“Animus e Anima”, são “Arquétipos descritos na Escola de Psicologia Analítica”, de “Carl Gustav Jung” (26 de julho de 1875 - 6 de junho de 1961), como parte de sua teoria do inconsciente coletivo. “Jung” descreveu o “Animus”, sendo o lado masculino inconsciente das mulheres e a “Anima”, como o lado feminino inconsciente dos homens, cada um transcendendo a psique (do grego: psychḗ - ψυχή), particular de cada indivíduo, provocando disputas dentro da sociedade, relativas ao “sexo frágil e sexo forte”.
Tem uma frase minha que diz algo sobre este “complexo da Little Lulu”¹, onde menina não entra no “Clube do Bolinha”:
“Não somos nem machistas, nem feministas...
somos pessoas em desconstrução!”
Porém, a felicidade das relações, independe de conceitos sociais elevados, pois, nem mesmo os atos primários de um casal, estão relacionados neste inconsciente imaginário dos “arquétipos junguianos”, onde os valores do casal se equiparam e se equivalem, dentro dos gêneros homem e mulher.
As relações vividas e rompidas pelos casais, abrem feridas que por vezes nunca cicatrizam, deixando o lado abandonado em pedaços, enquanto quem parte, acredita ter tomado a decisão correta.
A idade chega, mas, a maturidade nem sempre acompanha os nossos sentimentos. As fotos que hoje nos revelam, dizem muito e ao mesmo tempo, tão pouco. As mentiras e traições existentes nas relações, muitas vezes são relevadas, porém, nunca serão esquecidas, pois, quando homem e mulher se encontram (quando escrevem uma história), nada se perde dos pensamentos. Enfim, a vida é assim, não sucumbe ao tempo, amores e desamores, estes sim, são finitos.
Uma relação perfeita não existe, até porque, não existe perfeição em nada, que nós humanos possamos experimentar. Muitas pessoas criam fantasias de um lar 100% harmonioso (aqueles dos comerciais de margarina), onde nunca haverá um embate entre as partes e, tudo será levado na base das bolinhas de sabão. Mas, margarina é uma das piores invenções da culinária. Ou seja, a realidade nua e crua, é que relacionamentos não são batidos a prego... Não está funcionando bem (meu bem), separe e passe a comer manteiga de boa qualidade.
Amor é substantivo, amar é verbo. Então, relacionar-se, é saber provar da essência do quê é bom... É estar aberto aos sentimentos que o “verbo intransitivo amar”, nos pede e permite.
Existem dias que tudo sai “certinho e bonitinho”, dias que nem o feijão queima. Mas, tem outros dias, que salgamos a comida toda e, destemperamos nossas relações, que ficaram estranhas e incompreensíveis. Numa relação, é preciso que encontremos momentos para introspecção e outros para extravasar nossos diálogos retidos na garganta, no coração e na alma.
As poesias de amor revelam, que os dias de “Sol e de sonhos”, nos levam na mesma direção da nossa cara-metade. Mas, existem dias que cada um só consegue ver o seu espaço invadido, assim, uma “chuva torrencial de ofensas” estremessem o casal, despoetizando tudo, pois, para onde voltarão os insultos ditos? Assim, na próxima briga, tais ofensas (“fermentadas”), retornam ainda com mais veemência.
Debater certos pontos de vista (nas relações), é algo salutar, afinal de contas, um casal nada mais é, que duas pessoas em constantes mudanças, convivendo dentro de um mesmo espaço geográfico e por vezes, dentro de seus próprios corpos. Dialogar é desconstruir barreiras e tolices, que nada nos acrescentam. Estranho seria, se nunca houvesse algo errado para alinhar e reorganizar em nossos sentimentos, deve ser até entediante, ter tudo certo o tempo todo. Devemos aprender a conviver com as diferenças e até a admirá-las. Tem outra frase minha que diz:
“Na vida, não são os opostos que se atraem...
Mas sim, são as diferenças que se completam!”
Amor só é bom, onde ambos são autênticos e sabem lidar com os jeitos, trejeitos e maneirismos um do outro. Quando se consegue colocar o amor neste patamar, nada mais agride o casal. Aliás, quando não existem “briguinhas”, é porque, o desinteresse tomou conta da relação.
Amar é saber respeitar o outro, é evitar as “picuinhas” (do ir dormir brigados), é admirar quem está ao nosso lado (mesmo com pontos de vista diferentes), até porque, somos todos pessoas muito distintas.
