“Então não apanhei no chão o que reluzia. Era ouro, meu Deus. Era ouro, talvez!” - “Chaya Pinkhasovna Lispector - Clarice Lispector”(10 de dezembro de 1920 - 9 de dezembro de 1977).
“Ah.... Ah... Ah.... Atchim!” - Desculpem-me os amigos, leitores e seguidores do ®DOUG BLOG, por espirrar, mas, deve ser “uma gripezinha, um resfriadinho” insistente, que anda dando pelo Mundo todo, fazem quase dois anos.
Andamos embaçados, ofuscados, meio sem identidade, todos com as mesmas faces mascaradas. Na natureza, alguns animais se camuflam para se defender de suas presas, mas, não somos camaleões mudando de cor conforme a vegetação, para evitar os perigos que se apresentam. Humanos que somos, vivemos e morremos... Hoje morremos muito e aos “soluços”, sobrevivemos.
O medo que chegou de mansinho e se instalou em nossas vidas, trouxe o vírus e quando notamos, nos tornamos vítimas das incertezas. Perguntar de onde surgiu este caos mundial, resolverá? Nós sabemos bem esta resposta, mas, isso não ressuscitará os milhões de mortos devido ao vírus. Nos reinventaremos depois desta tragédia? Também não temos esta resposta no momento, provavelmente sim, porém, nada é certo.
Nós seres humanos somos iguais ao carvão, a chama deve permanecer acesa na bondade, na paciência, na perseverança, na retidão de caráter, porque até o carvão bruto, pode se tornar em diamante.
Nem tudo nesta vida nos convém fazer, tudo é bom, mas, nem tudo nos é lícito. Ou seja, podemos provar de todas as “maçãs do Jardim do Éden”, desde que o sabor delas só retenham o bem. Precisamos enxergar mais além, porque, se existem espinhos nas rosas, não são para nos ferir, mas sim, para protegê-las. O Ser (dito humano), brincou com o Mundo, com a natureza, então, não existe retaliação do Planeta Terra contra nós e sim, suas defesas contra nossa brutalidade desmedida e desapego das coisas básicas.
É preciso lembrar, que nem todos os abraços de antes da pandemia eram de amizade, mas, o pior foram os “braços cruzados” (principalmente dos governantes do Mundo), ainda em tempos muito pandêmicos. Hoje, até os “amigos ursos”¹ se viram obrigados ao distanciamento social, mas, neste caso é até uma boa coisa.
Nas perdas, escutamos sempre que é preciso seguir em frente, mas, se o caminho é estreito e íngreme, o quê devemos fazer? Teríamos como abandonar está pesada cruz e seguir, devido ao cansaço do calvário virótico? Abandonar nos levaria para onde, se o Mundo todo está uma distopia uniforme? Bem disse, “Sir. Winston Leonard Spencer-Churchill” (30 de novembro de 1874 - 24 de janeiro de 1965): “Se você está atravessando o inferno... Não pare!”
A vida a cada dia que passa, nos revela que: “Nem tudo que reluz é ouro!” - A única esperança que temos no momento, é nos manter vivos, neste “reino de poesias antigas”, escritas até o distante ano de (2018), quando “éramos felizes e não sabíamos!”. Agora, só nos resta conviver com asquerosos sapos, que tentam nos “fazer engolir” todos os dias, um papo estranho, onde eles afirmam ser príncipes.
“No Ouro Sem Fim da Tarde Morta” (1912)
“No ouro sem fim da tarde morta,
Na poeira de ouro sem lugar
Da tarde que me passa à porta
Para não parar,
No silêncio dourado ainda
Dos arvoredos verde fim,
Recordo. Eras antiga e linda
E estás em mim…
Tua memória há sem que houvesses,
Teu gesto, sem que fosses alguém,
Como uma brisa me estremeces
E eu choro um bem…
Perdi-te. Não te tive. A hora
É suave para a minha dor.
Deixa meu ser que rememora
Sentir o amor,
Ainda que amar seja um receio,
Uma lembrança falsa e vã,
E a noite deste vago anseio
Não tenha manhã.”
“Fernando António Nogueira Pessoa”
(13 de junho de 1888 - 30 de novembro de 1935)
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¹ “Amigo Urso”, é aquele tipo de amigo que está sempre ao seu lado, disponível, prestativo. Um dia você descobre que ele não é tão amigo assim, se tornou um amigo falso, infiel, hipócrita.
Arte ®DOUG BLOG “Jair Messias Bolsonaro” (21 de março de 1955), 38º Presidente brasileiro (2019-2022), um dos maiores negacionistas do vírus. OS COMENTÁRIOS DESTA POSTAGEM ESTÃO DESATIVADOS, COMENTE NA POSTAGEM MAIS RECENTE. |