Amanhã (domingo 8 de maio), comemoramos mais um “Dia das Mães” aqui no “Brasil” e também, em alguns países do Mundo. Assim sendo, o ®DOUG BLOG presta uma homenagem diferente, pois, me preocupo com os nossos “velhinhos”, porque os nossos pais e avós estão inevitavelmente envelhecendo e nem sempre tendo os devidos cuidados da família e do poder público, que muitas vezes desconhece as necessidades básicas de seus anciãos.
Este longo período de pandemia, fez mães e filhos se apartarem de maneira presencial e isso, bagunçou todas as emoções familiares. Com estes dois anos que perdemos para o vírus (2020-2021), observamos os cabelos de muitas pessoas branquearem e a saúde dos nossos idosos se fragilizar ainda mais, física e psicologicamente.
Envelhecer faz parte do viver. Assim, quando assistimos qualquer um dos excelentes filmes do “Carlitos - Sir. Charles Spencer Charlie Chaplin Jr.” (16 de abril de 1889 - 25 de dezembro de 1977), por exemplo, não dizemos que o filme é “velho” e sim, que é antigo.
Porém, por mais que goste dos filmes mudos em preto e branco de “Chaplin”, quando me refiro aos nossos idosos, não poderia denominá-los de “antigos” e sim, carinhosamente de “velhinhos”, indo de certa maneira de encontro ao universo lúdico das histórias em quadrinhos e dos desenhos animados, onde o coelho “Pernalonga”, sempre chamava todos seus amigos de “velhinhos”.
Aliás, até o “Pernalonga” e sua namorada “Lola” envelheceram, tendo em vista que este desenho, é do ano de (1938) e lá se vão (84 anos - 2022). Outras personagens igualmente famosas e uma delas, por que não dizer, a mais famosa dos desenhos e parques de diversões do Mundo, é o “Mickey Mouse”, criação do genial “Walt Disney” (5 de dezembro de 1901 - 15 de dezembro de 1966). “Mickey” e sua namorada “Minnie” também envelheceram, hoje estando com longevos 94 anos, pois, foram criados por “Disney” em (1928).
O Mundo está envelhecendo e o “Brasil”, caminha a passos largos para ter uma das maiores populações idosas do Planeta. De acordo com dados da “OMS - Organização Mundial da Saúde”, que avalia que em (2030), o País ocupará o 6° lugar no ranking das nações com o maior número de “velhinhos”. Temos hoje 10% da população (cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos) e acredita-se, que em uma década esse número dobrará.
Segundo análises médicas especializadas em geriatria, após os 60 anos, a maioria das pessoas sofrem ao menos com uma doença crônica, fato que irá muitas vezes prejudicar a capacidade do “velhinho”, ter uma vida autônoma.
Hoje, não é só o envelhecimento populacional que nos preocupa, mas sim, como os “velhinhos” viverão, pois, o Mundo está envelhecendo, muito rapidamente, devido à queda da fecundidade da população global. Ou seja, se o Mundo está envelhecendo, é porque não só as populações estão vivendo mais (graças aos avanços da medicina), mas também, aos casais que estão tendo menos filhos, na medida em que nascem menos crianças, a população de idosos começa a sobressair. Este é o processo natural da curva de envelhecimento de uma sociedade que não se renova.
A média de vida da população idosa do Mundo hoje está estimada em 75 anos, nossas mulheres vivem sempre um pouco mais que a média, em comparação aos homens. Podemos dizer então, que esta longevidade é preocupante, tendo em vista que o único jeito de você não ficar velho é morrer cedo, então, esta inevitabilidade tem um lado positivo, pois, as populações globais estão vivendo mais e todo mundo se recusa um pouco com a ideia de envelhecer, por associar o envelhecimento com depressão, decrepitude (no sentido das pessoas ficarem fragilizadas) e principalmente, se tornarem “velhinhos” dependentes, incapazes de tocar suas próprias vidas (o que de certa maneira é uma realidade), ao menos no “Brasil” é uma dura realidade, pois, algumas pessoas vão envelhecer com perda funcional e consequentemente, vão se tornar dependentes de outras pessoas, pois, infelizmente a minoria dos “velhinhos” brasileiros, somam seus anos de vida sendo capazes de administrar a própria vida.
A ocorrência de doenças crônicas é quase inevitável, ou seja, a grande maioria das famílias terá ao menos um “velhinho” acometido por uma doença crônica (pressão alta, diabete, catarata, problema cardíaco, AVC, etc...). Mas, mesmo tendo de saber administrar diariamente uma ou mais doenças crônicas, isso não significa dizer que o “velhinho” vá ser uma pessoa limitada e dependente, podendo ser evitado ao indivíduo perder suas funções motoras básicas (como deixar de caminhar, por exemplo), se valendo de fazer exercícios físicos e fisioterapia, pois, assim, não perderá a capacidade de tocar a vida de forma “quase independente” e sem muitos medicamentos.
Aquele “velhinho” que vive só, que ainda consegue ser independente, que é capaz de realizar as atividades (que todo mundo faz), como se vestir, tomar banho, comer, fazer compras, cuidar das finanças, enfim, manter a sua casa funcionando sem precisar da ajuda específica de ninguém, este é o “velhinho” ideal para a sociedade (que está no auge da “melhor idade”). Se bem, que muitos “velhinhos” não gostam que digam que eles estão na “melhor idade”, pois, o que existe de “melhor” na caminhada a passos largos, ao fim do ser humano? A “melhor idade” é estar vivo e saudável, seja em que fase da vida estivermos, pois, quando a velhice chegar, nada ficará simples em nossas vidas, mesmo tendo todos os cuidados possíveis e imagináveis, algumas limitações sempre existirão. Depois de certa idade, ter capacidade funcional suficiente para viver sozinho é complicado e, mesmo que seja muito triste ver um “velhinho” deitado em um leito hospitalar, se definhando e temendo uma morte sofrida, ou se valendo de cuidados médicos especializados, com certeza um familiar (leigo), não tem o preparo adequado para gerir sozinho uma situação destas, por mais amor que tenha em seu “velhinho”.
Ou seja, quando um “velhinho” sofre, sofrem junto com ele, todos que o amam. Mas, infelizmente existem no Mundo os filhos e parentes desnaturados, aquelas pessoas desprezíveis que abandonam os seus “velhinhos”. Mas, isso já é outra história e não vou abrir espaço para este tipo de gente aqui no ®DOUG BLOG, porque, no meu entender, isso além de ser desumano e imoral, é também caso de polícia e, amanhã sendo “Dia das Mães”, prefiro parabenizar os bons filhos e suas mães, deixando de lado os seres degenerados.
Tem uma frase minha que diz:
“Nas palavras cruzadas da vida... Amor com três letras: [M] [Ã] [E].”