Desde o começo desta pandemia, estamos todos nesta luta incansável no combate ao vírus. Nós jornalistas e docentes, estamos nesta lista dos milhares de profissionais, que contribuem na tentativa de manter o público e alunos informados e atualizados, sobre tudo que se faz degenerar todos os dias, diante desta “tragédia contemporânea” ainda incompreensível. Vamos fazendo o possível e o impossível, para manter (mesmo que algumas vezes, ainda remotamente), as coisas em seus devidos lugares.
Um dos sentidos que esta pandemia aguçou, foi minha sensibilidade, pois, muito se falou (no princípio da pandemia), em resiliência, em empatia, mas, pouco vi, principalmente desta faculdade de compreender emocionalmente os outros, ser praticada de verdade no dia a dia, até que chegamos no ponto caótico atual, com quase três anos da “COVID” entre nós e milhões de óbitos, tudo isso, sem o tão propagado “Novo Normal” surgir radiante no horizonte, mesmo com tantos braços já vacinados pelo Mundo. Porém, muitas pessoas nem precisaram retornar ao que eram antes da pandemia, pois, continuam as mesmas, continuam olhando só para os próprios umbigos.
Sempre escutei dizer, quando passamos por situações extremas de vida (como neste caso da “COVID”), que precisamos nos afastar dos nossos afazeres diários, planejando até realizar uma longa viagem, tirando assim, “um ano sabático”.
“Sabático” vem de sábado; sabatino (sétimo dia no calendário judaico).¹ Mas, o sétimo dia, é também o momento de descanso revelado nas “Santas Escrituras de Católicos e Protestantes” - (Gênesis 2:2-3) - “E no sétimo dia, tendo Deus terminado a sua obra, ele descansou. Deus abençoou o sétimo dia e o declarou santo, pois nele descansou de toda a obra da criação”.
Segundo as normas da Bíblia judaica, o “ano sabático” ocorre de sete em sete anos (“Shemitá”), sendo metaforicamente, “seis anos de cultivo e um para o descanso e recuperação da terra”. Ou seja, é um ano de “recuperar as forças” do sistema financeiro judaico.
O “Gap Year” (“ano sabático”), é o período de tempo reservado para desacelerar e fazer aquilo que realmente deseja. É um período de “pausar os afazeres da vida”, seja no estudo ou no trabalho, podendo durar um ou vários meses.
O “Sabatismo”, é o período de descanso, já as “Luas de Sangue”, que acontecem durante o “Rosh Hashaná” (ano novo judaico, em 25 de setembro), primeiro dia, do primeiro mês do calendário judaico, onde a “Torá” (do hebraico: תּוֹרָה), em seus cinco livros redigidos em torno do ano (450 a.C.), cita esta data como: “Yom ha-Zikkaron ou Yom Teruah”, sendo mais que um tempo de inação, é um momento de reflexão, um período de introspecção e meditação de dez dias, que finda no primeiro dia de “Yom Kipur”.
Baseado no tradicional costume judaico, conhecido por “sabá” (“shabat” em hebraico), o “ano sabático” consiste em dias de amortecer as atividades diárias, em prol do descanso do corpo e principalmente da mente. Para os judeus, este é o sétimo dia da semana, correspondente ao sábado, do calendário regular gregoriano¹.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ O calendário judaico, é do tipo lunissolar, cujos meses são baseados nos ciclos da Lua, enquanto o ano é adaptado regularmente de acordo com o ciclo do Sol. Por isso, ele é composto alternadamente por anos de 12 ou 13 meses, sendo diferente do calendário gregoriano, que é um calendário promulgado pelo “Papa Gregório XIII” (7 de janeiro de 1502 – 10 de abril de 1585), no ano de (1582), contendo 12 meses: janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro, com 31 dias; abril, junho, setembro e novembro, com 30 dias; e fevereiro com 28 dias (mas, de 4 em 4 anos, acontece o ano bissexto, com 29 dias). Este método de contagem de tempo, veio substituir o “calendário juliano”, implantado pelo Imperador romano: “Júlio César” (13 de julho de 100 a.C. – 15 de março de 44 a.C.), em (46 a.C.).
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).
“Toccata e Fuga”
Composta entre: (1703/1707)
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♪“Toccata e Fuga” de: “Johann Sebastian Bach” (31 de março de 1685 - 28 de julho de 1750), em Ré Menor, composta entre: (1703 e 1707), nesta apresentação, em estilo Clássico/Rock’n Roll.
