Ainda estamos cumprindo dias de quarentena, embora alguns menos ajuizados (cansados da solidão), resolveram “fazer amizade” com o vírus e tentar a sorte.
Da varanda do meu apartamento, todas às noites, avisto pelas janelas, alguns vizinhos assistindo TV, outros fumando seus cigarros (na madrugada que se anuncia), alguns acenam suas mãos, esperando um aceno de volta... São sintomas do “insulamento pandêmico”.
É até normal que nesta fase de desterro social (principalmente os nossos idosos), sintam-se encantoados, pois, a maioria dos “nossos velhinhos”, nem de informática são familiarizados.
Quem nunca se sentiu só, antes mesmo da pandemia? Muitos, mesmo estando cercados por “Maracanãs” repletos de pessoas ao redor, já tinham a solidão “batendo ponto” em suas vidas.
Estar só, não significa transformar tudo em uma novela mexicana e sim, saber observar que a solidão não faz vítimas fatais, o que faz vítimas fatais atualmente, é o vírus, mas, este é um caso da ordem de saúde médica-hospitalar e não de dramaturgia ou literatura.
A solidão machuca, deixa suas escoriações, mesmo quando decidimos ficar sozinhos (por vontade própria, na solitude), pois, nenhuma solidão é boa companhia, nem a social e muito menos a virtual, esta, imposta pelos modernos “Smartfones Touch Screen”, conectados nas “Redes Sociais”, que nos dão a falsa impressão de mantermos milhares de amigos. A Web nos permite até estar “nas nuvens”, sem a necessidade de um Céu sobre nossas cabeças.
Um estudo da “ONU - Organização das Nações Unidas”, revelou que a população global atual (2020), mesmo com tantas baixas pela “COVID-19”, é de: 8 bilhões de habitantes no Mundo. Então, como é possível crer que ainda exista alguém sentindo solidão, neste nosso Mundo tão empachado de gente? Mas, o pior, é que mesmo com tanta gente, existem pessoas à beça se sentindo só por aí.
A solidão acontece em abundância, pois, somos parte de uma engrenagem hipócrita, que vive de aparências sociais. Algumas pessoas incultas, preferem estar na companhia de gente ainda mais inculta que elas (mesmo que seja de modo virtual), para que assim, todos possam coexistir, sem ganhar nada com isso, porque, elas vivem fazendo de conta, nesta verdadeira “dança das cadeiras” sem fim.
Já abordei vários temas aqui no ®DOUG BLOG, entre eles: timidez. E hoje, mais uma vez eu afirmo, que nem as pessoas tímidas, gostam só da companhia delas mesmas, pois, como bem disse o poeta jacobita inglês, “John Mayra Donne” (22 de janeiro de 1572 - 31 de março de 1631): “Nenhum homem é uma ilha isolada!”
Baseado nesta frase, creio que a solidão só serve, para pessoas que querem se esconder de si mesmas, fazendo acrobacias para se manter longe das relações, que na cabeça delas, desafiariam até a lei da gravidade.
A solidão com o tempo só traz lágrimas e depressão (esta sim perigosa, pois, afeta a saúde da mente e do corpo), tornando a sensação de “tomar conta da própria vida”, em fracasso e desinteresse.
Momentos de introspecção são necessários em nossas vidas. Mas, introspecção e sermos seres solitários, são duas coisas distintas, pois, mesmo quando acreditamos estar muito bem acompanhados, inevitavelmente, um dia, parentes e amigos nos desapontam de alguma maneira e aí, começa aquele teatro, onde interagimos muitas vezes por educação (mas, isso cansa), até o dia, que nos excluímos (ou somos excluídos), até dos grupos de família do “WhatsApp”, por exemplo.
Imagine a seguinte cena: você entra em um restaurante, se senta, pede o cardápio, janta; pede uma sobremesa, come; pede um cafezinho, toma; paga a conta e vai embora. Todos ao seu redor pensam: “coitadinho, que pessoa solitária, jantando sozinho”.
Mas, estar só, pode significar tantas coisas. Você pode estar saindo de uma relação, pode estar de luto, pode estar trabalhando provisoriamente em uma cidade (que não é a de sua residência) e, em todos estes casos, você precisa comer, mesmo que seja de maneira solitária e, em nenhum destes casos a solitude é digna de pena.