Os casais de hoje, além dos destemperos da relação, dos ciúmes, da rotina, dos problemas financeiros, etc..., ainda esbarram na “Netflix”, nas “Redes Sociais” e na falta de libido (que até os animais irracionais, mantém no cio).
Aí, caríssimos amigos e amigas do DOUG BLOG, quando se escuta em uma relação: “Nem sei por onde começar...” ou “O problema não é você, sou eu...” - é porque, a relação “acabou de acabar”. E tais clichês, nem “Freud”² explica!
°°°
[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Luluzinha - Little Lulu e Bolinha - Tubby Tompkins”, são personagens das histórias em quadrinhos e desenhos animados, criação da cartunista norte-americana “Marjorie Henderson Buelly Tompkins”, tendo sua primeira edição em (23 de fevereiro de 1935) e a data de término, em (30 de dezembro de 1944).
² “Sigmund Schlomo Freud” (6 de maio de 1856 - 23 de setembro de 1939), foi um médico neurologista e psiquiatra austríaco, criador da psicanálise, qual teve “Jung” como seu pupilo e amigo.
Cachorros atrevidos, lol
ResponderExcluir.
Feliz fim de semana
Cumprimentos
Caro Valério,
ExcluirCães e demais animais irracionais, no cio... E seres humanos (ou quase humanos), no coito...
“Coito — Ferreira Gullar” (1999)
Todos os movimentos do amor são noturnos
Mesmo quando praticados à luz do dia.
Vem de ti o sinal
No cheiro ou no tato
Que faz acordar o bicho em seu fosso:
Na treva, lento, se desenrola e desliza
Em direção a teu sorriso.
Hipnotiza-te com seu guizo
Envolve-te em seus anéis corredios
Beija-te a boca em flor
E por baixo com seu esporão
Te fende te fode...
E se fundem no gozo.
Depois desenfia-se de ti
A teu lado na cama
Recupero a minha forma usual.
Isso sim é a bela poesia da vida, sensual sem ser vulgar.
Um abraço e bom final de semana!!!
Eu também vi os cachorros, mas virei a cara, poeta.
ExcluirOs livros dessa biblioteca a mim foram mais importantes
como os que li quando menino, quando crescidinho e agora,
depois de velho.
Até tentei seguir esse blog, meu caro Rykardo, mas a mim
não me foi dado esse direito.
Um abraço para você, poeta e para o Douglas, dono desse
tão belo espaço.
Eu sei bem por onde começar o meu comentário, meu jovem e sapiente Douglas. Esse seu texto de hoje é o retrato e o relato exato, de tudo que acontece nas relações dos casais - ditos modernos - que mal acabam de pagar a festa de casamento, e já estão divorciando. Seres humanos são estranhos, se apegam em detalhes visuais, assim quem fez de conta que leu seu texto, e não leu, comentando banalidades, só para não deixar de marcar presença aqui, perdeu mais uma aula de comportamento social. Você quando 'brinca' em seus textos é bom, mas quando fala sério, você é ótimo.
ResponderExcluirAbraços fraternos e continue se cuidando, porque amanhã é dia de votar, assim teremos vírus dentro e fora das urnas. Como você mesmo diz: 'está osso com sal grosso.' - Fico por aqui, sem mais palavras e sem pólvora.
Caríssimo professor Ruy,
ExcluirMais uma vez só posso lhe dizer, que tuas palavras de incentivo, só me fazem querer sempre escrever mais e melhor sobre os fatos da vida, traçando o caminho da cultura, sempre de mãos dadas com o humor, História e Filosofia.
Sobre estas pessoas que olham e não veem, a “cegueira delas”, se deve pela soberba de acreditar, que só aquilo que é feito por elas é bom.
Quanto as eleições, sou favorável ao voto facultativo. Um país que se diz democrático, não pode deliberar o voto sendo obrigatório.
Fico por aqui também sem pólvora (pois, palavras ainda teria muitas a lhe dizer).
Retribuo os cordiais abraços e cuide-se muito bem!!!
Podemos reflexionar sobre tus palabras, cada relación es diferente y aun cada relación pasa por estados diferentes, Acoplarse es importante. Un abrazo
ResponderExcluirEster,
ExcluirLas relaciones personales son complicadas porque los seres humanos son seres complejos. Pero vivir es buscar el amor y las cosas buenas de la vida. Quizás algún día podamos aprender cómo hacer que estas cosas funcionen bien en nuestras vidas?
