O “Vinte Vinte” está chegando ao fim e as nossas vidas, ainda estão em completa inação.
Então, vamos tentar dar um descanso neste dezembro pandêmico, lembrando o último mês saudável aqui no “Brasil” (e em boa parte do Mundo), lendo este breviloquente texto, que trará logo abaixo das artes, uma bela música.
Eu sou nascido no mês de março; a “pimentinha da Bossa Nova - Elis Regina Carvalho Costa” (17 de março de 1945 - 19 de janeiro de 1982), era nascida em março, no mesmo dia que minha amada e saudosa mãe “Neuza” (diferindo obviamente o ano); mês também, do nascimento da minha igualmente saudosa e amada “vó Lourdes”. Estamos todos nas mesmas águas (piscianas) de março.
“Águas de Março” é o título e o enredo, desta extraordinária canção (quase um hino em minha vida), composta pelo maestro: “Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim” (25 de janeiro de 1927 - 8 de dezembro de 1994), um brasileiro até no nome e, que nesta versão qual trago hoje no ®DOUG BLOG, é cantada junto com “Elis Regina”, nos idos anos (1974). Ou seja, eu e está bela canção, somos dos saudosos e saudáveis anos setenta.
Saúde hoje o Mundo necessita... Já saudades, temos tantas!!!
“Águas de Março” (1974)
“Rede Bandeirantes - São Paulo”
♫É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
Pau, edra
Im, inho
Esto, oco
Oco, inho
Aco, idro
Ida, ol
Oite, orte
Aço, zol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração...♫
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