Quando entramos em uma sala de Cinema para assistir um filme como o “Titanic”¹, por exemplo, a morte daquelas centenas de pessoas no naufrágio do transatlântico parecem ficção. E assim, saímos da sala escura, com a impressão que acabamos de assistir a uma bela história de amor, com direito a trilha sonora: “My Heart Will Go On”, de: “Céline Dion”.
Não é fácil explicar e colocar em palavras aquilo que sentimos diante das nossas perdas. Por isso, o mesmo coração que ainda sangra de tanta dor e sofrimento, fala com mais clareza nestas horas, que o cérebro quase anestesiado, evita pensar nos nossos aniquilamentos.
Mas e quando a perda é dos outros? Bem, se é dos outros não nos pertence, então, se não acontece comigo, não sofro... Certo? - ERRADO! Acreditar que as coisas ruins da vida só acontecem aos outros e nunca com a gente, me faz questionar esta maneira errada de pensar, com uma de minhas frases:
“Antes de apontar o dedo para alguém, lembre-se
que na vida, somos o ‘outro para os outros!’”
O correto seria viver de acordo com o lema dos “mosqueteiros” fictícios: “Um por todos e todos por um!”² - mas nossas prioridades prementes são muito materialistas, perdemos muito tempo ganhando dinheiro, que às vezes nem gastamos e quando gastamos, serve apenas para acumular coisas que muitas vezes nem precisamos. Assim, uns vivem pobres para um dia morrerem ricos, deixando as riquezas da herança para que outros usufruam e movimentem essa engrenagem econômica e social ainda tão desigual, com os ricos cada vez mais ricos e insensíveis às necessidades dos pobres, cada vez mais pobres, justamente por consequência do resultado deste desinteresse vindo do topo desta desastrosa “pirâmide econômica”.
Assim sendo, a vida nos mostra da pior maneira possível, que somente seremos imagem e semelhança de Deus quando morrermos, pois, só na morte sempre seremos seres realmente semelhantes, porque, enquanto vivemos, fazemos questão de negar nossa semelhança até mesmo diante do espelho.
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¹ O naufrágio do “Royal Mail Ship - RMS Titanic”, ocorreu entre a noite de (14 de abril e a madrugada de 15 de abril de 1912), no “Atlântico Norte”, quando colidiu com um iceberg gigante, afundando nas águas geladas do oceano, quatro dias após o início de sua viagem inaugural, iniciada em “Southampton, na Inglaterra”, com destino à cidade de “Nova Iorque, nos Estados Unidos”. O filme “Titanic” (2017), remonta esta trágica história de modo romanceado.
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² “Um por todos e todos por um!” - é uma frase de: “Luís XV de França - Rei Sol” (5 de setembro de 1638 - 1° de setembro de 1715), adotada na literatura de: “Alexandre Dumas - Pai” (24 de julho de 1802 - 5 de dezembro de 1870): “Os Três Mosqueteiros”, representados por: “Athos, Porthos e Aramis, mais o espadachim D'Artagnan”. Ou seja: os “Os Três Mosqueteiros” são quatro... Vai entender?
“Céline Marie Claudette Dion” (30 de março de 1968)
“Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio!” — William Shakespeare (23 abril de 1564 - 23 de abril de 1616)
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