Ou seja, não somos o quê pensam de nós, já basta este Mundo louco e pandêmico em que vivemos, onde quase nada de correto conseguimos observar ao nosso redor no momento. Tecer um elogio parece ser algo sofrido de acontecer, mas, uma crítica, está sempre “afiada”, fácil de sair da boca das pessoas. Mas, fofocas e maledicências hoje (como quase tudo no Mundo), são realizadas no “modo digital”, pois, muitos estão “entorpecidos pelo vício virtual”, muitos por vontade própria, outros tantos “adotados” pela quarentena.
Tem dias que a companhia mais fascinante que conheço, sou eu mesmo. Gosto de passar umas horas exercitando o meu “bate-papo pessoal”. Vocês que são pais/mães, observem os seus filhos, pois, crianças são especialistas nos “bate-papos interiores” (e não é à toa, que muitas vezes, sinto saudade daquelas boas épocas de menino, que vivi).
“Clarice Lispector” (10 de dezembro de 1920 - 9 de dezembro de 1977), disse: “... que minha solidão me sirva de companhia, que eu tenha a coragem de me enfrentar...” - o grande erro do solitário é este, não conseguir enfrentar a si mesmo (e ao seu degredo), de peito aberto.
Eu gosto dos encontros casuais, do que é súbito. Aprecio poder viajar pelo Mundo, andar por aí com a liberdade, de saborear o vento que bate em meu rosto e em meus cabelos prematuramente grisalhos. Gosto da companhia das boas músicas e dos muitos escritores (sempre meus cúmplices). Aí, neste meu “bate-papo interior”, eu começo a relembrar tudo que já vivi, das tantas pessoas que já estiveram ao meu lado e, sinto falta de muita gente... Pessoas que li e não conheci (mas, que adoraria ter conhecido), gente que amei incondicionalmente e se foi... Esposa, avó, mãe, pai e alguns amigos. Mas, de contrapartida, lembro de gente, que eu prefiro correr delas, igual ao “Forrest” correu no filme: (“Forrest Gump – O Contador de Histórias” (1994), pois, estas, são tão nocivas quanto ao “Novo Coronavírus”.
A solidão mesmo sendo uma expressão múltipla, ela é só um momento infeliz em nossas vidas. Assim sendo, estas frases do filósofo francês, “Paul Valéry” (30 de outubro de 1871 - 20 de julho de 1945), se fazem pertinentes: “Um homem só está em má companhia!” e “Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade!”
Ou seja: tenham calma meus amigos e amigas do ®DOUG BLOG, mantenham o equilíbrio (mesmo que introspectivamente), nestes dias de tamanhas incertezas (por mais difícil que isso possa parecer no momento), porque, um dia a solidão passará, porque, na vida, tudo é mesmo passageiro, mutável e perecível... E assim, um aceno de mão (vindo de um vizinho, pela janela e/ou sacada), vizinho este que você nem conhece... Ou um sorriso seguido de uma palavra positiva, podem salvar a solidão de ambos, deste “exílio de ensimesmamento” de todos nós.
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“Solidão Que Nada” (1987)
♫Cada aeroporto
É um nome num papel
Um novo rosto
Atrás do mesmo véu
Alguém me espera
E adivinha no céu
Que meu novo nome é
Um estranho que me quer
E eu quero tudo
No próximo hotel
Por mar, por terra
Ou via Embratel
Ela é um satélite
E só quer me amar
Mas não há promessas, não
É só um novo lugar.
Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão, que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão, que nada
Solidão, que nada.
Alguém me espera
E adivinha no céu
Que meu novo nome é
Um estranho que me quer
E eu quero tudo (tudo)
No próximo hotel
Por mar, por terra
Ou via Embratel
Ela é um satélite
E só quer me amar
Mas não há promessas, não
(não há promessas)
É só um novo lugar.
Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão, que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão, que nada
Solidão, que nada.
Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão, que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão, que nada.♫
°°°
♪“Solidão Que Nada”, é uma composição de: “Agenor de Miranda Araújo Neto - Cazuza” (4 de abril de 1958 - 7 de julho de 1990); “George Alberto Heilborn Israel” (16 de maio de 1960) e “Nilo Romero Filho” (1° de agosto de 1960).