Un abrazo.
Querido Douglas.
ResponderExcluir" O encontro de duas personalidades assemelha -se ao contato de duas substâncias químicas: Se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação " ( C. G. Jung )
Seria muito bom que em uma união ocorresse realmente uma transformação para o melhor de ambos, mas a vida não é perfeita como um comercial de margarina, é vida real, tem emoções envolvidas.
Um vínculo de amor, confiança e respeito se faz com diálogos frequentes, porém o individualismo atrapalha para chegar ao estágio da maturidade nas relações conjugais e muitas chegam ao fim. Cônjuge é aquele que irá conjugar verbos em uma parceria.
A disponibilidade para manter uma relação saudável e bonita de se ver, está nas mãos de ambos querer costurar a malha da vida juntos e querer o melhor para o outro.
A cultura é uma constante em sua escrita, sempre bom te ler e aprender.
Você mora no meu ♡ Se cuide. Bom fim de semana.Beijos!
Querida Maria,
ExcluirEncontros e desencontros são temas recorrentes na Psicologia, na Filosofia e em outras “ias”, que no ato dos casais deixarem de lado seus melhores valores, as relações acabam nos clichês citados no texto.
Quando relações acabam, sofrem todos (ainda mais se tiverem filhos no meio). Seria muito bom mesmo, que nas uniões ocorressem realmente transformações para melhor, mas, casamentos são bons, se as pessoas são boas umas com as outras. Não existe casal do “eu sozinho” e um comercial de margarina, é o reflexo dos casais modernos, porque margarina é algo intragável, assim como são algumas pessoas hoje em dia!!! 😂😂😂
Um vínculo de amor, confiança e respeito se constrói realmente com diálogos contumazes, pois, o individualismo numa relação, nunca poderia existir, pois, como ser casal sendo uno?
Mas, como quase tudo na vida, muitas pessoas se casam (os jovens principalmente), para sair da casa dos pais, mas, aí vem o desemprego e sem casa para morar, para onde retornam (seja casados ou separados?) - para a casa dos pais.
Relacionamentos mal resolvidos, não passam de um moto-contínuo dos erros das relações de todos nós.
Retribuo o beijo, o desejo de bom final de semana (eleitoral e pandêmico) e cuide-se bem, pois, você também mora no meu ♡
Olá caro jornalista.
ResponderExcluirOs casais (já faz algum tempo) somam dívidas,vícios e problemas emocionais;trazidos do ambiente familiar de origem, infelizmente. Em muitos casos, é assim 😔☹️
Agregam problemas no cotidiano. E de lá trazem manias,comodismo, egoísmo. Não raro,acreditando que seu par (cônjuge) precisa continuar aquilo a que foi ou se acostumou viver,antes de casar.
Realmente,a idade chega para todos,embora a maturidade chegue apenas para aqueles que se permitiram crescer, aprender que amar vai muito além dos instintos. Já que costumou-se dizer que sexo é "fazer amor". Quando na verdade,amar é ação, é viver as alegrias e as angústias de um relacionamento.
Amar,verbo intransitivo que dispensa complemento; por ter sentido completo, é diferente do sentimento que exige alguém que nos complete de algum modo na vida. Ou seja,criou-se a ideia de que ser amado é uma necessidade para ser feliz. Para ser completo.
Amar é ser resiliente. É saber falar e também calar. Dialogar para reajustar pontos não definidos ou compreendidos. É modificar atitudes que perturbam a paz do casal. Afinal,as diferenças precisam somar. Precisam fortalecer o respeito entre o casal.
Adorei seu destaque para amor (que é substantivo) e amar (verbo);pois o primeiro é o nome dado ao sentimento. Enquanto o segundo é o sentimento vivido. Em movimento.
Xeru,aqui do Centro-oeste com chuva, relâmpagos e trovões.
Olá Valdelice,
ExcluirOutro dia em um comentário seu, aqui ®DOUG BLOG, na postagem em homenagem a “Cora Coralina”, tu dissestes que:
“...o uso da licença poética: ela se faz presente no cotidiano, em outros campos da literatura; inclusive na propaganda.”
Estariam então, os comerciais de margarina inclusos nesta licença poética?
