Nós homens somos acusados pelas mulheres de praticarmos “A Teoria da Vaca Nova”. Esta tal conjectura consiste na crença que todo homem é igual e que todos sem a menor exceção, trocam sempre de parceiras de cama, assim, como trocam os canais da TV.
Esta teoria deu até enredo de um filme americano de (2001): “Someone like You - Alguém Como Você”. Que não é nenhuma obra-prima, mas, é um prato cheio, para quem está sempre se contradizendo no amor.
Porém, o amor é mesmo contraditório, pois, nem o sangue que corre em nosso organismo fica parado no mesmo lugar, porque, ele desempenha sua função vital e assim, precisa estar em constante circulação. E isso ocorre também conosco, pois, estamos sempre precisando movimentar-nos, fazendo o sangue pulsar literalmente em nossas veias e em nossas vidas e, a grande maioria das pessoas que conheço, odeiam (ou dizem), odiar a rotina, até mesmo os monges budistas, com suas indumentárias cor de açafrão, devem desprezar a usualidade mundana.
Voltando “A Teoria da Vaca Nova”, dizem que um touro após cobrir uma vaca, nunca mais chega perto dela, precisando assim de uma outra vaca para sua função fecundativa.
O certo, é que mesmo não havendo prazer no sexo, entre muitos casais (assim como acontece com os animais), todos gostamos de sexo. A diferença, é que uns gostam mais, outros gostam menos, e outros ainda são frígidos por natureza, mesmo assim praticam sexo, numa espécie de “cio conjugal”.
O sexo além de fazer parte da perpetuação da espécie, serve também para um sentido menor e menos nobre (para nós humanos), que é o simples ato de fazer lazer. O sexo por amor, aquele com uma pitada de poesia, foi se perdendo com o tempo, junto com as cartolas, ceroulas, galochas e anáguas.
Ou seja, o que está matando o sexo no Mundo contemporâneo, é a maneira prosaica e promíscua, com que as pessoas andam abordando este assunto (principalmente os jovens), pois, de prazeroso atualmente, o sexo entre os casais (ou pares/gêneros, como queiram), tem acontecido somente em “insights” e nada mais.
E o que é pior, nem como lazer o sexo tem servido para as novas gerações, porque, os “ficantes”, estes nem sabem com quem estão “ficando”.
Mas, o que as pessoas conseguem através do sexo casual? Conseguem somente disseminar doenças, aí, o sexo que deveria ser algo bom, torna-se muitas vezes, no algoz, que retira vidas prematuramente, devido a doenças sexualmente transmissíveis e ainda incuráveis, como é o caso da “AIDS”, por exemplo.
Deve ficar claro, no entanto, que entre os conceitos distorcidos de uma sociedade cheia de maneirismos e tabus, onde nós homens não somos touros, e desta maneira, não precisamos de “vacas novas” para nossa satisfação, podemos sim, até ser monogâmicos, por mais incrível e difícil que isso possa parecer aos olhos preconceituosos de uma sociedade superficial e arcaica, qual julga aquilo que somos, antes mesmo de nos conhecer um a um, pois, todos diferimos no aspecto físico, intelectual, monetário, religioso, moral, etc...
E quanto as mulheres, elas também não são “vacas novas ou velhas”, embora muitas delas, estejam agindo atualmente como verdadeiras “boxeadoras”, batendo forte na cara da sociedade, com o pior delas (e os “bailes Funk”, estão aí para não me deixar mentir).
Eu já vi muitas pessoas, banirem de dentro delas (aos poucos), os sentimentos por aqueles que “até ontem”, eram imprescindíveis em suas vidas. Assim, no final das contas, quando conseguimos finalmente perder quem amamos (devido principalmente a atitudes impensadas), atribuiremos sempre aos outros, erros quais também cometemos. É nessa hora, que percebemos que as coisas não estão dando certo nas relações e por consequência disso, acabamos atrapalhando outras partes da nossa vida.
Resumindo, não adianta ficar agora chorando pelo leite derramado, porque, estejamos conscientes ou não, todos somos movidos por amor e sexo... E não se consegue manter uma relação equilibrada na base da ordenha, do laço ou do abate. E entre homens e mulheres amor e sexo sempre serão “disputados em rounds” intermináveis, onde o gongo sinalizando o final nunca soa.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).