Das boas lembranças que eu guardo da infância, muitas delas estão relacionadas com as festas juninas, que como o nome sugere, acontecem durante o mês de junho, embora não seja incomum estas festas ocorrerem também no mês de julho.
Estes festejos, que ainda são uma das poucas manifestações culturais populares que sobrevivem nas grandes cidades brasileiras, se fazem presente em todas as regiões do país (especialmente no “Nordeste”) e foram trazidos para o “Brasil” por influência dos portugueses, no século XVI, pois, eram bastante populares na “Península Ibérica - Portugal e Espanha”, por isso, foram introduzidas aqui, após a independência do “Brasil de Portugal”, ficando de herança para nós, esta parte da cultura dos “nossos irmãos lusos”.
Alguns historiadores apontam, que a origem das festas juninas estão diretamente relacionadas as festividades pagãs, realizadas na “Europa” na passagem da primavera para o verão (momento chamado de solstício de verão), que no hemisfério norte, acontece exatamente no mês de junho. Estas festas eram realizadas como forma de afastar os maus agouros e qualquer praga que pudesse atingir as plantações.
As comemorações realizadas por diferentes povos pagãos europeus começaram a ser ligadas aos Santos, a partir do momento em que o Cristianismo se consolidou como a principal religião do continente europeu. Assim, as festas (originalmente pagãs), foram incorporadas ao calendário “Católico”, facilitando a conversão dos diferentes povos pagãos ao Cristianismo.
Outra festa que esta prática se repetiu, foi a comemoração do Natal (25 de dezembro), porém, nem sempre foi assim, até porque, a data só passou a existir, após o nascimento de “Jesus Cristo”.
Os festejos juninos são comemorados com intensidade, principalmente em “Campina Grande - Paraíba”, onde duram os 30 dias do mês, atraindo até 2,5 milhões de pessoas de todas as partes do Mundo (tudo na base de muito forró).
O ponto alto destas festas, é a dança da quadrilha, onde todos se vestem de maneira caricata (“caipira”). São comercializadas ao público delícias típicas, como: milho cozido, batata doce assada, pipoca, canjica, pamonha, mingau de milho verde, pé de moleque, doce de abóbora, arroz doce, “maça do amor”, variedades de bolos de milho, coco e amendoim, além do quentão (tradicional bebida a base de: gengibre, cravos da Índia, açúcar e cachaça). A fogueira, os fogos de artificio e os balões (apesar de serem contestados por muitos), também não podem faltar, pois, fazem parte das alegorias das festas juninas, juntamente com as bandeirinhas coloridas, as barraquinhas com comidas e jogos (com suas prendas), o pau-de-sebo, o correio elegante e por fim, o “casamento caipira”, pois, tudo isso mantém vivo estes festejos populares, tão gostosos de participar. Então, “Anarriꔹ
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ Palavra de origem francesa,(“an arrière” - que significa: para trás), que na quadrilha junina, é a voz de comando: “voltar todos aos seus lugares”.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “O Menino Maluquinho” (1980), criação do cartunista brasileiro: “Ziraldo” (24 de outubro de 1932 * falecido em 6 de abril de 2024).
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).