Desesperado para aparecer o estupor da vacina!!!
ResponderExcluirAquele abraço
Caro Pedro,
ExcluirAlgo que não esperamos, aí é que nunca vem ou acontece mesmo. (segundo a “Lei de Murphy”), conhece???
Retribuo o abraço!!!
Meu jovem e sapiente Douglas, a solidão não é a falta de afeto, nem de amor, principalmente no mundo doente que vivemos hoje, com o distanciamento social ainda exigido, para preservar todos, principalmente os mais idosos. Mas é certo que não fomos feitos para a solidão, e só quem passa por ela, sabe das dificuldades. Sofrer de amor, diante ao sofrimento do esquecimento é distenso. O desamor pode ser fruto de estar com a pessoa errada, já a solidão é não estar com pessoa nenhuma, que tristeza! Todo sofrimento é ruim, toda dor é sintoma de sofrimento, onde cada vez mais, devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos, com discernimento, elegância, tolerância e bom senso. O amor e a solidão não são para os covardes. Quem fica em casa sozinho, só terá sua própria companhia, e isso por vezes é uma resposta de independência, mas para os que se deprimem é a morte. E aí, nobre mestre Douglas, ficamos com independência ou morte? Aprender a viver feliz, lamento informar, mas isso ninguém saberá dizer como é, mesmo estando com um homem/mulher ao lado. Eu sempre tenho a companhia da minha gatinha 'de Beauvoir', me entretenho aqui no Doug Blog, ou lendo um livro, conversando com minha filha, genro e netas pela internet.
ResponderExcluirCuide sempre da sua saúde, por que o vírus está mais solto que nunca. Cuide da sua saúde, para que possa cuidar de nós, com seus belíssimos textos. E os abraços você sabe, são sempre fraternos.
Meu caro amigo e professor Ruy,
ExcluirA tônica da vida é ter liberdade (ainda que tardia).
Sobre independência ou morte? Em dias pandêmicos infindos, a morte está vencendo a independência de (7 X 1), fazem mais de seis meses.
A introspecção é um ato puramente interior, já a solidão é um ato do descaso da coletividade. Se aprendemos algo com a solidão, é o desejo de não mais sentir-nos solitários.
Triste é saber que sentir-nos livres num cárcere não é possível, mas, sentir estar sozinho até no meio da multidão, é algo ainda pior.
Certo estava “Josh Billings” quando disse:
“Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada!”
Obrigado pelo carinho nas palavras! Cuide-se também e retribuo os abraços fraternos!!!
La soledad la elijo como compañera muchas veces, otra cosa es que me obliguen a estar sola en aras a protegerme. Abrazucos
ResponderExcluirEster,
ExcluirSí, lo que comentaste está totalmente en línea con el texto.
Buen retorno de vacaciones.
¡Abrazos!
Bom dia, Douglas! Estamos todos enfrentando dificuldade em "alguma ponta". Tempos difíceis certamente, mas é o que temos para o momento! Precisamos buscar formas de estar bem, distrair a mente e amornar o coração! Felicidades para você e sua família!
ResponderExcluirÉ vero minha boa amiga Jossara.
ExcluirMesmo quando tudo caminha para à beira do precipício, é melhor crer que estamos enganados.
Eu sou Católico, mas, por crer no “Estado Laico” de direito, vou citar algo que o Budismo difunde como ideal, que é crer que: “...tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor, pois, quando a alegria se torna tristeza e o bem em infortúnio, as almas mais pacientes, extrairão esperança, mesmo no momento de dor”.
Retribuo o desejo de felicidades e um carinhoso beijo para ti!!!
Douglas, teus textos sempre profundos e sabes bem abordar cada um dos temas...Há na solidão uma tristeza e há quem a sinta mesmo em companhia. Mas silêncios fazem bem, se não demorados. Gosto da interação entre vizinhos, passantes que todos anseiam por uma forma de carinho, de atenção, de saber que alguém os vê... Lindo sempre e tua imagem do prédio com a janela em movimento,nota MIL! abração,chica
ResponderExcluirAmiga Chica,
ExcluirSomos seres modernistas... Dos “quadrados que se expressam”, das telas que interagem (não telas de artistas), mas, dos anônimos e seus celulares!
