar regras, até porque, na vida: “Só sei que nada sei!” — esta célebre frase, atribuída ao filósofo grego “Sócrates”, denota um reconhecimento da nossa própria ignorância, diante dos fatos da vida.
Algumas pessoas dizem que vão fazer aquilo que manda os seus corações, mas, a maioria delas hoje em dia, guardam um tijolo dentro do peito.
Depois dos tropeços, de cair, eu gritei dentro de mim muitas vezes, sem ter com quem compartilhar as dores das minhas perdas. Mas, como foi citado em teu comentário: (fica complicado falar algo, não estando na pele daquele que teve sua perda). Bem isso, pois, mesmo que todos passemos por perdas, cada qual sentirá sua dor, de maneira diferente.
Finalizo aqui, grato por tuas palavras repletas de emoção!
Retribuo o teu grande abraço e o desejo de ótimo final de semana para ti (aí no Sul do Brasil, em família), ao lado da bela e pequena Milena!!!
Não sei quanto tempo faz de sua viuvez Douglas. Mas sei que perder alguém tão próximo é difícil. Nada é igual,começa uma fase de readaptação na vida.
ResponderExcluirSeu texto foi escrito com algumas observações que ninguém imagina,até ficar na mesma condição. Um exemplo,o estado civil. Realmente não existe o de viúvo.
Momento do qual não tenho a menor noção do que é viver isso.
Mas,perdi minha mãe e sei que a morte em momento algum nos separou. Ela está mais presente que nunca.
Xeru com muitos cafunés (sem distanciamento 😉)
Minha querida Valdelice,
ExcluirCom certeza, a parte mais triste de uma viuvez, é quando se coloca a chave na fechadura do apartamento, abre-se a porta e encontra-se todos os dias, só um lugar para morar, no quê anteriormente (ao lado da pessoa amada), era um lar.
O tempo, como tudo na vida é efêmero. E tempo nenhum apagará a saudade e o amor que ainda sentimos por quem perdemos. A esperança que todos nutrimos, é que a morte seja só um epílogo... E que um dia, possamos rever nossas pessoas amadas, mas, isso são só projeções, pois, minha crença, não se embasa no “espiritismo kardecista”.
Assim, sigo com minhas saudades e com todas as incertezas do que a morte representa, pois, viver hoje em dia, já se tornou uma “roleta-russa”, diante dessa loucura de vírus que colocou o Mundo todo de joelhos.
“Beijos, Xerus e cafunés!” para ti! E cuide-se!!!
É Douglas, seu relato é bem consciente de tudo o que uma viuvez traz consigo. Mais uma vez, sinto muito por sua perda tão prematura.
ResponderExcluirA dor da ausência, da morte dos planos e sonhos, isso torna tudo ainda mais difícil por certo.
A gente nunca entende o porque das coisas e espero que você siga se refazendo, que você consiga seguir vivendo, do melhor modo possível, inclusive em honra da mulher que você tanto amou e tenho certeza que isso seria o que ela iria querer. Viva bem, busque a felicidade nas pequenas coisas, fazendo o que te faz bem ao coração, faça o bem aqui, seu tempo por aqui, ainda há de ser longo.
Um abraço
Valéria
Querida Valéria,
ExcluirPerder a companheira certa, aquela pessoa para toda a vida, não é fácil.
Ao me ver viúvo na casa dos quarenta e poucos anos (mesmo sem ter filhos), foi e ainda é uma tarefa hercúlea. Foram feitos tantos planos, que não ficaram suspensos por falta de tempo ou de dinheiro, nada se concretizou, pois, na realidade não existem tópicos de autoajuda, ou uma fórmula milagrosa que nos faça perceber como é ficar viúvo, pouco tempo depois de se começar uma vida a dois.
Recomeços são possíveis, embora não sejam previsíveis. E a saudade faz parte da vida, mesmo que o entendimento da dor nunca tenha probabilidade de ocorrer, seja em que espaço de tempo cumpramos o nosso luto.
Sou grato por tuas palavras e por nossa hodierna amizade (que mesmo sendo virtual), cumpre um bonito significado com toda certeza, pois, como se diz: “Deus escreve certo por linhas tortas!”
Retribuo o abraço e deixo um carinhoso beijo!!!