Dizem que todos os dias são páginas em branco para a gente escrever novas histórias. Mas, quem acorda e já pela manhã, consegue esquecer do ainda “presente ontem”, que foi se deitar contigo na noite passada?
A gente acorda e levanta todos os dias, só para morrer um pouquinho. Estamos vivos, para morrer de tédio... Para morrer de sede e de fome... Para morrer de sono, para morrer de calor ou de frio, para morrer de idade, para morrer de enfermidades, neste motocontínuo que é estar vivo.
A gente acorda e levanta todos os dias, para ter certeza que estamos respirando, nesta essência vital que nem pedimos para estar nela, mas, teimosos que somos, queremos viver até cento e tantos anos. É como diz uma de minhas frases:
“Ninguém quer morrer, porque, a gente gosta de existir!”
A gente acorda e levanta todos os dias, só para morrer um pouquinho. Para morrer de vergonha das “atitudes tortas” de certas pessoas, principalmente dos políticos... Para morrer do luto das nossas perdas, que nos deixaram tantas saudades.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para morrer um pouquinho. Para morrer de pesar, diante das tamanhas desigualdades e violências sociais, arraigados nos preconceitos, de raça, credo e gênero.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para viver um pouquinho. Para viver de alegria, por termos filhos, esposa, amigos, por sermos família, seja sanguínea ou não.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para viver um pouquinho e para “bater pernas”, andando por aí, sem saber onde está indo, mas, (a maioria de nós), tendo certeza de estar no caminho certo.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para viver um pouquinho. Para “morrer de rir” das coisas tolas, das piadas prontas de sempre, sejam elas politicamente corretas ou não.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para morrer um pouquinho. Para morrer de tensão... Para viver com “tesão”... Para morrer de paixão... Para viver de amor e prazer.
A gente acorda e levanta todos os dias, só para morrer e viver um pouquinho. E um dia, este “pouquinho” somado, irá retirar toda a nossa “rima”, nos fará “levantar sacudir a poeira e dar a volta por cima”, deste quase poema... Nesta quase vida.
“Pot-pourri — Zeca Pagodinho”
“Atire A Primeira Pedra / Volta Por Cima”
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♪“Jessé Gomes da Silva Filho — Zeca Pagodinho” (4 de fevereiro de 1959), interpretando: “Atire A Primeira Pedra” (1943), autores: “Ataulfo Alves de Sousa” (2 de maio de 1909 - 20 de abril de 1969) e “Mário Lago” (26 de novembro de 1911 - 30 de maio de 2002) & “Volta Por Cima” (1962), autor: “Paulo Emílio Vanzolini” (25 de abril de 1924 - 28 de abril de 2013).
Una citazione moltobella.Buon fine settimana!
ResponderExcluirAmica Olga,
ExcluirSono felice che i miei post qui su ®DOUG BLOG ti piacciano sempre.
Baci e buon fine settimana!!!
Que lindo,Douglas e realmente acordamos a cada dia e tomara seja sempre para ser bem feliz, muitas alegrias estejam a nos esperar! abração, chica
ResponderExcluirAmiga Chica,
ExcluirObrigado pelo carinho frequente que tu sempre traz ao ®DOUG BLOG.
Que as melhores alegrias estejam vindo em nossa direção, agora que estamos conseguindo “domar” este vírus perverso.
Retribuo o abração e um bom final de semana para ti!!!
Olá caro Douglas.
ResponderExcluirGostei da sua crônica.
Desde que me tornei gente, assim é.
Está "deixe a vida me levar", "Atire a primeira pedra", "Volta por cima", e também no "Quase" de Sarah Westphal.
Viver é morrer um pouco a cada dia...
Boa tarde de sábado e um alegre domingo.
Beijos!
Querida amiga Lúcia,
ExcluirObrigado pela deferência a minha crônica, um “quase poema”.
“Viver virou uma eutanásia!” - como diz uma de minhas frases. Mas, vamos encontrando novas cores, sabores, olores e amores nas novas caminhadas.