Somos seguidores de “Alfred Hitchcock”, em nossas “Janelas Indiscretas” (onde batemos papo e panelas), onde acenamos... Onde respiramos fundo!
É como diz uma das minhas frases:
“Hoje sou um epílogo, pois, não aceito o fim!”
Tu és minha vizinha de janela (da blogosfera), assim, todo o meu carinho para ti! 🐞
Retribuo o abração e cuide-se!!!
Um tema que abre um leque de possibilidades.
ResponderExcluirSolidão ou liberdade? Você foi no fundo! E que maravilha de texto Douglas.
Porque mesmo estando rodeado de gente (em família) cada ser é solitário. Como bem escrevestes,estar sozinho pode ter tantas justificativas.
Sempre "falei sozinha" quando menina e ainda hoje, por morar em outro estado a trabalho,vivo só.
Desde cedo aprendi a apreciar minha própria companhia. E há dias que não teria ninguém melhor para estar comigo.
Nunca fui muito de sair,sou bem caseira. Mas adoraria poder viajar sem preocupações de voltar. Ver pessoas em todos os lugares do mundo... Quem sabe um dia .
Quando resolvi sair sozinha mais vezes,veio a pandemia. Meu último passeio sozinha foi em março. Fui ao cinema assistir Malévola,o filme novo.
Xeru via smartphone 😉🤗
Minha querida amiga Valdelice Maravilha,
ExcluirViajar agora (sem medo), só para “Marte via Saturno”. 😂😂😂
Sobre falar sozinho... Por mais este motivo, sou fã do “Batman”. O “homem morcego”, é aquele que luta pela liberdade de uma “Gotham pandêmica”. Um ser uno e indecomponível, que não pode ser excluído do “grupo de família do WhatsApp”, pois, não possui família... 😂😂😂
É o herói sem poderes sobrenaturais e, por isso mesmo, é quem mais faz ponderações solitárias.
Agora, sobre o teu “Smartphone”, mantenha o “bichinho” longe da água, pois, celulares são iguais aos gatos. 😸😸😸
Retribuo o “XERU - Direto da Liga da Justiça” 😉
Querido amigo Douglas, gosto muito desse tema, pode ter várias abordagens.
ResponderExcluirPenso que o problema do solitário não é falta de diversão. É um estado de espírito, por vezes triste, o qual as pessoas acometidas não conseguem resolver. Porém nada tem a ver com querer seus momentos agradáveis, de querer estar a sós. Isso é por opção, inclusive para criar, escrever, pintar, ler... Seja pelo motivo que for, a solidão assusta, deprime e deve ser pensada para poder, no mínimo, ser apaziguada. E não é um batalhão de amigos e inúmeras viagens e diversões que removerão os problemas e as carências de um ser solitário. São pessoas que se conformam com a situação e assim prosseguem dentro de um quadro de infelicidade. Não porque querem, mas porque o solitário já desacredita das amizades e de alegria. Desacredita de si e de uma vida afetiva. Todo cuidado é pouco para que algo mais grave não se instale, como uma das epidemias do século XXI: Depressão. É a mesma coisa do que dizermos para um depressivo que a vida é bela, que a pessoa é linda e tem tudo na vida. Isso de nada adianta porque o problema é químico. E numa pandemia dessa envergadura, o problema se multiplica.
Dá o que pensar o que diz o dramaturgo Eugene O'Neill (1888/1953):
A Solidão do homem não é nada senão o medo da vida…
Beijo, uma boa semana!
Minha querida Taís,
ExcluirA solidão sente-se de várias maneiras, mas, a pior delas, é quando sentimos nas “cercanias da vida”, pessoas cheias de VAZIO... Na alma e no coração.
O simples ato de alguém levar o cachorro para passear (o cão para fazer suas necessidades) e o dono do cão, para se mostrar aos vizinhos, para marcar presença neste condicionamento social que vivemos... Para sentir não estar só, diante do todo.
Como disse no texto: momentos de introspecção são necessários em nossas vidas. Mas, introspecção e sermos seres solitários, são duas coisas distintas. A pior coisa da vida não é ficar sozinho, é estar acompanhado de gente corrosiva.
Sobre “Eugene Gladstone O'Neill” (que recebeu o “Prêmio Nobel de Literatura” - 1936), foi um grande pensador, com uma mania semelhante ao nosso “poetinha Vinicius de Moraes” (escrever dentro de sua banheira), acompanhado de um bom “Scotch”.
