Esta frase (de autor desconhecido), é fruto do inconsciente coletivo e, revela algo mórbido e belo ao mesmo tempo: “Nem todas as flores tem a mesma sorte, umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte!”
Assim sendo, precisamos “colher o melhor vida”, como se todos os dias fossem mesmo o último, pois, um dia estaremos certos.
E na vida não podemos economizar nada para amanhã, porque, ela acontece sempre no presente. Então, nunca diga: “Daqui a pouco eu vou!”... “Daqui a pouco eu vejo!”... “Daqui a pouco eu faço!”... Pois, o “daqui a pouco”, na realidade, pode nem existir.
Morrer é um processo estranho, pois, não existe nada de nobre na morte. Para nascer, precisamos de duas pessoas (um casal), já na morte, nela se morre sozinho, mesmo na presença de outras pessoas. A morte nos finda e deixa saudades nos que ficam, nos que seguem com as suas reflexões, com o coração pesado, devido a perda.
Dizem que a morte é a única certeza da vida. Bela certeza esta, nascer sabendo que existe finitude em tudo. Sim, porque, de que serve saber que um dia deixaremos de ter vida? Acredito que seria bem melhor nascermos velhos e, irmos andando para traz, assim, quando fossemos nenéns, simplesmente sumiríamos. Mas, uma teoria assim parece ser bem doida, porém, existe algo mais insano do que uma gravidez, onde um ser nasce dentro de outro e depois, ainda se alimenta dele?
Os seres humanos vagam pela vida muito apegados nos bens materiais, se valem de superstições para guiar o modo de ser e de viver. Eu particularmente não acredito em sorte e azar... E não vou negar, não ando acreditando muito também em certas pessoas, pois, como crer em gente que consegue poluir (por vontade própria), a água que bebe, que faz comida e higiene pessoal? Gente sem noção, que agride os outros gratuitamente?
Pessoas são complexas e solidárias na maior parte do tempo no erro, pois, sabemos saudar a morte (basta observarmos que os velórios estão sempre cheios), de contrapartida, quando nasce uma criança, poucas visitas uma mãe e seu neném na maternidade.
Como bem disse o grande escritor e diplomata brasileiro: “João Guimarães Rosa” ( 27 de junho de 1908 – 19 de novembro de 1967): “A gente morre para provar que viveu!”
Entre as milhares de frases que já escrevi, tem uma que serve perfeitamente aqui para ilustrar este texto:
“Morrer é fácil, saber viver é que por vezes é muito complicado!”
Como citei anteriormente, morrer depende só de nós mesmos, mas, para viver, temos de nos misturar entre outras pessoas, senão, sobreviveremos na solidão e não viveremos em sociedade. Bem disse também, o poeta jacobita inglês: “John Donne” (22 de janeiro de 1572 – 31 de março de 1631): “Não nascemos para viver na solidão, pois, nenhum homem é uma ilha isolada!”
Assim sendo, no dia que a “Dona Morte” lhe chamar para fazer essa “última viagem”, trate-a de igual para igual e, siga o seu destino, com a certeza de que cumpriu bem sua tarefa por aqui. Mas, para isso, primeiro é preciso ser bom, digno e correto em seus atos e atitudes consigo mesmo e, também com os seus semelhantes, mantendo assim, sua consciência tranquila rumo a perenidade.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Harry Potter and the Deathly Hallows - Harry Potter e as Relíquias da Morte” (Livro: 2007 - Filmes: 2010 e 2011), criações da escritora britânica: “J. K. Rowling” (31 de julho de 1965).
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).