Os maneirismos e dilemas da existência, contidas no ambiente familiar (quando dão errados), é por culpa única e exclusiva de seus protagonistas. Delegar culpa aos outros, é se esquivar covardemente de assumir suas próprias responsabilidades (enquanto casal) e isso no mínimo, é algo patético (porém, que acontece com certa frequência).
O comodismo só existe, pois, muita gente se casa por motivos banais e, o texto destaca bem isso.
Não acredito em adaptações na vida (fora da literatura), histórias repetidas são chatas e casais que ficam neste vai e volta - “Não tem um pingo de vergonha na cara!” - (como diria minha saudosa vó Lourdes).
Quanto a idade cronológica, ela não garante maturidade para ninguém, tanto é, que a expressão: “velho babão”, é oriunda da época feudal, predominante na “Europa”, no início da “Idade Média” e, referia-se a preferência de homens idosos (que na época, eram os acima dos 40 anos), por mocinhas na flor da idade.
Quanto ao fato de amar muito, ser sinal de felicidade, tem uma frase minha que diz:
“Quando se diz amar muito, se está afirmando que esse amor é resto... Pois, tudo que é muito, sobra, estraga e depois jogamos fora!”
“Bat-Xerus” e cuide-se, fazendo uma prece para “Santa Bárbara”, invocando proteção contra raios e trovoadas.
Oi Doug! Tenho a impressão de que o amor romântico está saindo de "uso". Eu que já estou beirando os 60 já estou achando isso, imagine as gerações jovens. Na verdade eu já desconfiava disso antes mesmo de me casar.
ResponderExcluirViver a dois em harmonia é um trabalho de paciência, respeito, parceria, compreensão, só os fortes e dispostos conseguem.
A sociedade mudou muito, amor, casamento e sexo não estão necessariamente ligados.
Excelente texto e reflexão!
Abraço e bom domingo!
Amiga Dalva,
ExcluirExiste uma total inversão de valores e, o mais triste diante desta inversão de valores (dos dias atuais), é que ninguém mais faz questão de nada. As perguntas básicas ficaram sem respostas... Poucos são aqueles, que sabem discernir o certo do errado.
Hoje votamos...
“Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona!” - (“Capitão Cloroquina”).
Diante de uma frase “deste naipe, as cartas não estão na mesa”... Continuam “nas mangas” destes políticos despreparados e corruptos, que acreditam que cargos eletivos são empregos, com os salários depositados nas cuecas.
O que não funciona é o desamor e a burrice, desta gente que mistura “alhos com bugalhos”, “COVID com Cloroquina”, “amor com sexo”, “intolerância com ponto de vista em Redes Sociais” e por aí vai...
Amor é substantivo, amar é verbo: ♫...quero que você, me aqueça neste inverno ♪ E que tudo mais vá pro inferno...♫ Ficou só na canção.
Valeu por trazer sempre tua experiência (de quase 6 décadas de vida), aqui nos cometários do ®DOUG BLOG.
Retribuo o abraço e tenha uma boa semana!!!
Como nos dices todos tenemos dos lados opuestos y en ocasiones nos sale uno u otro. Cuando dos o mas personas se unen siempre saltan chispas que de no poner un punto intermedio no culminan el proyecto comenzado.
ResponderExcluirSaludos.
Tomás,
ExcluirLas relaciones humanas son de naturaleza compleja. Cuando abordamos las relaciones emocionales y amorosas, todo se complica aún más, porque algunas parejas suelen ser solo dos desconocidos bajo un mismo techo. Siempre debemos buscar el equilibrio.
Abrazos.
Olá amigo jornalista, professor Douglas. Gostei demais do seu texto, quanta verdade escrita.Só destacando um pedacinho, mas tudo se completa.
ResponderExcluir“Na vida, não são os opostos que se atraem... Mas sim, as diferenças que se completam!”
Amor só é bom, onde ambos são autênticos, e sabem lidar com os jeitos, trejeitos e maneirismos um do outro.
Gosto de ler você, as vezes quietinha, mas absorvo cada linha...
Feliz semana. Fica com Deus e cuide-se.
Beijos
Querida amiga Lucia,
ExcluirFico feliz com tua maneira sensível da leitura dos meus textos. Ler na introspecção é mesmo a melhor maneira de assimilação.
Também aprecio o teu modo de escrita e falo com franqueza, não só por educação.