Retribuo o beijo e boa continuidade de semana para ti também!!!
Querido amigo Douglas Melo.
ResponderExcluirPara quem já vivia de quarentena e sem vida social, só mudou o protocolo.
Solidão faz parte, e não vira uma novela mexicana, eu não aprecio novelas.
A diferença que causou foi ter medo o pegar Covid, desemprego e ter que usar uma máscara impedindo aquele que se esforça todos os dias para se manter inteiro e vivo, mas também faz parte usar para não se contaminar. Pois estamos todos como seu emoticon da barra lateral super assustado, com uma lista imensa de preocupações e poder só contar com Deus.
Vamos esperar dias melhores.
Solidão, que nada.
Isso passa.
Bom fim de semana. Beijos!
Querida amiga Maria,
ExcluirGosto de ti, exatamente por lhe ver sempre “antenada” nas novidades do DOUG BLOG... (Este “Emoticons” da barra lateral, está mesmo bem assustado com à “COVID-19”... Mas, está também de olho em ti) 😉
Protocolos (será que alguém entende eles?) - Estimativas da “OMS”, apontam que uma em cada quatro pessoas no Mundo, estão depressivas por conta deste vírus maligno (mesmo seguindo todos os protocolos de segurança, hábitos de saúde, limpeza e asseio pessoal).
O “dramalhão da novela mexicana”, não é referente ao amor não correspondido, mas sim, ao medo do desemprego e da perda da saúde, citado aqui por ti.
Após está pandemia, teremos que verificar qual o real impacto que o vírus deixou em nossas vidas.
“Tá osso com sal grosso!” E não existe sistema nervoso que dê conta de tanta “Salmoura”.
SOLIDÃO QUE NADA MESMO!!!
Retribuo os beijos e o desejo de bom final de semana!!!
Querido amigo Douglas, bom texto que nos faz refletir sobre solidão e estar sozinho, pois podemos sentir solidão mesmo rodeado de pessoas.
ResponderExcluirAndo trabalhando bem toda essa situação, amo me relacionar, mas sabendo que agora não dá, vou indo saindo só quando é necessário.
Seguiremos, não tem outro jeito, os cuidados ainda precisam ser tomados!
Amei ler aqui e deixo muito carinho e abraços apertados, sempre!
Amada amiga Ivone,
ExcluirO fantasma da solidão não tira o sono apenas em tempos pandêmicos. Faz tempo que o ser humano se faz antissocial. E ser antissocial é diferente de ser reservado.
Antes da “Covid-19”, vivíamos no Mundo do: “todo mundo diz que se visita e ninguém se vê” - que na “blogosfera” (para muita gente), acontece assim: “só te visito se você me visita”.
Eu só vou na casa de quem estimo e isso é assim também, com os “blogs”. Não vou ficar “batendo ponto” em círculos sociais, pelo fato da maioria fazer desse jeito, para não sentir solidão.
Tolos são aqueles, que vivem na vã tentativa de ser ativos com todo mundo, acreditando que serão percebidos... Isso não existe. Só sendo ninja, para estar o tempo todo em todos os lugares e em todos os “blogs”.
Para ti, todo o meu carinho, respeito e afeto.
Retribuo os abraços sempre apertados!!!
ResponderExcluirA Pandemia veio para ficar. "Nasceu" para matar. A máscara veio para ficar. Não pensar assim é ir ao encontro da morte e, sujeitar outras pessoas à morte. E existe tanta gente irresponsável...
.
Cumprimentos
Meu caro Valério,
ExcluirConcordo em gênero, número e grau com o amigo. Esta pandemia não nos deixará de maneira simples (não será só uma vacina a solução). Precisaremos rever tudo que engloba o ecossistema, quanto mais o homem afetar a natureza, mais ela se defenderá contra nós. A mutação do vírus está aí e, é desconhecida pela ciência.
Um abraço e cuide-se!!!
Olá Doug, parabéns pelo texto escrito muito bem escrito!
ResponderExcluirAntes que me esqueça,a primeira ilustração está linda, solidão na companhia de um animal, livros, uma bebida quente, conforto...É um privilégio.
