Eu sempre que releio algumas frases antológicas de “Nelson Falcão Rodrigues” (23 de agosto de 1912 - 21 de dezembro de 1980), que se autointitulava, sendo um “cronista de costumes”, eu acho graça: “Nem todas às mulheres gostam de apanhar, só as normais!” - “Dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro!” - “Invejo a burrice, porque ela é eterna!” - “Toda unanimidade é burra!” - “Deus está nas coincidências!” - etc...
Mas, como o meu texto hoje, tem a ver com “SORTE e AZAR”, então, aqui registro uma frase adaptada de “Nelson Rodrigues”, sobre este tema: “Sem sorte não se come nem um ‘Chicabon’, pois, podemos engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha de picolé e morrer!”
Hoje não é sexta-feira 13 e sim, domingo 14, mas, e daí, o quê isso tem a ver? Tem a ver, que particularmente, eu não acredito em “SORTE e AZAR”, tudo isso são superstições sem nexo. Por exemplo: se uma pessoa tem um problema que necessite da sua presença constante (em clínicas e hospitais) e numa dessas idas ao “nosocômio”, sofre um enfarto, isso pode ser considerado “SORTE ou AZAR?” — Uns vão dizer que é “SORTE”, pois, ele já estava no hospital e pôde ser atendido prontamente (o que colaborou muito a não piorar o problema cardíaco). Outros vão dizer que é “AZAR”, pois, agora além da doença crônica, o sujeito terá também que cuidar do coração. O fato é que se não fosse doente e não estivesse no hospital, o sujeito não teria sobrevivido ao enfarto (que em casa, seria fulminante). Assim sendo, isso é considerado “SORTE”, mas, no meu modo de entender as coisas, “SORTE” mesmo, o sujeito teria, se fosse totalmente saudável e não doente crônico ou coronário. Ou seja, “SORTE e AZAR” não existem mesmo, pois, na vida, tudo são estados variantes, ou seja, ninguém está 100% bem ou mal, certo ou errado.
Baseado na “SORTE”, tem gente que acha que vai encontrar na Web, o amor da sua vida (em “Sites de Relacionamentos”), até pode acontecer, mas, acreditar nisso é correr sozinho e chegar em segundo lugar na maratona, ou na vitória do jogador contra os “dados viciados”, em um dos muitos Cassinos de “Las Vegas - EUA”. É supor que um trevo-de-quatro-folhas atraem “SORTE”. Mas, de contrapartida, é acreditar que os gatos pretos são “AZARENTOS”. Aí, estas mesmas pessoas dirão, que as patas dos coelhos dão “SORTE”, que às sextas-feiras 13, são dias de “AZAR”. Algumas pessoas dizem ter certeza que as ferraduras atraem “SORTE”, mas, temem quebrar um espelho, pois, isso trará 7 anos de “AZAR”.
Aí, o ano termina e é só pular 7 ondas no “Réveillon” que a “SORTE” reinará nos novos 365 dias do novo ano que se inicia. Mas, no “Ano Novo” não existirão algumas “azarentas sextas-feiras 13?” — Sim, estes dias existirão, porém, nestas horas, é só cruzar os dedos e fazer o “AZAR” desviar do teu caminho (caminho que para a sorte reinar, não deve ter nenhum gato preto). Mas, se algum “bichano black” cruzar na tua frente... “Esconjuro, pé de pato, mangalô, três vezes!”
Porém, algumas pessoas vão sempre viver enfiados em “Sites de Relacionamentos”, pois, esperam encontrar “sua metade da maçã” de qualquer jeito. Mas, não seria melhor tentar encontrar uma “maçã inteira?” — vivem também, procurando o danado do trevo de quatro-folhas e assim, perdem mil oportunidades de conquistar algo realmente produtivo, para suas vidas vazias. Este tipo de gente, é que coloca a culpa do “AZAR” nos pobres dos gatos pretos e creditam o sortilégio, nas patas dos coelhos. Mas, se isso fosse verdade, os coelhos não perderiam suas patas, para virar amuletos. E tem mais, às sextas-feiras 13 só atraem “AZAR”, se tu ganhar um prêmio milionário em uma “loteria” e, este for o último dia do Mundo. Mas, se for o derradeiro dia de todos nós na face da Terra, para que servirá ganhar tanto dinheiro? Sobre ferraduras, já diz a sabedoria popular: “Se ferradura trouxesse sorte, burro não puxaria carroça!”
E para ter “AZAR” nos longos sete anos (ao quebrar um espelho), só se alguém se cortar gravemente, nos estilhaços. Mesmo assim, a ferida não levará tanto tempo para cicatrizar, pois, isso é um acidente e não um “AZAR”. Ou seja, caso esteja tudo bem contigo, pegue uma vassoura (mesmo que seja a vassoura da bruxa) e varra os cacos na pazinha, depois jogue tudo no lixo (devidamente embalado, para não ferir o gari) e vida que segue, pois, o sete pode ser um “número cabalístico”¹, mas, não pode ser razão de “SORTE ou AZAR” para ninguém, porque, afinal de contas, são sete também os pecados capitais: “Vaidade (orgulho); Avareza (ganância); Ira; Preguiça; Luxúria; Inveja e Gula”.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Kabbalah” (ou “Cabala”), tem origem judaica. No judaísmo a concepção oriental do número 7 se manifesta por meio do candelabro de sete braços, conhecido como “Menorah”. Na sociedade o 7 é muito utilizado... E como exemplo eu cito: os 7 dias da semana; os 7 “chakras” metafísicos; os 7 mares; os 7 sacramentos: “Batismo, Confirmação do Batismo (Crisma), Eucaristia, Sacerdócio, Penitência, Extrema-unção e Matrimônio”; as 7 notas musicais: “Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si”; as 7 cores do arco-íris; etc... O 7 (segundo os místicos), é o número da perfeição e integra os dois mundos e (para os adeptos da numerologia), é considerado o símbolo da totalidade do Universo em transformação.
¹ “Kabbalah” (ou “Cabala”), tem origem judaica. No judaísmo a concepção oriental do número 7 se manifesta por meio do candelabro de sete braços, conhecido como “Menorah”. Na sociedade o 7 é muito utilizado... E como exemplo eu cito: os 7 dias da semana; os 7 “chakras” metafísicos; os 7 mares; os 7 sacramentos: “Batismo, Confirmação do Batismo (Crisma), Eucaristia, Sacerdócio, Penitência, Extrema-unção e Matrimônio”; as 7 notas musicais: “Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si”; as 7 cores do arco-íris; etc... O 7 (segundo os místicos), é o número da perfeição e integra os dois mundos e (para os adeptos da numerologia), é considerado o símbolo da totalidade do Universo em transformação.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).