Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, hoje trago aqui um conto adaptado por este contador de historias irremediável, que colhe os frutos da sabedoria milenar oriental, quais relatam sempre uma “moral da história” para nós seres humanos.
Aqui neste conto, trago a inevitável cadeia alimentar/cadeia trófica dos animais irracionais.
O passarinho estava no meio de um pasto, ferido e com frio e tentado se proteger, parou atrás da felpuda ponta do rabo de uma vaca. Para o azar do passarinho, a vaca soltou uma grande quantidade de esterco em cima dele, mas, ao menos agora ele estava aquecido. Porém, não suportando o cheiro, o passarinho começou a piar, tentando sair do meio da grande quantidade de esterco (ainda quente). Nisso, um enorme gato escutando os insistentes piados, surge na frente do passarinho e, com uma de suas patas, retira a pequena ave do esterco. Estando presa nas garras afiadas do felino, o passarinho se viu sendo sacudida de lá para cá, ficando limpinho. Porém, ter saído do meio do fétido esterco da vaca, de pouco adiantou, pois, o gato engoliu o pássaro numa só abocanhada.
Moral da história: Quando você estiver doente (ferido), sentindo frio (solidão), de nada adianta piar (falar), chamando por socorro, pois, raramente quem aparecer, virá para lhe ajudar.
Vivemos para aprender, para evoluir e para ver as coisas dando certo no final. Mas, se este “dar certo” depender da presença de outras pessoas em nossa vida, o viver pode se tornar complexo, pois, ninguém irá ficar conosco para sempre e vice-versa. Assim sendo, precisamos urgentemente parar somente de sobreviver, pois, sobreviver é passar despercebido pela vida. Viver é gostar de existir, é se destacar mesmo estando em silêncio, é fazer acontecer, viver é fazer por merecer... E merecimento não necessita da influência dos outros, pois, se não conseguirmos viver primeiro para nós mesmos (e isto não é egoísmo), é realmente necessário, nunca nos sociabilizarmos de verdade, pois se viver em sociedade significa nos tornarmos em “apêndices sociais”, aí sim, veremos literalmente “a vaca ir para o brejo”... E se bobear, poderá ir até voando, igual a um passarinho.
♫Ei, pintassilgo
Oi, pintarroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol sem fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
(Utiariti)
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí.
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô, pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
(Vai, juriti)
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí.♫
°°°
* “Passaredo” (1976), compositores: Francisco Buarque de Hollanda - Chico Buarque (19 de junho de 1944) e Francis Victor Walter Hime (31 de agosto de 1939).
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