Sobre o “Quase, de Sarah Westphal”, fiz uma publicação sobre ela, lembra?
https://blog-dougblog.blogspot.com/2021/01/quase-verissimo.html
Retribuo o carinho das palavras e os beijos. E que o teu final de semana seja suave!!!
Meu amigo mestre, filósofo e jornalista Douglas, esse não foi um 'quase poema', foi um poema encorpado, sincero, real e lúdico, falando de vida e morte, assim como quem faz um afago na cabeça de uma criança. Aqui você nos revela sua verve poética, qual deixa adormecida por vontade própria, pois ela existe, e acredito que qualquer amigo seu que seja poeta afincado nas poesias diariamente, dirá o mesmo que estou dizendo aqui, que você deveria se dedicar também ao versos, até porque, como diz uma frase de Ralph Waldo Emerson: 'Todos somos poetas no âmago do coração.' - E coração de bondade não lhe falta, e isso já é meio caminho andado para deixar os versos fluírem livremente. Gosto profundamente também das animações das imagens, sempre referentes ao texto. E a cereja do bolo: Zeca Pagodinho interpretando nesse pot-pourri, duas canções brasileiras inesquecíveis. Parabéns meu agora amigo poeta, que igual ao rei Midas, tudo que coloca as mãos, faz se transformar em ouro. Um fraterno abraço.
ResponderExcluirMeu nobre amigo e professor Ruy Barbosa,
Excluir“Ralph Waldo Emerson” pode ter lá sua razão nesta frase, qual revela que a poesia surge do coração. Porém, eu ainda guardo meus poemas (escritos para minha saudosa esposa), no aconchego da gaveta... Tenho muito para dizer todos os dias, mas, quase nunca é em rimas e versos. Cunho frases, matérias jornalisticas aliadas ao bom humor e filosofia.
Fico grato por me comparar ao “Rei Midas”, mas, veja que loucura seria isso, ser possuidor deste poder, onde só as riquezas materiais seriam possíveis, pois, até um simples pedaço de pão tocado, se transformará em ouro.
Assim sendo, deixemos as poesias para os poetas, embora muito me envaideçam as palavras de incentivo poético do amigo.
Retribuo o carinho das palavras e o abraço fraterno!!!
Very intriguing. Marshmello mix comes to mind!
ResponderExcluirDear Ellie (F. LaCosse),
ExcluirLife is intense, intriguing, intuitive and makes us be in this mixture of loves, sounds, colors and flavors, which we do not know and are not sure will end when we die.
Kisses!!!
Acordamos para viver mais um bocado.
ResponderExcluirGosto do copo meio cheio.
Abraço, boa semana
Caro Pedro,
ExcluirCom o atual caos geral mundial, pelos motivos que todos nós estamos “carecas de saber”, o “copo” transbordou faz tempo. Mas, isso nos possibilita jogar o excesso fora e deixar o “copo” como o amigo deseja: “meio cheio”.
Retribuo o abraço e o desejo de boa semana!!!
A vida não é uma sequência de dias, mas esse grito aferrado à vida e à morte. Um texto muito bom e reflexivo.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Minha amiga Graça.
ExcluirComo estão enganadas algumas pessoas que acreditam que viver não passa de uma espécie de questionário, onde todas as respostas são aplicáveis.
Essas pessoas acreditam também que só precisamos encontrar as perguntas certas para vencer a luta por nossa existência, mas, isso é também pura perda de tempo.
Assim sendo, não se trata então de encontrar uma resposta para o sentido da vida, pois, essa é uma pergunta ampla, complexa e sem verdades absolutas. Aquilo que precisamos, é encontrar uma maneira de nos equilibrarmos, porém, nem todos conseguem.
Retribuo o desejo de boa sema com muita saúde e o beijo!!!
Caro amigo Douglas
ResponderExcluirAcordamos todos os dias para sermos felizes. Todos nós buscamos a felicidade a cada dia. Mas quando não a encontramos, devemos olhar tudo pelo lado bom, tentando ser otimista, pois se levarmos a ferro e fogo todos os nossos problemas ficamos pessimitas, isso falo por mim mesma, cá entre nós, eu as vezes sou bem pessimista, não quero que nada dê errado nos meus planos e faço tempestade em um copo de água meu caro amigo. A gratidão é a chave de tudo.
