Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, amanhã (12 de outubro), é “Dia de Nossa Senhora Aparecida - padroeira do Brasil” e, é também, “Dia das Crianças”.
E por falar em crianças, os nossos pequenos estão dispostos sempre a viver brincando e valorizando o lúdico, querem entrar de cabeça para baixo em suas aventuras no “País das Maravilhas”. Mas, onde será que está este "País das Maravilhas" fora da literatura?
À primeira vista, “Wonderland - Alice no País das Maravilhas”, parece uma simples história infantil repleta de criaturas fantásticas e situações absurdas. No entanto, para adultos, a obra de “Lewis Carroll”¹ revela uma riqueza de moral e reflexões profundas sobre a vida, a sociedade e a própria natureza da realidade. Longe de ser apenas um conto de fadas, é uma alegoria perspicaz que ressoa com diversas facetas da experiência adulta.
Uma das morais mais proeminentes é a aceitação do absurdo e do ilógico. O “País das Maravilhas” é um lugar onde as regras não se aplicam e a lógica é constantemente desafiada. Para adultos, isso pode ser um lembrete valioso de que nem tudo na vida precisa fazer sentido. Muitas vezes nos deixamos levar pela necessidade de racionalizar e controlar, mas, a história de “Alice” nos ensina que há beleza e até sabedoria em abraçar o caos e o inexplicável. A vida adulta frequentemente nos joga em situações que desafiam a lógica e, a capacidade de nos adaptarmos e encontrarmos significado (ou até mesmo diversão), no ilógico é uma habilidade crucial.
Outra moral importante é a crítica à rigidez e à burocracia. Os personagens do “País das Maravilhas” são frequentemente obcecados por regras arbitrárias e rituais sem sentido, como o “Chapeleiro Maluco” e a “Rainha de Copas”, com sua tirania baseada em caprichos. Isso pode ser interpretado como uma sátira à burocracia excessiva, às convenções sociais sufocantes e à autoridade arbitrária frequentemente encontradas no mundo adulto. A obra nos convida a questionar as normas estabelecidas, a não aceitar cegamente a autoridade e a buscar autenticidade em vez de nos conformarmos com estruturas sem propósito.
Há também a velocidade dos nossos dias sempre corridos nesta narrativa lúdica, onde o “Coelho Branco”, com seu relógio de bolso chamativo, revela a “Alice” que está atrasado. E aqueles que tendem a se preocupar mais com o tempo são os adultos, não as crianças.
Além disso, a jornada de “Alice” representa a busca por identidade e autodescoberta. Ao longo da história, a menina questiona constantemente quem ela é, mudando de tamanho e interagindo com personagens que a desafiam a se definir. Para os adultos, isso ressoa com a jornada contínua de autodescoberta. Em um Mundo que frequentemente nos define por nossos papéis e títulos, “Alice” nos lembra da importância de explorar nossa própria individualidade, questionar nossas crenças e abraçar as múltiplas facetas de quem somos, mesmo que isso signifique nos sentirmos “estranhos ou deslocados”.
A história enfatiza a importância da imaginação e da criatividade. O “País das Maravilhas”, em sua essência, é um produto da imaginação dentro de uma realidade adulta, que frequentemente prioriza a produtividade e a realidade tangível. “Alice” é um lembrete de que a capacidade de sonhar, de ver o Mundo de uma nova perspectiva e de pensar “fora da caixinha” é essencial para a vitalidade e a resolução de problemas. Manter viva a criança interior e a curiosidade pode abrir portas para novas experiências e soluções inesperadas.
Em suma, para os adultos, “Alice no País das Maravilhas” é um convite para abraçar o inesperado e o ilógico, questionando a autoridade e as normas e também, os convidando a embarcar em uma jornada contínua de autodescoberta, cultivando a imaginação e a curiosidade.
