Meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, quem me acompanha, quem lê minhas publicações, já se acostumou a ver eu citar minha “Vó Lourdes” (mãe da minha mãe), com certa frequência. Mas, hoje vou falar da minha outra avó (mãe de meu pai), mais especificamente da época de sua infância.
“Gabriela”, que o significado do nome representa: “mulher forte de Deus ou fortaleza de Deus”, era chamada carinhosamente na família, de “Biebi”.
Minha avó era uma menina muito criativa, curiosa e obviamente estava “anos-luz” da era tecnológica, assim sendo, desde pequenina, gostava de inventar brincadeiras e uma delas, era fazer “sombras com as mãos”, usando a parede do seu quarto como uma lúdica tela de cinema.
A pequena “Biebi” tinha plateia: seu pai, sua mãe, seus irmãos e algumas vezes, também de seus avós (tanto paternos, quanto maternos), apareciam para visitar os filhos e netos, aproveitando para aplaudir (junto com os demais membros da família), a menina que sabia fazer arte com as mãos.
As sombras encantavam “Biebi”, a cada nova imagem realizada, a cada gesto feito e refletido na parede, a cada nova sombra formada, um susto, uma surpresa, um encantamento.
💬 É um coelhinho! (dizia “Biebi”)
💬 Adivinhem agora... É um pônei ou um cavalinho?
💬 Agora tenho certeza, é um camelo, só tem uma corcova!¹
E o pai da pequena “Gabriela” dizia:
💬 Não seria o contrário mocinha?
E ela disparava:
💬 Olha papai, agora apareceu um ornitorrinco! E “Gabriela” nunca havia visto um ornitorrinco, na sua ainda “breviloquente” vida.
Aquelas sombras refletidas na parede, que vinham das pequenas mãos de “Gabriela”, davam asas à sua imaginação e encantavam a menina e a toda sua família.
“Gabriela” poderia passar horas ali brincando, fazendo as sombras ganharem vida na parede, assim numa espécie de mágica de gestos ilimitados.
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¹ O dromedário é uma espécie de camelo doméstico árabe, que habita o desertos e planícies áridas do “Norte da África e Oriente Médio”. O dromedário difere do camelo, por possuir apenas uma corcova, que não é composta de água (como muitas pessoas acreditem), mas sim, de lipídio, servindo como reserva energética ao animal.
“Sombras” — Poema Musicado [Legendado]
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“Sombras” (1986), é uma posia da poeta mexicana: “Rosario Sansores Prén” (25 de agosto de 1889 - 7 de Janeiro de 1972), musicada por: “Carlos Brito” (13 de março de 1944), interpretada neste vídeo por: “Julio José Iglesias Puga de La Cueva” (23 de setembro de 1943).
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