Em pleno ano pandêmico de (2022), onde ainda estarmos travando uma dura batalha contra à “Covid-19”, este vírus maligno que não arreda pé dos nossos distópicos dias, nem à base de maçã envenenada da “bruxa má da Branca de Neve”, transformando o Mundo numa verdadeira fábula, hoje trago aqui no ®DOUG BLOG uma crônica médica.
Eu conheço um médico obstetra. Tá, e daí? - muitas pessoas também conhecem médicos obstetras (principalmente as mulheres grávidas), qual é a novidade? O fato, é que este médico qual relato aqui, vamos dizer assim, é especial, pois, ele nasceu com “Nanismo”, que é um transtorno, qual se caracteriza por uma deficiência no crescimento, resultando uma pessoa com baixa estatura, se comparada com a média da população de mesma idade, porém, que não impossibilita o “anão” de exercer uma vida praticamente normal em sociedade.
Este médico, inclusive se casou e tem dois filhos (hoje maiores que ele) e sua mulher, também tem altura considerada normal aos padrões sociais.
No dia que este “doutorzinho” foi conhecer os seus sogros, foi um verdadeiro “Deus nos acuda”. A moça marcou um jantar em um restaurante e chegando lá, a primeira gafe dos pais da moça, já aconteceu quando o pai dela perguntou:
💬 Minha filha, o seu pretendente não veio?
💬 Papai, ele está aqui do meu lado!
O pai olha para baixo e pela cara que fez, algo bom não pensou, porém, nada falou (só quase enfartou). Já a mãe da moça, olhou bem também para o anão e depois, para o marido e disse:
💬 William, ela é nossa única filha e, eu sempre sonhei com um casamento de princesa para ela, mas, dentre tantas princesas, ser a Branca de Neve, isso chega a ser irônico, para não dizer outra coisa.
No final das contas, o “doutorzinho” acabou nem jantando com os pais da moça (e não era para menos), mas, eles se casaram como planejado. Só não sei dizer se serão felizes para sempre? - como na fábula da “Branca de Neve e os Sete Anões”, mas, estão momentaneamente felizes.
Porém, como tudo que está ruim ainda pode piorar, dia desses, o “doutorzinho” foi fazer um parto de urgência (por ser anão, ele normalmente não participa de cirurgias), pois, para isso, requer todo um preparo e um aparato especial para nivelar sua altura junto ao leito cirúrgico. Só que, devido à “COVID”, que ainda está sobrecarregando demais até algumas maternidades, lá foi o “doutorzinho” fazer o parto. Neném nascido com saúde, o médico ao lado do leito (em cima de uma espécie de plataforma metálica), ainda todo paramentado com seu traje operatório, está nos últimos cuidados com a nova mamãe, que está meio “grogue”, voltando do efeito da anestesia, quando ela olha para o “doutorzinho” e diz:
💬 Meu Deus... Esta pandemia está cada vez pior, meu filho nasceu e já colocaram uma máscara nele.
Ainda bem que o médico (princialmente por ser anão), acaba sendo muito conhecido no hospital que trabalha, pois, numa dessas, perigava uma das enfermeiras levar para o berçário, achando que ele seria mesmo um recém nascido, com direito a troca de fralda e “talquinho no bumbum”.
Final do expediente, lá vai o “doutorzinho” para casa, cantarolando todo feliz, uma canção de: “Adriana Partimpim”¹. Pensaram que ele estaria cantado: ♫Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou, parara-tim-bum, parara-tim-bum, eu vou, eu vou...♫ - gente mais maldosa!
E não me venham os “politicamente corretos” com essa balela que esta história é “Bullying”, pois, senão, estes mesmos, terão de dizer, que o “Saci-Pererê” não é um negro, sem uma perna e que fuma um cachimbo, mas sim, que é um afrodescendente, portador de deficiência física e usuário de drogas. OREMOS!!!
°°°
[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
* Arte inicial customizada e as demais da postagem ®DOUG BLOG: “Snow White and the Seven Dwarfs - Branca de Neve e os Sete Anões”, versão de: “Walter Elias Disney” (5 de dezembro de 1901 - 15 de dezembro de 1966), lançada nos “Estados Unidos”, em: (21 de dezembro de 1937) + “Saci-Pererê”, um ser travesso do folclore brasileiro, que vive na floresta. Negro, com uma perna amputada, fuma cachimbo, e usa um gorro vermelho, que lhe concede poderes mágicos.
“Adriana Partimpim — Saiba” (Ao Vivo)
♫Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Sadam Hussein
Quem tem grana e quem não tem.
Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
E também você e eu.
Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar.
Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano.
Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Ghandi, Mike Tyson, Salomé.
Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e você...
E também eu e você...
E também eu e você.♫
°°°
♪“Saiba” (2004), é uma composição do cantor e compositor brasileiro: “Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho” (2 de setembro de 1960), aqui neste vídeo, é interpretada por: “Adriana Partimpim”, agnome infantil utilizado por “Adriana da Cunha Calcanhotto” (3 de outubro de 1965).
Bah...que história.Gostei de ler! E o doutorzinho aguenta,hein? E passados 2 anos dessa pandemia, ainda implicam com máscaras.Aqui a briga nas escolas ,das mam~es que não querem ver filhinhos com elas, contra as que querem ver o bem deles e dos demais, todos protegidos.