“Wonderland - Alice no País das Maravilhas”, é uma obra que nos incentiva a ver o Mundo com novos olhos, a abraçar a complexidade da vida e a encontrar maravilhas no cotidiano, mesmo que tudo pareça um pouco insano.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ O livro “Wonderland - Alice no País das Maravilhas” foi escrito por “Lewis Carroll” (27 de janeiro de 1832 - 14 de janeiro de 1898), pseudônimo que adotou por ter o mesmo nome do pai, o clérigo, acadêmico e escritor anglicano “Charles Lutwidge Dodgson” (25 de dezembro de 1800 - 21 de junho de 1868). “Carroll” era bastante excêntrico, cheio de peculiaridades e muito tímido, escrevendo sempre de modo particular. Um de seus escritos foi baseado na menina (então com 12 anos), “Alice Pleasance Liddell” (4 de maio de 1852 - 6 de novembro de 1934), uma das filhas de um amigo, a quem ele costumava entreter com suas histórias fantásticas quando visitava a casa deste amigo. O livro sobre “Alice” foi publicado pela primeira vez em (1865). A obra é um clássico da literatura infantil, reconhecida por seu estilo nonsense. Ou seja, narrativas com linguagem desprovida de sentido ou coerência; absurdas e contrárias ao senso comum.
Yes, the mind should be open to new things in order to enjoy Alice in Wonderland.
ResponderExcluirMy favorite character is the Mad Hatter.
Great Post!
Kisses
Hi Andreia,
ExcluirI'm glad you liked the ®DOUG BLOG post about a more adult analysis of "Wonderland".
My favorite character is also the "Mad Hatter".
Kisses!!!
oh mais c ' est Alice
ResponderExcluirbonne journée aux enfants demain chez vous gros bisous
Bonjour Annie,
ExcluirVive tous les enfants du monde!
Bisous!!!
bonne soirée et je te souhaite un agréable dimanche gros bisous
ResponderExcluirAnnie,
ExcluirGros bisous à toi aussi!!!
Hola Douglas, brindemos por la amistad y los nuevos comienzos. Un abrazo
ResponderExcluirHola Emilia,
ExcluirBienvenida de nuevo a ®DOUG BLOG.
Salud por la amistad y los nuevos comienzos.
Abrazos.
Mi amigo Doug
ResponderExcluirMe encanta el análisis que haces de Alicia en el País de las maravillas. Ha Sido un auténtico disfrute leer tu post.
Disfruta del fin de semana.
Besitos.
Querida amiga Carmen,
ExcluirNecesitamos releer y, a veces, reescribir los clásicos, porque las narrativas antiguas han sido muy ineficaces incluso para el aprendizaje infantil.
Gracias por que te guste mi texto.
Que tengas un buen fin de semana.
Besos.
Another beautifully written text, my friend. You spoke so many truths about this timeless literary classic, which, if viewed as you describe, is a work for any generation to understand in its own way.
ResponderExcluir(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.
💋Kisses💋
My dear friend Theodosia,
ExcluirThank you for your kind words, which always inspire me to write with more affection for all my friends, readers, and followers who comment on the ®DOUG BLOG.
Let's continue retelling stories so they never end up forgotten.
Kisses and have a great weekend!!!
Meu sapiente amigo Douglas, que lição magnífica sobre este clássico de Lewis Carroll. E quanto aprendemos com você. Eu não sabia que esta obra era inspirada na filha de um amigo de Carroll, Alice Pleasance Liddell. Suas explicações nas notas de rodapé em carmim sempre destacam pontos importantes do seu texto, enriquecendo ainda mais sua escrita. Sua arte é, como sempre, primorosamente elaborada. Só posso aplaudi-lo por mais um excelente conteúdo do início ao fim. Um abraço fraterno.
ResponderExcluir"Alice in Wonderland" is a fairy tale for adults!
ResponderExcluirThe main idea of the story is that thinking outside the box helps us find a way out of any situation, even the most difficult.
Alice often faces difficulties and experiences fear of the unknown. Her adventures can serve as a source of inspiration, helping us overcome our fears and doubts.
Do you like the Hatter? Now I know why he's crazy. The thing is, toxic mercury was used in the manufacture of hat felt, and many hatters were insane.
Me gusto conocer más sobre Alicia. Te mando un beso.
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