A canção “Pelado” (1987), da banda de “Rock - Ultraje a Rigor”, foi tema de novela da “Rede Globo”, decretando assim o fim da censura, para as músicas que falavam de sexo, pois, até o nome do álbum do grupo, era: “Sexo!!”
Mas, existem “peladinhos”, “pelados” e “PELADÕES”. Quem não se lembra do álbum de figurinhas dos anos (1980), “Amar é...” Aqui, o melhor exemplo de “peladinhos”.
Já os “pelados”, fazem parte do grupo de naturalistas chatos, que no “Brasil”, não passam de uns hipócritas, pois, se um naturalista for a uma praia convencional, ele/ela, nunca tiram seus trajes de banho, mas, quando nós, que não praticamos este negócio de sair “balançando as coisas por aí”, ou mostrando os pelos pubianos aos quatro ventos (se é que ainda existem pelos pubianos?) - e entramos só por curiosidade, ou por acidente em uma praia destinada ao naturalismo, somos convidados (para não dizer que somos praticamente intimados), a nos despir. Ou seja: “nudez nos olhos dos outros é refresco”. Assim sendo, a nudez em uma “Copacabana da vida”, é atentado ao pudor, mas, nas praias de naturalismo, é obrigatória. Eu pensava que a justiça fosse cega e não “despida de bom senso”.
A nudez está relacionada a intimidade das pessoas, pois, nascemos nus e logo somos cobertos; tomamos nossos banhos diários nus e em seguida, nos vestimos; fazemos sexo sem roupa, mas, dificilmente dormimos sem elas, ao lado de quem acabamos de transar.
Eu não sou puritano, mas, se colocarmos a nudez exposta em praias de naturalismo, como algo legal e normal, estaremos banalizando o nu, pois, nem mesmo os índios de antigamente, andavam completamente “Pelados, pelados, nu com a mão no bolso”... Eles tapavam as suas “vergonhas”, com folhas, penas ou peles de animais.
Quanto aos “PELADÕES” (em caixa-alta) - onde entram nessa história? O grande escritor: “Joaquim Maria Machado de Assis” (21 de junho de 1839 - 29 de setembro de 1908), dizia ficar na calçada da sua casa, “curiando” as moças descerem dos bondes, pelo simples prazer de ver os tornozelos das mulheres desnudos. Ou seja, os “PELADÕES” (em caixa-alta), são as pessoas que sabem fantasiar a nudez, quando ela nem se faz presente. São fetiches e fantasias, contidas nas cabeças inventivas de cada um. Porém, se “Machado de Assis” estivesse vivo hoje em dia e, lhe caísse nas mãos uma revista “Playboy”, por exemplo; se entrasse em sites destinados ao público adulto; se ligasse a TV, nesses programas que tratam de sexo, o “velho Machado” se decepcionaria, assistindo de perto mulheres e homens se depreciando por conta de dinheiro, vulgarizando a nudez completamente, fato que no tempo de “Machado de Assis”, só era sabido, em cabarés, bordéis e “inferninhos”.
Precisamos colocar definitivamente uma coisa na cabeça: sexo é bom e a nudez, é algo natural ao ser humano, mas, não podemos equiparar sexo e nudez em um nível tão rasteiro, pois, quando se vulgariza o nu e o sexo, eles se misturam com pornografia e promiscuidade, desmerecendo principalmente as mulheres, pois, são elas que se destacam mais neste quesito, devido aos atributos físicos e as mídias, que valorizam os “contornos femininos”, em um Mundo ainda hoje muito machista, que despreza completamente, os verdadeiros valores das mulheres.
E o grande erro das mulheres, está em sempre buscar igualdade com os homens, pois, com isso, só conseguiram se igualar no que existe de pior, que é por vezes, o ato ordinário masculino, em priorizar sexo e pornografia. Será que é esta bendita igualdade que elas tanto sonhavam conquistar? E será que surtiu algum efeito, querer se equiparar aos homens assim? As mulheres no meu ponto de vista (desde sempre), são seres superiores aos homens, pois, só cabe a elas, o poder de gerar uma outra vida em seus ventres.
Na realidade, o que algumas mulheres conquistaram realmente, foi a continuidade de serem “teúdas e manteúdas” dos homens, cedendo quase sempre aos caprichos do “universo masculino”, pois, existe nudez no Carnaval; nos comerciais, novelas, filmes e séries de TV; no cinema; nos espetáculos teatrais; nas revistas masculinas; na Web e nas “vitrines Vivas¹ - Amsterdã, Holanda”).
Algumas mulheres hoje em dia, ainda agem iguais a “Terezinha”, da canção de: “Chico Buarque”, elas vão se entregando para qualquer um, por qualquer coisa e no final, sonham com o “príncipe encantado”, que não passam de uns “espertalhões”, pois, só aparecem na trama, na parte do: “E foram felizes para sempre” - mas, o quê acontece após esta suposta felicidade dos Contos de Fadas?
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ As “Vitrines Vivas, do Red Light District, em Amsterdã - Holanda”, tem a prostituição legalizada em bordéis badalados, onde prostitutas oferecem seus serviços dia e noite como se estivessem em lojas de roupas.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Love Is...” (final dos anos 1960), criação da cartunista neozelandesa: “Kim Grove” (9 de setembro de 1941 - 15 de junho de 1997).
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).
“Terezinha” (1977)
♫ O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não.
O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não.
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração. ♫
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♪“Maria Bethânia Viana Teles Veloso” (18 de junho de 1946), interpreta a canção: “Terezinha”, de: “Chico Buarque de Hollanda” - (19 de junho de 1944).