ResponderExcluirabração, lindo fds! chica
Minha querida amiga Chiquitita,
ExcluirO problema não é a falta de máscara na cara e sim de vergonha dos nossos governantes, que continuam (mesmo depois de tanto tempo), negando que o vírus existe e que já ceifou mais de 650 mil vidas (e segue o cortejo) e isso nenhum “doutorzinho” consegue dar jeito.
Retribuo o abração e o desejo de bom final de semana!!!
Quando o meu conterrâneo e seu amigo pessoal, 'Sargento Getúlio', João Ubaldo Ribeiro disse em uma entrevista aqui em Salvador -ainda nos anos 90-, que você meu jovem e sapiente Douglas, seria um dos melhores cronistas desse país, ele estava absolutamente correto em suas previsões, pois suas crônicas sempre de humor elevado, e que passam longe de ser bullying, são um bálsamo de sorrisos nesses dias de guerras viróticas e armipotentes. Eu sempre estarei aqui aplaudindo sua sapiência diferenciada, em um mundo de tantas pessoas ignorantes e intolerantes. Um fraterno abraço.
ResponderExcluirMeu nobre professor Ruy,
Excluir“João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro”, era e sempre será “biscoito fino”. Em julho fazem 7 anos sem este meu bom amigo. Saudades das nossas conversas sobre literatura, política, mulheres e futebol.
“Ubaldo”, assim como o senhor, sempre foram muito generosos comigo.
Filosoficamente falando, as amizades duram mais que a eternidade, pois, as amizades não são verbais, carnais, mas, muitos acreditam em uma possível espiritualidade amical.
Retribuo o abraço fraterno, o carinho das palavras e cuide-se bem, meu soteropolitano amigo!!!
Per errore ti ho cancellato,scusami.Ogni tanto scrivi qualche commento,grazie mille.Un abbraccio OLga
ResponderExcluirNessun problema, mia amica Olga, sei sempre la benvenuta qui su ®DOUG BLOG
ExcluirBuon ritorno!!! 😉
Una bella storia divertente.E' quello che ci vuole ora.Non è l'aspetto esteriore che conta,ma la testa.Olga
ResponderExcluirSì, anche con l'allentamento dell'uso delle mascherine, continuerei ad usare le mie, finché non sentirò che tutto questo virus è stato debellato... Se un giorno verrà debellato o no, ancora non lo sappiamo?
ExcluirBaci amica Olga!!!
Wow, amei bela cronica!
ResponderExcluirE eis a questão da máscara, aqui sempre faltou vergonha na cara do povo que ficam seguindo ordem de políticos.
Ora essa, quem cuida de mim sou eu mesma. Por isso me cuido e não preciso seguir ordens de quem não sabe de nada!
Essa é a realidade.
Amigo Douglas, tenha um bom fim de semana.
Um abraço.
Amiga Fatyma,
ExcluirAgora já estamos outra vez na fase da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos, porém, eu continuarei usando as minhas, até sentir que todo este vírus foi erradicado do Mundo, mesmo que os “negacionistas de plantão”, continuem afirmando que o vírus é apenas uma “gripezinha, um resfriadinho”.
Mas, que “gripezinha” demorada de passar é esta, não é mesmo “Capitão???”
Retribuo o desejo de bom fim de semana e o abraço!!!
Un relato singular este del doctorcito que nada tiene que ver la estatura con la valía de una persona.
ResponderExcluirSaludos.
Como dice la sabiduría popular, mi buen amigo Tomás, muchas veces los mejores perfumes están en frascos pequeños.
ExcluirUn abrazo y buen fin de semana.
Anão mas com grandes...atractivos :)))
ResponderExcluirBoa semana
Caro Pedro,
Excluircomo bem disse o ator “Herve Villechaize” - aquele da “Ilha da Fantasia”, lembra?
“Não sou um ator anão, sou um ator pequeno, que têm o talento infinitamente grande!”
Retribuo o desejo de boa semana, quanto estarei completando mais um ano de vida, neste nosso Mundo virótico, bélico, porém, também possuidor de belezas múltiplas!!!
Escreveu Fernando Pessoa: "eu sou do tamanho do que vejo e não, do tamanho da minha altura..."
ResponderExcluirDeixemos de ser preconceituosos com as pessoas "diferentes"...
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Minha querida amiga Graça,
Excluir“Fernando Pessoa” foi um dos mais importantes escritores do Mundo e juntamente com os “orfistas” (buscavam o diálogo com as vanguardas artísticas que eclodiram na Europa no início do Século XX, levando arte e cultura), mesmo assim, eram apontados nas ruas como loucos e insanos.
Estereótipos e preconceitos são fenômenos ignóbeis da sociedade desde sempre e, é preciso que haja uma longa jornada educacional, para retirarmos do contexto social, estas péssimas discriminações que rastejam do passado até o Mundo globalizado que vivemos (e sobrevivemos), diante da “Covid-19” que nunca finda.
Aliás, falou-se tanto em EMPATIA nesta pandemia... E o vírus está aí firme e forte, ladeado pelo “vírus” maior: “Putin-22”, o vírus da intolerância, que levou um idiota a realizar uma guerra despropositada, justo contra aqueles que ele chama de “irmãos de pátria”.
Depois, “Fernando Pessoa” é que era o louco... Pois, sim!
Retribuo o beijo e o desejo de boa semana com muita saúde!!!