O poeta português, “Fernando Pessoa” (um dos meus escritores favoritos), dizia que, escrever é nos esquecer na leitura. Acreditava que a literatura, é a maneira mais agradável de ignorar a vida. Afirmava, que a literatura simula a vida, pois, um romance, por exemplo, é uma história do que nunca foi. Na concepção de “Pessoa”, um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos, em linguagem que ninguém emprega, pois, no dia a dia, ninguém fala em verso. Ou seja, como bem escreveu “Fernando Pessoa” sobre o amor:
“Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor, se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo, cartas de amor, como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, têm de ser Ridículas. Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor, é que são Ridículas...”
Anda faltando amor no amor... Por consequência disso, algumas relações atualmente duram tão pouco.
Retribuo o teu carinho nas palavras, o desejo de feliz semana. Fique com Deus também e cuide-se!!! 🌹_(ヅ)/¯¯
Olá novamente amigo jornalista, professor Douglas. Gosto de Fernando Pessoa. Conheço esse texto.
ExcluirMesmo que não gostasse da minha maneira torta de escrever, ainda assim continuaria a lhe ler...
Realmente as relações estão durando bem pouco, infelizmente. Beijos meu amigo, continuação de uma ótima semana. Cuide-se!
Querida Lucia,
ExcluirAqui lhe dedico parte do “Poema Lúcia - Castro Alves”
“Na formosa estação da primavera
Quando o mato se arreia mais festivo,
E o vento campesino bebe ardente
O agreste aroma da floresta virgem...
Eu e Lúcia, corríamos — crianças —
Na veiga, no pomar, na cachoeira,
Como um casal de colibris travessos
Nas laranjeiras que o Natal enflora.
Ela era a cria mais formosa e meiga
Que jamais, na Fazenda, vira o dia ...
Morena, esbelta, airosa... Eu me lembrava
Sempre da corça arisca dos silvados
Quando via-lhe os olhos negros, negros
Como as plumas noturnas da graúna,
Depois... Quem mais mimosa e mais alegre?...
Sua boca era um pássaro escarlate
Onde cantava festival sorriso.
Os cabelos caíam-lhe anelados
Como doudos festões de parasitas...
E a graça... O modo... O coração tão meigo?!...”
Carinhosos Beijos!!!
Olha só. Que maravilha...
ExcluirSe não fosse pelos olhos negros, eu diria ser feito pra mim. Tudo bem, coloco uma lente de contato.
Brincadeira a parte. Castro Alves, poeta brasileiro, poeta dos escravos. Minha gratidão por esse poema. Beijo, cuide-se e uma boa tarde, amigo, jornalista, professor Douglas.
O seu texto, ao mesmo tempo filosófico e cheio de verdades que atingem as relações dos dias de hoje. Às vezes tenho a sensação que o desprendimento das pessoas é algo que se instalou nas sociedades que ao terem tanta coisa à sua disposição, nunca estão satisfeitas com nada. Não há relações perfeitas, é verdade. A tolerância é muito necessária para que tudo corra bem. Mas é isso que falta. Chega a haver violência já antes do casamento... Motivo de reflexão este seu texto, Amigo.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Amiga Graça,
ExcluirO ato de se relacionar é opção de cada um. Assim sendo, seja qual for o tipo de relacionamento que alguém escolha ter (dentro da sua vida), existirão com certeza, “dias de maré baixa e outras de mares bravios”. Tudo dependerá da época vivida na relação, pois como tu bem expuseste: “Chega a haver violência já antes do casamento”.
Como escrevi no texto: “...relacionamentos não são batidos a prego”. Ou seja: numa relação (guardadas as devidas individualidades), não pode existir sempre “ele e você”, é preciso assumir uma vida de casal, ou que fiquem solteiros (cada um habitando seus corpos), pois, como “alimentar com bons sentimentos”, relacionamentos que só trazem sofrimento? Muitas vezes nós seres humanos somos primitivos e masoquistas, vivemos de qualquer jeito com alguém, para não sentir solidão. Mas, como dizia minha saudosa e sábia, vó Lourdes: “Nunca gaste vela com mau defunto!” Quem estiver numa relação que não seja de companheirismo e compartilhamento de sensações, emoções e afetos, deve sair dessa relação, deixando o espaço livre (senão para um novo amor), para ao menos, tentar viver com alguém, que consiga lhe tratar da melhor maneira possível.
Retribuo o carinho nas tuas graciosas palavras, o desejo de boa semana com muita saúde e o beijo!!!
hoje passando para desejar uma fliz semana parabens bjs saude
ResponderExcluirBelinha, minha amiga... Aqui no ®DOUG BLOG a tua doce presença sempre será bem-vinda!
