“No princípio era o Verbo...”
Quando lemos os dados dos nossos autores prediletos na Internet, por exemplo, todos são destacados por um ou mais estilos de escrita, sendo: romancistas, contistas, poetas, cronistas, filósofos, novelistas, dramaturgos, polímatas, etc... - alguns escrevem obras que se tornam “Best Sellers”, outros escrevem obras épicas, seja na literatura adulta ou infantil.
Fazer alguém se interessar pela leitura, seja este uma criança, jovem ou adulto, sempre foi o objetivo central de dois escritores brasileiros, um que ainda escreve, outro que tão bem escreveu obras magníficas da literatura adulta e infantil. Mas, foi no “universo lúdico das crianças”, que ambos: “José Bento Renato Monteiro Lobato” (18 de abril de 1882 - 4 de julho de 1948) - “O Sítio do Picapau Amarelo” e “Ziraldo Alves Pinto” (24 de outubro de 1932) - “O Menino Maluquinho”, mantiveram intimidade com o leitor, obtendo notoriedade com suas histórias.
O contato com estes autores e suas obras, alimenta no leitor a vontade de sempre conhecer outros autores, pois, aprendizado é algo infinito e um jovem ativo e criativo, sempre será um adulto que gostará de ler autores clássicos e contemporâneos.
Sendo educador, sou favorável ao ato de apresentar através da leitura, uma fonte de imaginação e aprimoramento do vocabulário e escrita, principalmente aos alunos de ensino básico.
Com estes dois escritores citados, os estudantes terão um bom começo de familiaridade da vida e obra de cada autor, com seus vocabulários de sotaques regionais, tornando assim o conhecimento direto de cada um deles, facilmente perceptível.
Estimular e manter a criatividade dos alunos, é tarefa fundamental dos docentes nas atividades em sala de aula (principalmente com a retomada das aulas presenciais, neste período ainda pandêmico), pois, isso aguçará nos estudantes, o desejo de levar este método de saber como “dever de casa”, sendo uma boa maneira de estimular a criação dos próprios personagens por parte deles, junto também de seus pais, irmãos, amigos, vizinhos, etc...
A educação é uma arte e, toda arte deve cumprir a tarefa de estimular as qualidades e características de quem consegue ser criativo com o contato direto com a obra escrita, valorizando os autores, que se favorecem da liberdade linguística, qual os poetas dizem ser uma espécie de “licença poética”, explorando dessa maneira a plenitude idiomática, tornando possível a visão do “modo coloquial de narrativa”, se tornar responsável pelos caminhos que a leitura sempre levou todos os alunos de “ontem” e de hoje, no seguimento do aprendizado de excelência, anos atrás, existente até mesmo no ensino público, sendo atualmente um triste privilégio de poucos centros de ensino particular.
Estes dois autores qual valorizo hoje aqui no ®DOUG BLOG, são responsáveis diretos por grande parte do meu interesse pela leitura, porque, além da riqueza de suas obras, abordam a Língua Portuguesa e a literatura, de modo espetacular, atingindo em cheio, com toda certeza também, os estudantes de todas as idades que tiveram contato com suas narrativas. Porém, dos autores estrangeiros, quero citar o irlandês: “Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde” (16 de outubro de 1854 - 30 de novembro de 1900), que escreveu: “O Retrato de Dorian Gray” (1890), um romance filosófico (e sua única obra), que revela a destruição da vida através da perfeição da arte e, dos preços que pagamos por tudo que deixamos guardado em segredo. “Oscar Wilde” para mim, é um dos melhores autores do Mundo, provando que aquilo que é bom, prima pela qualidade e não pela quantidade.
“Lobato” se faz presente no regionalismo de seus personagens, abordado até mesmo questões escravagistas (segundo relatam alguns historiadores), em figuras conhecidas, como: “Tia Nastácia e Tião Barnabé”, mas, também, se faz presente no folclore, trazendo para dentro de suas obras, os personagens: “Kuka, Saci, Curupira, Boitatá, Mula Sem Cabeça, Iara (Mãe-d'água)”, entre outros.
Já “Ziraldo”, busca a amistosidade infantil, na coletividade de uma “turminha maluquinha”, sendo identidade de muitos de nós em nossa infância. Mas, “o pai do Menino Maluquinho”, também aborda o folclore brasileiro em suas narrativas, com “A Turma do Pererê” (1960/1970).
É inegável que as mídias tecnológicas e sociais, auxiliam o Mundo contemporâneo no ato de poder aproximar as pessoas e de poder conhecer de tudo um pouco (inclusive os autores), mas, é inegável também, que estas mesmas mídias tecnológicas e sociais, agridam o bom ato da leitura, pois, ler para mim, é poder folhear as páginas dos bons e velhos livros e, não somente passar o dedo na tela de um “Smartphone Touch Screen”, tanto é assim, que tenho centenas e centenas de livros em minha biblioteca particular do meu apartamento e, apenas um “iPhone”. Deixemos os “toques tecnológicos” na tela do celular, para esta boa leitura de “blogs”.