Por estas bandas o calendário é solar.
ResponderExcluirE de ciclos de doze anos.
Abraço
Caro Pedro,
ExcluirAsiáticos não precisam de “ano sabático”. A Escola do “Zen-budismo chinês” (VI d.C.), busca sempre um estado de iluminação pessoal (“Satori”), qual promove um rompimento deliberado, com o pensamento lógico, obtido por meio de práticas de meditação sobre o vazio, ou reflexões a respeito de paradoxos insolúveis dos seres humanos (“Koans”).
Retribuo o abraço!!!
Un año sabático es poco factible pero un descanso fuera del tiempo desinado a ello ya es un regalo. Personalmente creo que la gente se ha vuelto mas solidaria, mas afín con los demás, al no llegar la "normalidad" ni nada bueno que provenga de los gobiernos nos organizamos entre nosotros. Abrazo
ResponderExcluirEster,
ExcluirMe gustaría ver esta generosidad en las personas, pero asumiendo que este virus se creó en un laboratorio, la empatía se convierte en algo con una vida útil muy corta.
abrazos y cuidate.
Lindo e interessante teu texto,Douglas! Saber dos calendários é legal! E quem, após esses tempo todo de pandemia não precisa de ano sabático? abração tudo de bom,chica
ResponderExcluirMinha amiga Chiquitita,
ExcluirComo bem disse o “poeta passarinheiro, Mario Quintana”:
“A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo!”
Tempo tivemos de sobra nesta pandemia, aquilo que não tivemos, foi paz de espírito para usufruir este tempo, que acabou por se perder entre leitos de hospitais, óbitos, solidão e medo.
Retribuo o carinho das palavras, o abração e cuide-se!!!
Bom amigo Douglas.
ResponderExcluirMesmo que tenhamos essa libertação, quem dera que junto viesse a alimentação para aqueles que já tinham fome e agora essa fome aumentou. As pessoas morrem de fome também.
Beijo e feliz final de semana.
Minha valiosa amiga Lúcia,
ExcluirFoi como disse, esta tal “empatia” é igual as antigas balas “Soft”, lembra-se delas? Que de macias nada tinham, eram pura tinta com açúcar. Assim tenho visto a generosidade de certas pessoas, com “sabor artificial” de qualquer coisa.
O ser humano nasceu para ser bom, caridoso, gentil, inteligente e com tantas outras virtudes, que se perdem, porque, muita gente ainda acredita que “TER” é mais importante que “SER”.
Retribuo o beijo e o desejo de bom final de semana!!!
Exato amigo Douglas. Você escreveu e eu reforcei.
ExcluirUma andorinha só não faz verão.
Apesar de não deixar de fazer.
Se cuide!
Continuação de um feliz final de semana.
Beijos.
Tem uma frase minha que diz:
Excluir“A bondade se manifesta no ato de saber amar as pessoas, mais do que elas merecem!”
Fácil não é, minha amiga Lúcia, princialmente porque, as pessoas estão cada dia mais individualistas. O problema é que hoje, colocam tudo na “conta da pandemia”. A pergunta é: e antes da pandemia, a virtude daqueles que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício dos outros, existia em abundância?
Mais beijos e que seu fim de semana seja de momentos felizes também!!!
Olá amigo Douglas.
ExcluirRespondendo a sua pergunta.
"Não", nada mudou, só piorou. É triste ver aquilo que vejo.
Venho de uma família com 5 irmãos, contando comigo, e sei o sacrifício que meu pai fez para dar educação, alimento, vestuário e outras coisas que necessitava,até ajudar quem precisava e olha que o salário era pouco, sobrevivemos, mas nesse tempo, apesar de existir isso se conseguia sobreviver. Seria assunto pra mais de metro. Feliz final de semana, cuide-se. Que Deus nos abençoe.
Beijos
Obrigado por dar a conhecer!
ResponderExcluirAmiga Mª Gracinha,
ExcluirÉ sempre um prazer difundir conhecimento, sobre fatos que fazem parte do cotidiano de todos nós e muitas desconhecem a origem daquilo que falam.
Abraços e cuide-se bem!!!
Querido Douglas,
ResponderExcluirTens razão estamos vivendo uma tragédia contemporânea, e pelo andar da carruagem sem previsão para o término.
