“Amor é Prosa; Sexo é Poesia”

Bem, meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, existem pessoas que gostam de se autoafirmar no amor, como se o amor fosse algo tangível, um objeto que pode ser carregado no bolso ou na bolsa, como se fosse uma caneta ou um “Smartphone”.

Nós associamos amor com namoro, paixão, casamento e sexo. Em princípio, é bom que as pessoas se casem com base no amor, mas, isso não é uma regra; as pessoas se casam por muitas razões diferentes.

É fácil identificar uma mulher quando ela está em um casamento ruim, basta perguntar a ela como está seu relacionamento íntimo e pessoal. Se a resposta vier em um superlativo (muito bem, ou maravilhosamente bem), por exemplo, você pode ter certeza de que o casamento e/ou relacionamento está prestes a acabar.

Tem um aforismo meu que diz:

“Quem quiser o meu amor precisará me deixar ver mais do que é visível aos olhos!”

Fala-se muito em amor e pouco se ama. E acho também, que os poetas estão fatigados de tanto escrever sobre amor e desamor, assim, eles/elas (poetas), deveriam descansar suas canetas neste assunto.

O amor requer a presença da generosidade e ser generoso é não dar nada esperando algo em troca. A generosidade deve ser algo que não possa ser escondido, porque, há muitas pessoas que precisam dela (e algumas até dependem muito de nossa ajuda). Ou seja, o que nos mata não são as “flechas envenenadas do Cupido”¹, o que nos mata é a sensação de vazio que nos paralisa diante do que deveríamos ter feito e não fizemos, devido à chegada da falta de amor, que está relacionada ao desprezo e à indiferença.

A tristeza busca espaço onde a vida dá brechas. E no amor, na vida dos casais, a tristeza vai além, vasculha as “gavetas mais íntimas” um do outro. Neste momento, não se ouvem mais gemidos no quarto, agora, só se ouvem os gritos de brigas sem fim e sem “felizes para sempre”. Assim, o que antes era amor e respeito, transformou-se na “metamorfose dos desentendimentos” e, olhos trespassados pelos “espinhos do desgosto” não leem mais poesia.

Agora, se o sexo for mesmo pecado, então, estamos todos cheios de razão, pois, não são os mesmos que dizem ser à cópula pecaminosa, aqueles que afirmam ser todos os seres humanos pecadores?

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¹ “Cupido” é o deus do amor na mitologia romana e é equivalente ao deus grego “Eros” na mitologia grega. Representado por um jovem alado, com arco e flechas, o “Cupido” é muitas vezes considerado benéfico, pois, traz felicidade aos casais. No entanto, em alguns textos, ele é retratado como insensível e descuidado.

 

    “Amor & Sexo — Rita Lee” 

♫Amor é um livro; Sexo é esporte

Sexo é escolha; Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema

Amor é novela; Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia

Amor é prosa; Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos

Sexo é uma selva de epiléticos.

Amor é cristão; Sexo é pagão

Amor é latifúndio; Sexo é invasão

Amor é divino; Sexo é animal

Amor é bossa nova; Sexo é carnaval

(Ou, ou, Uuuu...)

Amor é para sempre; Sexo também

Sexo é do bom; Amor é do bem

Amor sem sexo é amizade

Sexo sem amor é vontade.

Amor é um; Sexo é dois

Sexo antes (será?); Amor depois

Sexo vem dos outros e vai embora

Amor vem de nós e demora.

Amor é cristão; Sexo é pagão

Amor é latifúndio; Sexo é invasão

Amor é Divino; Sexo é animal

Amor é bossa nova; Sexo é carnaval

(Ou, ou, Uuuu...)

Amor é isso; Sexo é aquilo

E coisa e tal... E tal e coisa (Uhu, huuu)

Ah o amor... Ummm, o sexo!

(Muchas gracias!)♫

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* “Amor é Prosa; Sexo é Poesia” (2004), é um poema do cineasta e jornalista “Arnaldo Jabor” (12 de dezembro de 1940 - 15 de fevereiro de 2022), musicada pela cantora e compositora “Rita Lee Jones Carvalho” (31 de dezembro de 1947 - 8 de maio de 2023).