Já diria o grande “Nelson Falcão Rodrigues” (23 de agosto de 1912 – 21 de dezembro de 1980): “Os idiotas vão tomar conta do Mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos!”
E como ele estava certo. Das muitas escolhas existentes na vida, poucas delas nos levam ao caminho correto, pois, ao que parece, poucas coisas estão certas, e quase tudo nos leva aos “pecados”. Ainda bem que “Jesus” disse: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra!”
Sim, pois, do contrário, não haveriam mais vidraças no Mundo, que entrariam em extinção, iguais aos dinossauros.
Eu sei que falar da vida alheia não é pecado no sentido bíblico, mas, é com toda certeza um deslize de conduta, que quase todos cometemos vez por outra, mas, que ninguém admite claramente.
Porém, se “quase ninguém” fala da vida alheia, ou gosta de fofocas, porque, os programas policiais e sensacionalistas das “TVs” (direcionados ao disse me disse” da vida dos bandidos e dos famosos), fazem tanto sucesso? Estes programas são a prova cabal de que os idiotas são muitos mesmo... E são frequentadores assíduos também do “universo virtual”, com suas, “fofocas, mexericos, e tricotagem maliciosa”, que coloca quem quer que seja na berlinda, com inúmeras “Fake News e Deep Fakes”.
As coisas acontecem mais ou menos assim: “Fulano fala que a filha de Beltrano, é uma vadia descarada; Sicrano diz que o filho de Fulano é um maconheiro de marca maior; Sicrano por sua vez, diz que à mulher de Beltrano é uma vaca, que dá pra todo mundo”... E por aí vai... Vai falando que eu te escuto, e depois também passo pra frente, tipo telefone sem fio (dos tempos das brincadeiras de infância).
Se alguém que você conhece, faz algo fora do considerado convencional, não tardará, você estará “metendo o malho” na vida desta pessoa, algo do tipo duas vizinhas conversando: “Você viu menina, o filho da Terezinha colocou uma baita tatuagem nas costas... Ficou um horror!” E a outra responde: “Tatuagem para mim é coisa de marginal. É atestado de malandragem!”
E se falar de tudo e de todos, se tornou algo natural... Do decote ousado da “Marisa”; do filho remelento da “Elisa”; da filhinha problemática do “Tadeu”; da separação da “Carla e do Amadeu”; da pintura cor-de-rosa bebê, esquisita que a “Laurinha” pintou a sua casa; da falta de postura na mesa do “Salvador”, namorado da “Martinha”; da desonestidade do seu “Salim”, dono do mercadinho da esquina... Fala-se também do preço do pão, da gasolina, da abobrinha. Falamos de tudo e de todos, pois, falar da vida dos outros, parece mais uma pandemia sem vacina... Sem cura. E aí temos mais uma vez a prova que os idiotas são inúmeros mesmo no Mundo. E como diz o outro Nelson”, dessa vez não o “Rodrigues” e sim, o “Nelson Rubens” (23 de agosto de 1937): “OK! OK!... Eu aumento, mas não invento!”
O que é preciso, é mantermos consciência de que se um dia somos pedras e no outro, com toda certeza, seremos vidraças. Então, é como dizia o meu saudoso pai “Walter de Mello”: “Se não puder falar bem de uma pessoa, é melhor que não digas nada sobre ela!”
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).