O que sabemos de verdade sobre o amor? O amor é simples, ou seria um sentimento complexo? Podemos afirmar que o amor é aquele que um dia nos faz sorrir, no outro nos faz chorar? O que sabemos de verdade sobre o amor? Sabemos que o amor, enquanto amor, nos emociona e também nos apresenta um aperto insuportável no coração.
O amor não é brincadeira de criança, não se propõe ao tédio e aos bocejos, mesmo assim, existe gente que faz de conta que ama, que brinca de esconde-esconde com o parceiro/parceira, onde a curiosidade passa a valer mais que o sentimento.
O grande erro no ato de amar, é alguém passar mais tempo interessado em saber se outro alguém está em contato com quem amamos, seja no dia a dia, sejam nas “Redes Sociais”, pois, quem desconfia não ama e sim, alimenta incertezas. O ato de sempre estar bisbilhotando detalhes do outro é deselegante e desleal, quem faz isso, se esquece que a outra parte possui sentimentos e, que uma desconfiança infundada (por ciúmes tolos), pode levar o outro a sair das nossas vidas para sempre e sem motivo algum, além das tuas desconfianças.
Verifique que as intrigas começam, exatamente quando você diz amar alguém. O amor baseado em ciúmes, faz tudo se transformar em um verdadeiro inferno sem fim, na relação de um casal. Você cisma que o outro está cochichando, falando com alguém, que trapaceia na relação, dando uma “bola nas tuas costas”, fazendo “embaixadinhas” com o teu coração. Desta maneira, o entusiasmo do princípio da relação desaparece da tua vida e da tua cama. A felicidade, se transforma em estatísticas, pois, o descontentamento convenceu você que quem se ama, não presta. A dúvida lhe corrói, lhe deixa apático, sem vida, como se um vampiro lhe sugasse todo o sangue do corpo.
Com o tempo, vocês já não conversam mais, já não vão mais ao cinema, já não ficam sentados juntos no sofá da sala, assistindo TV. Hoje está tudo em “um tom só de cinza”, cada um no seu canto, a jogar o jogo do “eu sozinho e meu celular”. Agora, já não existe mais carinho (e sim, “carinhas” felizes e tristes, dos aplicativos da Web).
O estopim, o gatilho de novas desavenças entre o casal é a arrogância, o desdém. porque, arrogância não combina com bons sentimentos e o desdém com respeitar o outro. Assim, o que antes eram qualidades, hoje sequer são notadas. Não existe mais o medo do fim da relação, até porque, já nem existe mais relação. Mas, ninguém sai de casa, é preferível não se arriscar: “Ah, vamos deixando tudo como está!”... - Como é de costume, perdemos a oportunidade de viver uma relação que poderia trazer felicidade para nossas vidas, “cheias de dias vazios”... Mas, preferimos continuar a “empurrar a vida com a barriga”, nos valendo da fartura de intolerância, comodismo e rotina.
Quando se está bem, quando se está feliz consigo mesmo e com o outro, a primeira coisa que se esconde dos nossos dias é a preguiça. Como dizem por aí: “Não deixemos a peteca cair”. Temos de estar sempre correndo atrás “desta tal felicidade”, atrás da “metade da maçã”, que transformará os nossos dias. Mas, relações não são feitas de metades, este já é um dos grandes erros dos casais, esperar que o outro lhe complete, quando nem você mesmo muitas vezes se tolera.
O que sabemos de verdade sobre o amor? Sabemos pouco, quase nada... Nos relacionamos com o básico do amor, mesmo sendo o amor um sentimento primitivo.
A Sensualidade tem de estar presente também no amor, se esta não existir, o Sol deixará de fazer o dia bonito. Assim sendo, curta o corpo e a alma de quem você ama, faça “jogos secretos” (faça planos de vida), para saborear o que lhe é oferecido, mesmo que seja em conta-gotas, porque, o minuto passado agora não volta mais atrás.
Não deixe o egoísmo fazer habitat em sua vida... Encontre um lugar perfeito onde não caiba mais ninguém além do casal, pois, depois de tantas brigas, de tantas intrigas e discussões (que ninguém lembra mais como começou), existirá uma chance de recomeço... Agarre-se a ela.
Assim sendo, esta crônica... Este encontro do amor e do desamor chegou ao fim. O que não acaba, é a tristeza que vez por outra, toma o casal pelos braços e segue com eles até o altar... Até a beira do abismo. Mas, antes do SIM... Antes do pulo fatal no precipício do que um dia o que foi amor e se transformou na “metamorfose das desavenças”, em olhos fundos por por “olheiras do desamor” das noites solitárias e insones... Antes do “epílogo” sem volta, todo casal nutre sempre uma esperança, pois, de certa maneira, esta é realmente a última que morre, até porque, qual casal nunca sonhou com um amor perfeito? - mesmo que conscientemente, todos saibam que perfeição não existe em coisa alguma.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” + “Arlene” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945). * Arte inicial animada da postagem ®DOUG BLOG.