Por ser filho de pais mineiros eu posso falar com propriedade sobre este assunto. Sim, mineiros são mesmo seres privilegiados por natureza, pois, os “ETS” tinham o Mundo inteiro para visitar, porém, escolheram a dedo, a cidade interiorana do “Sul de Minas - Varginha”, porque, lá chupariam umas cabras e comeriam pão de queijo à vontade.
Aliás, segundo revelam recentes pesquisas da “NASA” (“National Aeronautics and Space Administration”), em breve será inaugurada uma “Casa do Pão de Queijo em Marte”. Como dizem os mineiros: “Vamos parar de prosa fiada”. Assim sendo, Vou direto ao que interessa. O assunto hoje no ®DOUG BLOG, terá a ver também com a Maçonaria. Mas, o que tem os mineiros com relação aos “Maçons?” Bem, vou dar a opinião que escutei (anos atrás), do meu sábio e saudoso pai “Walter”, pois, ele foi um mineiro que se orgulhava em ser das “Gerais”.
A explicação do meu pai, dá conta que “U.A.I.”, iniciais de (“União, Amor e Independência”), lema “Maçom”, era um código desta irmandade. Assim, com a maior parte dos soldados da “Inconfidência Mineira” sendo integrantes de “Lojas Maçônicas”, eles criaram um código secreto, para tentar burlar a vigilância dos soldados portugueses, encontrando desta maneira, um jeito de se proteger de uma possível prisão. Então, para que a porta dos locais marcados para os encontros secretos da maçonaria fosse aberta, eram dadas três batidas específicas (batidas tradicionais dos “Maçons”) e quem estava na parte de dentro do recinto perguntava: “Quem vem lá?” A resposta (código), de quem estava do lado de fora era: “U.A.I.” (falada de maneira pausada e sussurrada, letra após letra) e assim, como num passe de mágica, a porta se abria, para que o “irmão Maçom” pudesse adentrar ao recinto.
Este código foi criado, pois, a coroa portuguesa não gostava dos “Maçons”, mesmo que “Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon”... (UAI, pensei que este nome não acabasse mais!!!)... Ou simplesmente, “D. Pedro I”¹ (12 de outubro de 1798 - 24 de setembro de 1834), tenha sido inclusive o criador do hino da maçonaria.
Existe uma outra versão mais popular de como “UAI” entrou no vocabulário do “minereis” (que já foi tema de uma postagem aqui no ®DOUG BLOG. Segundo esta versão, devido a instalação da multinacional inglesa: “Imperial Brazilian Mining Association” (primeira empresa de capital estrangeiro a se instalar em “Minas Gerais”) e que de partida, adquiriu a “Mina de Ouro de Congo Soco”², que foi explorada entre (1824 até 1856). Durante este período, esta localidade se transformou numa autêntica colônia inglesa. Aí, a expressão “UAI” pode ser atribuída ao convívio com os ingleses, que residiram em “Minas Gerais” neste período, que comungou com a utilização por parte dos mineiros da interjeição “Uai”, qual possui semelhante fonética e semântica com o vocábulo “Why” (utilizado na língua inglesa), com o mesmo sentido do nosso “por quê?” - e como os ingleses não entendiam o que os mineiros falavam e muito menos, os mineiros entendiam patavina do que os ingleses diziam, algumas expressões passaram a ser ditas com frequência pelos mineiros, na tentativa de se comunicar com os ingleses, como, por exemplo, “Where” (“Uér”), “Why” (“Uai”) e “So” (“Sô”). Era o que entendiam e conseguiam falar, daí se popularizou também o “Uai Sô?”...“Why So?” (“Por que Assim?”).
Com a saída da fábrica inglesa do “Brasil”, a maior parte dos ingleses também foi embora, mas, deixaram por aqui, parte de seu vocabulário e da sua cultura.
Não existem comprovações oficiais sobre a origem do “UAI”. A herança que ficou, são opiniões iguais a do meu pai, estudos, “Teses” defendidas por professores e pesquisadores. Até o ex-presidente “Juscelino Kubitschek de Oliveira” (12 de setembro de 1902 - 22 de agosto de 1976), que nasceu em “Diamantina”, se empenhou em mandar estudar a origem desta expressão.
Um mineiro quando diz: “trem, bão dimais dá conta”, “Sô” e “Émezzzz”, por exemplo, está utilizando palavras que se tornaram dialetos da cultura de “Minas Gerais”. Mas, o “UAI”, é uma palavra multiuso, pois, ela significa interrogação; hesitação; admiração; medo (susto/terror); impaciência; etc...
Alguns mineiros acreditam que o “G” do nome do físico, matemático, astrônomo e filósofo florentino, “Galileu Galilei” (15 de fevereiro de 1564 - 8 de janeiro de 1642), tem a ver com “Gerais” de “Minas Gerais”... “Uai sô... Serámezzzz?” Outros dizem que os dois “gês” do nome de “Galileu Galilei”, dão origem ao símbolo da maçonaria (na letra “G” que aparece entre o compasso e o esquadro). Este sim, é um fato comprovado, “né, UAI!!!”
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ Sua Alteza “Dom Pedro de Alcântara”, Príncipe Regente do “Brasil”, foi iniciado conforme prescrevia a liturgia maçônica, prestando juramento e adotando o nome de “Guatimozín” (referente ao último imperador asteca “Cuauhtémoc”). Assim sendo, em (4 de outubro de 1822), “Dom Pedro I” foi aclamado “Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil”.
² “Congo Soco” - município de “Barão de Cocais”, a 76 quilômetros de “Belo Horizonte”, era propriedade de “João Baptista Ferreira de Souza Coutinho”, conhecido por: “Barão de Catas Altas” (18 de outubro de 1775 - 31 de maio de 1839). “Barão de Catas Altas” foi um título criado pelo imperador “D. Pedro I”, por decreto, na data do quinquagésimo quarto aniversario do amigo (18 de outubro de 1829), a quem o imperador chamava intimamente de: “Coutinho”.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).