Excluir“As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.” (“Madre Teresa de Calcutá”)
Retribuo o beijo e cuide-se!!!
WOW!! Doug, my good friend...how accurately you have summed up the nature of relationships here!
ResponderExcluirTo me, the close relationship has always been something of a minefield! 😉
I never have quite got the hang of it. Feelings always seem to get in the way of the smooth running...and when they don't, then one or other of the partners seems to become bored!
When I was in my early teens, I had this naive image of "the perfect relationship". Now, I do understand that there is no such thing. Every relationship has to be worked at, and there has to be understanding and much give and take on both sides in order for it to endure.
To sum up, what IS the ideal relationship? And to be totally honest... I'm really not sure!😉😉
Another wonderfully thought provoking post...thank you so much!
Hope you are having a great day.
Sending you many Kisses xxx
My sweet Ygraine,
ExcluirRelationships have become a minefield and we ended up thinking that we deserved more, and we really always deserve the best. Whoever is content with little in love will receive leftovers.
But when do we know that someone is worth a lot to us? We are almost never satisfied with anything. But love can only be real, any minor feeling is another story.
Obviously I don't want perfect relationships, I get bored just thinking about everything right all the time. I learned to live with differences and even to admire them. But, definitely, in personal relationships it is not conceivable to always accept the halves, to be half loved, to have little attention in a love is to survive from the crumbs of a relationship destined to fail.
However, if we did not create personal and intimate bonds, children would not be born. So, let relationships be eternal while they last.
Many kisses for you, my beloved friend!🌹
Olá Douglas, amei o seu texto!
ResponderExcluirTambém concordo que não são os opostos que se atraem e sim
as diferenças que se completam!
Faço minhas as suas palavras de sabedoria.
Parabéns pelo texto.
Abraços e boa semana!
Querida Larissa,
ExcluirFico feliz em saber que comungamos da mesma maneira de pensar, o ato de se relacionar.
Cultura é para ser compartilhada e vivenciada. Faça sempre que quiser, as minhas palavra, tuas palavras.
Grato pelas felicitações sobre o meu texto.
Retribuo o carinho, os abraços e o desejo de boa semana!!!
Querido Amigo, li o teu texto com muita atenção e concordo com cada palavrinha que nele puseste. Estou casada há 44 anos, tenho dois filhos, um de 43 e uma menina de 38 que nasceram no Brasil para onde emigrei com 23 anos e onde fui muito, muito feliz. Podes depreender daqui que, para manter este relacionamento de tantos anos tem sido necessárias muitas conversas, muitos ajustamentos, briguinhas quanto bastem. Não vou dizer que tudo tem sido um mar de rosas, porque ssria uma mentira tremenda, até porque o mar não tem rosas e nem sempre admite que se brinque com ele; é como a vida, cheio de marés e há que aproveitar a maré baixa para nele nos deliciarmos. É errado pensarmos que um vai modificar o outro e, se no inicio do relacionamento pensamos isso, rapidamente chegamos à conclusão que, se não quisermos que o casamento acabe, temos que deixar que cada um seja como é; afinal, são dois individuos, como tal, diferentes, que, por se amarem resolveram caminhar juntos; é necessario que se saiba respeitar essa individualidade e que se acsitem as opiniões diferentes que cada um tem. A vida traz a todos grandes problemas que causam divergências e zangas, mas há que saber desculpar e pedir desculpas se for necessário ? Quando olho para as separações de hoje em dia, costumo dizer que, se agisse desse modo já me teria separado várias vezes. Concordo que há muitas coisas graves entre os casais e não resta outra solução senão cada um ir para o seu lado, mas há relacionamentos desfeitos por banalidades que seriam resolvidas com diálogo e compreensão; afinal, não há perfeição e a vida é feita de erros e acertos, Amigo, já me alonguei muito. Agradeco-te o tema, pertinente, ainda mais agora com esta pandemia; por incrivel que pareça, o isolamento, as quarentenas, causaram separações; pessoas há que não aguentam ficar o dia todo, durante vários dias com o parceiro/a. Como é isto possivel? Não entendo! Se um casal, nao consegue " aguentar-se " um ao outro, como poderemos imaginar um mundo sem guerras? Beijinhos, Amigo e SAÚDE para todos aí em tua casa.