Amei sua crônica, abraços e boa semana,
Minha querida e doce amiga Larissa,
ExcluirConcordo contigo... A felicidade é o antídoto necessário para lutarmos nossas boas batalhas do viver.
Porém, para entendermos a vida, talvez precisaremos entender, primeiro, qual a nossa missão e como realizá-la.
Mesmo que não seja possível obter muitas respostas, não podemos perder a fé em dias melhores.
Os dias de situações difíceis não acabam... Passam, “dão um refresco” e assim, conseguimos apresentar soluções pontuais no dia a dia, para os problemas que surgem juntos às desilusões.
Fico feliz que tenha apreciado minha crônica.
Retribuo o abraço, o desejo de boa semana e lhe deixo uma carinhosa beijoca!!!
Cierto cada día escribimos una pagina de ese libro que es nuestra vida. Unos tienen mas paginas que otros pero todos con el mismo final.
ResponderExcluirSaludos.
Tomás,
ExcluirNacimos con la certeza de la finitud. Y precisamente por eso debemos valorar cada día vivido, porque sabemos el primero y no el último.
Un abrazo.
Douglas,
ResponderExcluirPenso bem assim como
seus bem escrito diz.
Realmente precisamos
de motivação todos os dias,
todo tempo.
Amo ouvir o Zeca.
Estive trabalhando no RJ/Teresópolis
por 15 dias, por isso estive
ausente.
Bjins de gratidão.
CatiahoAlc.
Amiga Cátia,
ExcluirDepois de empatia e resiliência a palavra da moda agora é “fomento”.
Porém, em um quadro mundial caótico, bélico e virótico e aqui, bem no “nosso quintal”, essa politicagem suja que existe, onde o primeiro debate dos candidatos à presidência foi de dar nojo, só mesmo “D. Pedro I” retornando para governar nossa “República das Bananas”... O coração dele já está aí, vamos montar o nosso “Frankenstein Luso-Tupiniquim”. 😂😂😂
Que você acorde e levante todos os dias, para viver muito, aí na tua “Pasárgada”, escutando “Zeca e outros bambas”.
Retribuo os beijinhos!!!
Interessante e excelente reflexão.
ResponderExcluirDesde que a gente nasce vamos morrendo um pouquinho cada dia e seguindo o caminho inevitável do fim do nosso percurso, que pode ser longo ou curto, fácil ou bem difícil, enfim, o importante mesmo é tentarmos viver o melhor possível o dia presente.
Beijinhos
Amiga Maria,
ExcluirComo prega a sabedoria oriental, tudo é mutável, os momentos surgem em nossas vidas por uns tempos e depois desaparecem. Assim, só poderá haver a tão desejada paz interior, quando se puder escapar da agonia da vida e da morte. Mas, raramente se consegue isso, pois, o fim da nossa jornada de vida, se dá na velhice, fase de maior solidão e decrepitude do ser.
Retribuo o carinho das palavras e os beijinhos!!!
Que crônica linda você deixou para nossa leitura.
ResponderExcluirSim, amigo, acordamos pra morrer um pouquinho a cada dia, pra levar na cara um monte de decepções, e persistir na esperança de acordar num dia melhor. E assim passamos pela vida..
Bravos!!!
Beijinhos
Andamos vivendo dias sombrios, ainda viróticos (só os tolos acham que não)... Dias bélicos e de “picuinhas” desnecessárias, na vida e na Web.
Excluir“Acabou-se o que era doce” e acabou junto a empatia, o pão na casa dos pobres, a nossa saúde de modo global... Só espero que não acabem com nossa democracia.
Amanhã (7 de setembro), é dia da independência brasileira, assim repagino esta famosa frase de “D. Pedro I”: “Independência ou morte!”- com uma de minhas frases:
“Independência ou morte que nada. Eu quero é: independência e vida!”
Obrigado pelo carinho das palavras, minha querida poeta Vilma.
Retribuo os beijinhos!!!