O ®DOUG BLOG apresenta, esta singela narrativa de um confeiteiro, que é mais que um conto... É o encontro entre o real e o lúdico... Da fome com a vontade de comer... Da cultura com a vontade de aprender. É a doce história do homem, que conversava com os pães e doces e cremes, que fazia com maestria.
Era uma vez... Um confeiteiro que conversava com suas guloseimas, e “elas” respondiam ao confeiteiro com seus olores e sabores irresistíveis.
Eles se habituaram ao diálogo, passavam dias, semanas, meses confabulando. Os “Brioches” eram mais escorregadios nas conversas (talvez, pelo excesso de manteiga na massa?) - já os “Croissants”, tinham uma conversa “refinada”, como o confeiteiro gostava de dizer:
💬 Coisa de “pãozinho culto!”
Os mais distraídos da turma, eram os “Sonhos”, sempre bem recheados com o saboroso creme “Patissière”, seu fiel companheiro.
O confeiteiro passava seus dias, “escutando o que o seu forno lhe respondia”, pois a ele, confiava todos os seus sabores... Seus doces segredos.
Os “Mille-feuilles”, com suas finas folhas, da mais pura e tradicional pastelaria francesa, ficavam muitas vezes enciumados dos “Croissants” e, não era incomum, o confeiteiro ver esta receita desandar. Porém, orgulhoso, o confeiteiro sempre dizia:
💬 Os “Cupcakes” é que são bonzinhos, com eles não existe erro, a massa nunca “solam”.
O confeiteiro era um homem gentil, sovava suas massas com carinho e leveza... Sabia bater... Mas, bater claras em neve, para fazer “ovos nevados”, dignos de tirar “Suspiros” até dos “Pastéis de Santa Clara”, que os clientes da confeitaria (sendo portugueses ou não), comiam rezando.
Todos os dias na Confeitaria (de tardinha), eram servidos aos fregueses, os famosos e saborosos “Crêpes Suzette”, estas maravilhas francesas, amanteigadas, perfumadas com sumo e raspa de tangerina, dobrados em quatro partes iguais, sendo regados com caldas licorosas.
Um dia, a “massa podre” (das empadas), sentiu-se triste, queria ser firme, ter “Mil-folhas”, mas, o confeiteiro lhe explicou, que a massa folheada também era melindrosa, chegando muitas vezes, a voltar-se contra o confeiteiro, ali mesmo na “mesa enfarinhada”. Além do mais, os fregueses da confeitaria adoram sentir a “massa podre” derreter em suas bocas.
A “Baunilha” (“mãe de todos os cremes”), era emponderada e sabia que podia se sentir assim, pois, é raro um doce de confeitaria, que ela não esteja presente. Além do mais, ela é filha das “Orquídeas”, flor de rara beleza. As outras essências aplaudiam de pé a “mãe Baunilha”, quando ela “pingava em uma receita”, aromatizando todo o ambiente, como se fosse um dos perfumes de “Chanel”¹.
Os pãezinhos de doce e de sal, eram o carro-chefe das manhãs da confeitaria... Mas, o confeiteiro sempre corrigia algum cliente descuidado, que chamava seu estabelecimento de Padaria, pois, não eram só os pães que crepitavam de tão crocantes e “assustados” em seu forno, os demais, doces e pães se ruborizavam, quando o confeiteiro corrigia algum freguês, que segundo diz o ditado: “O freguês sempre tem razão, mesmo quando não tem!” - Mas, não para o confeiteiro, que quando era chamado de padeiro, se aborrecia...
💬 Padeiro é o raio que o parta... Que parta bem no meio e sem recheio!
O dono da confeitaria um dia se apaixonou por uma “freguesinha linda, de nome Brevidade”... Foi amor à primeira vista, no dia que a mocinha lhe pediu um brigadeiro. Mas, na confeitaria, não eram feitos brigadeiros, no quê o confeiteiro disse:
💬 Brigadeiros não tenho, mas, eu posso lhe dar vários “beijinhos!”
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Gabrielle Bonheur Chanel - Coco Chanel” (19 de agosto de 1883 - 10 de janeiro de 1971), foi uma estilista francesa, fundadora da marca de roupas femininas, cosméticos e perfumes: “Chanel S.A.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).