“Da Arca de Noé ao Smartphone”

Uma das mais significativas parábola bíblicas (e erroneamente interpretada pelo homem), é com toda certeza a da “Arca de Noé”. Sim, pois ninguém em sã consciência, pode acreditar que um velhinho iria conseguir construir uma enorme arca de madeira e depois disso, ainda juntar um casal de cada espécie do reino animal, para que passassem juntos quarenta dias e quarenta noites, flutuando por uma tormenta marítima, para que no fim dessa jornada, as coisas pudessem recomeçar. Crer nisso é descaracterizar a própria criação Divina, que precisou somente de seis dias e seis noites, para colocar tudo funcionando, pois, segundo a própria Bíblia relata em “Gênesis” 1.31: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...” - assim sendo, se tudo era muito bom para Deus, é no mínimo estranho, crer que essa parábola bíblica (dentre tantas outras existentes nas escrituras sagradas), nos mostre nos mínimos detalhes, o que elas representam.  

O certo, é que a parábola da “Arca de Noé” traz em seu teor, que devemos crer que diante das adversidades da vida, se estivermos unidos a alguém (e aí se dá o casal de cada espécie), conseguiremos passar pelas muitas tormentas (quarenta dias e quarenta noites). Ou seja, dias de trevas, mas, também de coisas suaves e boas, porque, sozinhos, só o que conseguimos é multiplicar a solidão... Solidão esta, que aumentou com o advento da internet, e com as facilidades dos “Smartfones”, que levam a “Grande Rede” em qualquer lugar, colocando todas informações (e desinformações do Mundo), na palma das nossas mãos.

Porém, mesmo que ainda estamos engatinhando em termos de tecnologia, o telefone que foi inventado por “Alexander Graham Bell” (3 de março de 1847 - 2 de agosto de 1922), lá na época de nossas tataravós (em meados de 1870), engatinhou lentamente, até conseguirmos chegar ao celular, esse maravilhoso aparelhinho (que só se tornou em “inho” a pouquíssimo tempo), porque, no início, estes aparelhos pareciam com tijolos, de tão grandes que eram. Mas, no Mundo contemporâneo, não entendemos como conseguimos viver tanto tempo sem eles. 

Os “Smartfones”, hoje se tornaram em aparelhos multimídia, que são quase um apêndice do corpo humano, pois, fazem de tudo um pouco, além de só falar. É também um produto de fácil aquisição em qualquer parte do Mundo (mesmo Mundo, aonde crianças ainda morrem de fome e infectadas por várias doenças), principalmente no continente africano. E a essa “tormenta” da vida, nem a “Arca de Noé” e nem os “Smartfones” pelo que parece, conseguiram dar solução, pois, a “Arca” já era, e os “Smartfones” são utilizados 90% das vezes de maneira incorreta pela população mundial.

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