ResponderExcluirEmilia
Amiga Emília,
ExcluirÉ um prazer lhe receber aqui ®DOUG BLOG. Pode escrever o tanto que for necessário, pois, eu sempre digo, que os comentários, são a extensão do texto.
O poeta alemão “Christian Friedrich Hebbel”, disse com muita propriedade:
“Rever-se, muitas vezes, é a autêntica separação!”
A amiga citou bem, este momento pandêmico (que desta vez, não incluí no meu texto), é um dos fatores do elevado índice de separações na quarentena. Na “China” (local onde surgiu o vírus), foram registrados recordes de divórcios, neste período. Acabou o “Festival da Primavera” e o “outono arrebatou os casais”.
Me arrisco a dizer, que esse tal de “Novo Normal”, será de relacionamentos à distância (estamos nos acostumando no ato de visualizar até os parentes - antes próximos - pelas telas do celular). Hoje todos abraços e beijos do Mundo, não nos parecem reais e nem seriam suficientes, para que os casais voltassem a se entender.
É como se a saudade inundasse os lares, de algo que os casais (muitas vezes), nem sabem o quê é? Ficar juntos é uma opção e não uma recompensa. Agora, se aguentar, se aturar, não é relação, é desespero de causa, do medo da solidão.
Devemos sempre questionar nossas limitações, saber escutar a outra parte (que não é oponente, antagonista e muito menos inimiga), até porque, não existe “casal do eu sozinho”... Então, conversemos mais!
Precisamos transpor as muralhas da vida, nos nossos relacionamentos sociais e pessoais. Creio que todo o progresso humano, é precedido por novas perguntas e muitas vezes, da certeza do vazio (principalmente dos casais), que se enfrentam e não mais se amam.
Grato pela deferência ao meu texto! Desejo-lhe muita saúde também e retribuo os beijinhos!!!
Olá, meu querido amigo Douglas,
ResponderExcluirO seu brilhante texto tão maravilhosamente comentado pelos amigos, é um retrato fiel do que estamos vendo acontecer entre os casais . Entendo que cada um precisa se ver de maneira individual, saudável, e não de forma individualista não se importando com o outro, sem os necessários diálogos para se aparar as arestas. Temos que lembrar que relacionamentos quando considerados uma fonte de bem-estar, são um importante fator de crescimento individual e de satisfação conjugal.
Como é bom te ler!!Te admiro, querido jornalista!
Beijos!!
Minha querida amiga Vilma,
ExcluirTodas as arestas existentes (entre os casais), são possíveis de ser aparadas, desde que ambos se permitam ser uno. Ou seja, não existe possibilidade de uma relação de duas pessoas diferentes, passar sem que um dia, algo deixe de ser suave entre elas, mas, só se supera os problemas juntos.
Tais “briguinhas” não podem e nem devem, levar os casais na “direção distorcida” das agressões verbais (agressões físicas, estas são inaceitáveis). É preciso saber preservar o valor de uma união equilibrada, mesmo diante de um momento de crise, porque, aquilo que adultera o amor, é a falto de respeito do par, pois, uma pequena picuinha, com o tempo cresce e corrói toda união.
Outro fator relevante para colocar fim nas relações, é deixar tudo cair na rotina, ficando ambos expostos ao mesmismo, dando cabo na satisfação conjugal.
Retribuo o carinho nas palavras, os beijos e cuide-se!!!
Querido Doug, li todo o texto e, prestando bastante atenção ao contexto, o que não foi nada dificil, devido à sua clareza invejável na sua forma de narrativa. Uma verdadeira aula para casais e, porque não, para aqueles que almejam uma vida a dois. Sem mais, compreendi e me deletei no texto bastante reflexivo. Grande abraço, Saudações alvinegras!
ResponderExcluirMeu bom amigo Beto,
ExcluirAs relações de casais e/ou conjugais, são constituídas por várias realidades distintas que interagem. O amor não sustenta um par dentro de uma relação pessoal/conjugal. O ato de permanecer casados, independe de existir amor, trata-se de uma realidade complexa, instável e intersubjetiva. Ou seja, muitas vezes, pessoas se unem, pelo simples fato de não ficar sozinhos, baseados na reciprocidade pessoal. Assim, casais convivem (nem sempre harmoniosamente), dentro do mesmo lar.
Retribuo o grande abraço. Cuide-se bem! Saudações alvinegras!!!