Perder emprego na pandemia foi osso com sal grosso, madrugadas em claro, regada a café.
Se antes não era normal imagine como será o amanhã inseguro, e continua cada um na sua bolha, empatia é palavra da moda. Já não sei de mais nada.
É muito cansaço físico e mental, mas vamos que vamos.
Suas postagens são sempre uma aula, grata pela leitura e aprendizado.
Um bom fim de semana. Beijos! Te cuida.
Minha querida amiga Maria,
ExcluirTem uma frase minha que diz:
“Os fatos ou sinais pelos quais alguém julga adivinhar o futuro, sucumbiram nesta pandemia, pois, não vi ninguém prenunciar este agouro de vida que passamos antes do tempo!”
A vida não muda e sim, perece diante dos desmandos dos “seres ditos humanos”.
Eu queria ter respostas para tantas perguntas diárias que recebo sobre esta pandemia, porém, as coisas todas andam se modificando e castigando todos nós dia após dia, sem que qualquer resposta seja possível, em tão curto espaço de tempo.
Vamos que vamos... E que esta “carruagem” não se transforme em “abóbora de Halloween”, após as doze badaladas noturnas.
Retribuo o carinho das palavras, os beijos, o desejo de bom final de semana e cuide-se também!!!
Depois que atingimos certa idade, meu jovem e sapiente Douglas, todos os dias são de certa forma sabáticos, e nesse período pandêmico, com o distanciamento social, principalmente os mais idosos, estão ainda mais solitários. Ir para longe do vírus hoje seria o ideal, mas onde ele não está? Seu texto mais uma vez, está repleto de informações, nos fazendo viajar sem precisar sair do aconchego das nossas casas. Para você que é um frasista de primeira linha, e colecionador de frases de tantos nomes da nossa história, deixo essa de Albert Einstein: “O Mundo não será destruído pelo mal, mas por aqueles que os olham e não fazem nada!” - Gostei muitíssimo da 'Toccata e Fuga', no melhor estilo sinfônico, aliado ao bom e velho rock'n roll, qual sou sabedor que és apreciador, ao ponto de nunca perder um 'Rock in Rio'. Abraços fraternos meu querido amigo.
ResponderExcluirÉ vero meu bom amigo Ruy,
ExcluirSou apreciador de música clássica e no melhor estilo do Rock'n Roll, fica ainda mais espetacular.
Sobre o “ Rock in Rio”, apesar de crer que ainda seja prematuro marcar um evento assim tão grandioso, onde irão se aglomerar milhares de pessoas ensandecidas pela música e outras substâncias... Mesmo assim, o festival está marcado para acontecer nos dias: (02, 03, 04, 08, 09, 10 e 11 de setembro de 2022), na “Cidade do Rock”, aqui pertinho de casa, no “Parque Olímpico da Barra da Tijuca”.
Fico feliz de observar que o meu ilustre professor apreciou mais esta publicação aqui do ®DOUG BLOG.
Retribuo o carinho das palavras e o abraço fraterno!!!
Algo mudou com esta pandemia. Não consegui ainda saber se para pior se para melhor. Aprendo imenso quando leio os seus textos, o que é fantástico e por isso lhe agradeço.
ResponderExcluirContinue a cuidar-se.
Uma boa semana.
Um beijo.
Minha querida amiga Graça,
ExcluirMelhoras não existem na coletividade, mesmo nos momentos de crises ou doenças. Já nos submetemos à experiências de outras epidemias e pandemias... Duas grandes guerras mundiais e, as pessoas nunca se comportaram de modo melhor diante do estado geral e desordenado das coisas. Aquilo que podemos esperar, são melhorias vindas da individualidade, de algumas pessoas que querem fazer diferença diante dos momentos extremos.
Fico feliz que aprenda comigo, pois, educação e o belo ato de educar, fazem parte da minha vida, desde que me “entendo por gente”.
Retribuo o carinho das palavras, o desejo de boa semana e o beijo!!!
Interesante artigo sobre o ano sabático, a pandemia e os cambios agardados.
ResponderExcluirConcordo plenamente.
O ano sabático debería ser ofertado para a gente trabalhadora. Redundaría no rendimento e produtividade. Eu collín um por coidado de fillo menor de tres anos e funme a Inglaterra.
Um cambio total que nos enriqueceu!
Uma aperta, Douglas.
Amiga Beatriz,
ExcluirSaber viver é isso, conseguir agregar oportunidades em nossos dias, seja com ganho pessoal, cultural e até mesmo monetário.
