Vivemos tempos de retrocesso, pois, quando a censura começou no “Brasil”, lá nos tempos do império, se efetivando fortemente com o golpe militar de (1° de abril de 1964), tendo sido mais ou menos findando em (15 de março de 1985), pois, a censura ainda hoje existe camuflada, porque, ainda experimentamos uma grande quantidade de retaliações não oficiais, oriundas do tal do “Politicamente Correto”, este termo irritante, que é usado para descrever a má utilização da linguagem ou ações que são taxadas como excludentes, que marginalizam ou insultam grupos de pessoas (“minorias”), que sofrem ofensas e discriminações, especialmente grupos definidos por sexo, raça, classe social, esteriótipo, de ideologia religiosa, além dos “haters”¹ que se digladiam na Web, como se estivesse no “Coliseu romano”.
Mas, o “Politicamente Correto” é muito chato. Estão errados aqueles que se baseiam nisso para justificar os seus atos, pois, quem faz isso, tropeça em seus próprios erros, porque, quem consegue ser assim o tempo todo? Acho que ninguém consegue ser “Politicamente Correto”, sem cometer um deslize sequer na vida, pois, somos seres humanos sempre passíveis aos erros.
Hoje não se pode chamar um negro de “negão”... Um homossexual de “gay”, ou seja, à “Preta Maria Gadelha Gil Moreira de Godoy”, popularmente conhecida por: “Preta Gil” (8 de agosto de 1974), filha do “Gilberto Passos Gil Moreira” (26 de junho de 1942), não existe, pois, ela é negra e bissexual. Então, os “Politicamente Corretos” (que levam tudo ao pé da letra), vão querer chamar à “Preta Gil” de: “Afrodescendente Gil LGBTQAI+”²... Oremos!!!
Quando se perde o decoro em brigas, aí, o caldo entorna de vez, pois, agora não se pode mais mandar ninguém para a “pqp”, os “Politicamente Corretos” irão querer substituir o xingamento para: “Prostituta que o pariu!” - pois assim, tudo ficará em um “melhor tom”... Oremos outra vez!!!
Muitas das anedotas do passado, com certeza não foram contadas para ofender ninguém, mas, no Mundo contemporâneo, elas não caberiam, pois, hoje não se pode mais falar nada, que tudo já é encarado como ofensa pessoal. A maior parte das pessoas estão cheias de “não-me-toques” (como se dizia nos tempos da vovó), ou cheias de “mimimi” (como se diz hoje em dia na Web).
O programa: “Os Trapalhões”³, dos “palhaços da TV - Didi - Dedê - Mussum e Zacarias”, não existiria de maneira nenhuma nos dias atuais, muito menos as músicas escrachadas dos “Mamonas Assassinas”⁴, que tinha um integrante “japa” na turma: “Bento Hinoto”. Mas, será que chamar alguém de “japa” também é “Bullying?”
Hoje, outros Programas de TV, como: “TV Pirata” (5 de abril de 1988 - 8 de dezembro de 1992) e “Casseta e Planeta” (28 de abril de 1992 - 26 de novembro de 2010), por exemplo, seriam igualmente inviáveis de serem exibidos, além de totalmente recriminados por vários ativistas sociais e seus conceitos (preconcebidos), deste insuportável “Politicamente correto”.
Assim sendo, o que fica evidenciado, é que os partidários ferrenhos do “Politicamente Correto”, não podem sequer assistir aos desenho animados do “Tom e Jerry”, pois, para eles, é uma animação muito violenta.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Harters”, são odiadores, termo usado na internet para classificar pessoas que postam comentários de ódio ou crítica sem nenhum critério.
² “LGBTQIA+”, é uma sigla que representa: Lésbicas; Gays; Bissexuais; Transexuais e/ou Travestis; Queer (minorias sexuais e de gênero); Intersexos; Assexuais; +.
³ “Os Trapalhões”, foi um programa humorístico que ficou no ar, dos anos (1966 - 1995), protagonizado por: “Antônio Renato Aragão - Didi” (13 de janeiro de 1935); “Manfried Sant'Anna - Dedê” (29 de abril de 1936); “Antônio Carlos Bernardes Gomes - Mussum” (7 de abril de 1941 - 29 de julho de 1994) e “Mauro Faccio Gonçalves - Zacarias” (18 de janeiro de 1934 - 18 de março de 1990).
⁴ “Mamonas Assassinas”, foi um grupo satírico brasileiro, que teve sucesso meteórico de (outubro de 1995 - 2 março de 1996), tendo um fim trágico em um acidente aéreo fatal, sobre a “Serra da Cantareira”, o que ocasionou a morte dos seus 5 componentes: “Alecsander Alves - Dinho” (5 de março de 1971 - 2 de março de 1996); “Júlio César Barbosa - Júlio Rasec” (4 de janeiro de 1968 - 2 de março de 1996); “Sérgio Reis de Oliveira -Sérgio Reoli” (30 de setembro de 1969 - 2 de março de 1996); “Samuel Reis de Oliveira - Samuel Reoli” (11 de março de 1973 - 2 de março de 1996) e “Bento Alberto Hinoto - Bento Hinoto” (7 de agosto de 1970 - 2 de março de 1996).
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Tom & Jerry” (1940), personagens de: “Hanna-Barbera Productions, Inc.”.
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).
“Robocop Gay” (1995) — “Mamonas Assassinas”
♫Um tanto quanto másculo
Ai, com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Minha pistola é de plástico
Em formato cilíndrico
Sempre me chamam de cínico
Mas o porquê eu não sei?
O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido ao ato cirúrgico
Hoje eu me transformei
O meu andar é erótico
Com movimentos atômicos
Sou uma amante robótico
Com direito a replay.
Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico
(Doce, doce amor)
Com mil pedaços biônicos
(Doce, doce amor)
Ontem eu era católico
(Doce, doce amor)
Ai, hoje eu sou um gay.
Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala oxente
E come vatapá
Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Muhamed
Tentando camuflar
(Allah meu bom Allah)
Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar.
Faça uma plástica
Ai, entre na ginástica
Boneca cibernética
Um Robocop Gay
Um Robocop Gay
Um Robocop Gay
Ai eu sei, eu sei
Um Robocop Gay...
Ai como dói.♫
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♪“Robocop Gay” (1995), é uma canção do grupo satírico brasileiro: “Mamonas Assassinas” . Compositores: “Alecsander Alves - Dinho” (5 de março de 1971 - 2 de março de 1996) e Júlio César Barbosa - Júlio Rasec” (4 de janeiro de 1968 - 2 de março de 1996).