“Modéstia à Parte”

   

Dizem que a modéstia é oriunda dos valores religiosos e sociais, que relacionam-se uns aos outros. Mas, existiria moderação na modéstia? Algumas pessoas vivem só de aparência, outras não desejam atrair atenção para si e assim, cada qual fica como está, sem pensar em mudar. 

   

Porém, é a inevitabilidade de mudanças que acaba se tornando uma constante em nossas vidas, fazendo surgir uma outra questão: existirá então “falsa modéstia” na maior parte das pessoas? Mas, agir com modéstia nada modesta, não é então e somente, um modo “torto” de vangloriar-se, de auto-humilhar-se falsamente?

   

A modéstia é considerada por muitos uma qualidade... Mas será mesmo? Como bem disse o filósofo grego “Aristóteles”: “A modéstia não pode ser considerada uma virtude, pois assemelha-se mais a um sofrimento do que a uma qualidade!”

   

Dizem que ser modesto, é estar de acordo com os padrões éticos e morais estabelecidos pela sociedade. Ou seja, alguém que seja modesto, será destacado socialmente, sendo bondoso, caracterizado pelo seu modo de ser simples, despretensioso e humilde. Porém, ser humilde e modesto, não significa ser descapitalizado financeiramente. De contrapartida, um plutocrata raramente será modesto ou considerado modesto por alguém, por mais benevolente que esta pessoa seja.

   

Assim, indo na contramão da modéstia, existe a falta de modéstia, que é própria daqueles seres pretensiosos, que não limitam vaidade, que não sabem viver sem que seja com ar de superioridade em relação aos que estão ao seu redor, desfazendo das conquistas dos outros. 

  

Modéstia é o somatório de simplicidade, humildade, moderação e sobriedade. Os arrogantes nunca conseguem entender os modestos, exatamente por este conjunto de razões e por isso, até rejeitam conviver com eles. 

   

A modéstia não se importa com luxo nem ostentações. Porém, ser modesto não é buscar uma vida contemplativa de oração, de intimidade com Deus... Isso é ter fé e não, ser modesto. Modéstia é a ação de moderar alguns comportamentos humanos, como a vaidade excessiva, por exemplo.

   

A “falsa modéstia” é também  uma característica de quem gosta de tudo muito rebuscado, de quem é pedante e esnobe por natureza.

  

Agora, meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, “modéstia à parte”, vou encerrando por aqui, mais este texto escrito com muito capricho.

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* Arte animada inicial da postagem ®DOUG BLOG: “Chapeleiro Louco ou Chapeleiro Maluco e Coelho Branco”, personagens criados por: “Charles Lutwidge Dodgson - Lewis Carroll” (27 de janeiro de 1832 - 14 de janeiro de 1898), para o livro: “Alice no País das Maravilhas - Alice in Wonderland” (1865).

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* Na linguagem de Libras [Falo Nada Só Observo], “Mafalda” (1964), personagem do cartunista: “Quino” (17 de julho de 1932 - 30 de setembro de 2020).

“Feitiço da Vila” - (1950)

♫Quem nasce lá na Vila 

Nem sequer vacila ao abraçar o samba

Que faz dançar os galhos do arvoredo

E faz a lua nascer mais cedo.

Lá em Vila Isabel quem é bacharel 

Não tem medo de bamba

São Paulo dá café, Minas dá leite 

E a Vila Isabel dá samba.

A Vila tem um feitiço sem farofa

Sem vela e sem vintém que nos faz bem

Tendo nome de princesa, transformou o samba

Num feitiço decente que prende a gente.

O sol na Vila é triste, samba não assiste

Porque a gente implora:

Sol, pelo amor de Deus, não venha agora

Que as morenas vão logo embora.

Eu sei tudo que faço, 

Sei por onde passo

Paixão não me aniquila

Mas tenho que dizer:

Modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila!

(Vou dizer de novo...)

Eu sei tudo que faço, 

Sei por onde passo

Paixão não me aniquila

Mas tenho que dizer:

Modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila!

Vila, Vila Isabel 

Vila, Noel, Vila nas esquinas

Vila e Seu China

Vila Paulo Brazão
Vila do Sambão

Vila da Casa de Bamba

Vila berço do samba

A Vila Não quer abafar ninguém

Só quer mostrar que faz samba também

Vila, Vila Isabel...♫

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* “Feitiço da Vila”, é uma canção de “Noel de Medeiros Rosa” (11 de dezembro de 1910 - 4 de maio de 1937), interpretada nesta versão por: “Martinho José Ferreira - Martinho da Vila” (12 de fevereiro de 1938).

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