É sempre um prazer lhe receber aqui no ®DOUG BLOG... Volte sempre que desejar.
Um abraço e cuide-se bem!!!
Generalmente los dichos tienen una razón de ser y gracias a ti hemos conocido de donde viene lo del "año sabático".
ResponderExcluirSaludos.
Tomás,
ExcluirLa cultura se agregó a la vida para enriquecernos. Y la cultura nunca será suficiente, porque todos los días podemos aprender cosas nuevas.
Abrazos.
Querido amigo Douglas, amei ler aqui, estamos indo ainda sem sabermos como será daqui pra frente.
ResponderExcluirEntraremos no terceiro ano de inseguranças, dores por vermos que ainda teremos muitos desafios, sinto muito pelos jovens, muitos estão desalentados!
Sempre aprendo por aqui,li com atenção o título chamaou-me a atenção "Ano sabático"!
Abraços sempre apertados, querido "filho mitológico" continuemos nos cuidando, continuemos!
Amada amiga Ivone,
ExcluirTua presença no ®DOUG BLOG é cativa. Tu és uma amiga valiosa que fiz nesta bela jornada “blogueira”.
Fiz um carinho para a minha “mãe mitológica”, nesta postagem de frases de amigos... Quando puder dê uma olhada.
https://blog-dougblog.blogspot.com/2021/10/amigos-doug-blog.html
Vamos lutando esta dura batalha de quase três anos, contra este vírus assassino.
Abraços apertados deste teu filho “pisciano”.
A pandemia trouxe morte, dor, sofrimento e uma imensa e terrível instabilidade na vida de cada um de nós. As pessoas estão cada vez mais individualistas, fala-se muito em ajudar o próximo, mas é só conversa. Infelizmente, quem nada tinha, agora ainda menos tem.
ResponderExcluirObrigado por esta brilhante crónica.
Abraços
Minha crônica bateu exatamente com o teu modo de pensar, amiga Maria.
ExcluirEu não estou sendo pessimista e muito menos otimista, com relação ao quadro de melhoria da benevolência da grande maioria das pessoas, diante desta pandemia sem fim, pois, nem que era bom, ficou melhor e tão pouco, quem era ruim, tenderá a melhorar “num passe de mágica”.
Retribuo os abraços e o carinho das palavras!!!
Olá, Douglas, essa sua postagem levou-me a alguns lugares do passado aqui em Porto Alegre, em especial a encontros com amigos ligados a cultura judaica, amigos esses que moram no Bairro Bom Fim, bairro judeu onde nasceram poetas, romancistas, pintores, músicos, cantores. Dentre esses nomeio Moacir Scliar, médico e escritor. Nos meus passeios atuais, não raro, passo em frente à Sinagoga do Bairro. Todas essas lembranças, caro Douglas, deveu-se ao seu tema que fala do ano Sabático.
ResponderExcluirUm bom final de semana,
grande abraço.
Caro Pedro,
ExcluirFico contente que meus textos sempre levem o amigo no ato de recordar boas passagens da tua vida... Vida que hoje, anda sendo sobrevivida, ainda devido ao seguimento da pandemia, qual nos deixou carentes de bons momentos, que no futuro, não recordaremos tal fase vivida com saudosismo.
Retribuo o desejo de bom final de semana e o grande abraço!!!
Querido amigo Douglas, gostei muito de ler essa sua postagem, pois desde minha adolescência convivo diariamente com pessoas israelitas, tenho uma enorme admiração e carinho por esse povo inteligente, culto e muito simpático. Temos médicos nossos, como também muitos amigos israelitas do bairro Bom Fim, bairro tradicional, muito vinculado à cultura, em especial, à literatura, teatro e à música.
ResponderExcluirUm ótimo domingo e uma excelente semana pra você!
Beijo.
Querido amiga Taís
ExcluirTenho bons amigos israelitas (princialmente no Rotary).
Também nutro grande admiração e carinho por este povo de cultura ímpar e religiosidade vigorosa.
Os patriarcas do povo judeu migraram pelo Mundo, devido as duas grandes guerras mundiais. Esta é a prova que até dentro das intolerâncias, a vida se reinventa, pois, devido a esta migração, a cultura e a religiosidade mundial enriqueceu muito.
Retribuo o beijo, o desejo de ótimo domingo e de excelente semana!!!