O tema solidão tem tantas variáveis e é muito pessoal, particularmente aprendi a lidar com meus momentos de solidão, aprendi que sentar em uma mesa para comer sozinha, sem me incomodar com o que os outros pensarão a meu respeito, é liberdade. Quando era jovem padecia dessa doença 'o que os outros vão pensar", faz tempo já me curei, com muita reflexão.
Entendo que quem tinha vida social bem ativa antes da pandemia foi difícil, mas a ponto de sair por aí feito um louco para socializar não me parece racional diante de uma pandemia ainda não controlada.
Há que se ser racional neste momento, mas isso é opcional.
Adorei as reflexões que o texto me trouxe!
Abraço e bom final de semana!
Amiga Dalva,
ExcluirTu és biscoito fino! 😉
Viver seja só ou acompanhado, é saber colecionar “retratos do que se vive” todos os dias. Cada imagem que nos é apresentada, se torna em cabelos brancos, somados com sorrisos e lágrimas (como pano de fundo), tudo junto, neste motocontínuo, que é ainda estar vivo.
Aprendi que devemos viver cada dia encontrando pureza e beleza nas coisas singelas (como citou: na primeira ilustração mostro SOLIDÃO, na companhia de um animal, livros, uma bebida quente, conforto... Um privilégio).
Mas, isso que digo, nada tem de poesia, não é nada teórico e sim, é prática de vida, de quem sabe observar ao redor e entender vultosidade nas pequenas coisas.
Não existe nada melhor que um dia vivido com sonhos sonhados e realizados, mas, os sonhos não realizados, nunca devem ser descartados.
Acima de tudo, aprendi que na vida, o melhor é saber saborear livros e mais livros, pois, livros só não são bons companheiros, das cabeças fatigadas. Porém, eu sei, que nos mantermos ZEN em tempos pandêmicos, é tarefa hercúlea, mas, dizer à um jovem viúvo que à “COVID” é o pior que já vivemos, lamento dizer, não é mesmo... Pois, como diz Caetano Veloso:
♪...Cada um sabe a dor e a delícia, de ser o que é...♪
Retribuo o carinho das tuas palavras, o abração e o desejo de bom final de semana!!!
Ola!Boa matéria.As vezes é melhor a companhia dos pets, ou de um livro.Eu amo a solidão.Abraçosss
ResponderExcluirÉ vero amiga Cristina,
ExcluirNão há como saber qual é o lugar mais seguro neste Mundo pandêmico?
Assim sendo, “a melhor receita”, é estar em boa companhia... Seja cuidando de seu “animalzinho”, lendo um bom livro, ou até mesmo praticando “Narciso”.
Retribuo os abraços e cuide-se!!!
Existe gente boa da cabeça ficando doente. E gente fodida da cabeça ficando mais fodida ainda. E não é nem o começo, INFELIZMENTE!
ResponderExcluirProfundas reflexões, Doug. Sinta meu abraço caloroso! Não estamos sozinhos... Nascemos assim.
Beijo!
Carol, Bom lhe ver aqui no DOUG BLOG!
ExcluirComo diria Chico Buarque:
♪Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor. O amor que já não existe...♪
O afeto que se têm de si mesmo, por vezes, não exerce nada de poético em nossos dias. Assim como ninguém ama sozinho, também necessitamos de uma mulher para nos gerar. Agora, se nossas relações futuras (pós-ventre), se tornarão em “ataraxia e repulsão”, são sintomas de um Mundo donte, por um vírus pior que à “COVID-19”, chamado DESPREZO.
Estar só, nem sempre é o mesmo que não ter ninguém, pois, somos valiosos exatamente por sermos únicos. E isso só se desprende de nós, quando se torna um mero clichê.
Retribuo os teus beijos e fica bem!!!
Olá Sr. Jornalista Doug
ResponderExcluirQue escrever sobre seu texto?
Gostei e nada acrescentarei
Cuide-se!!
O bichinho (COVID19) ainda está a espreita, se finge de amigo, e depois...Bem! O depois já sabemos.
Beijos e um feliz final de semana
Amiga Lucia,
ExcluirMinha saudosa vó Lourdes, sempre dizia com sabedoria:
“Para bom entendedor, meia palavra basta!”
Assim sendo, tua presença aqui no DOUG BLOG, já é tua resposta, estando na companhia do meu texto e artes. 😉
“STOP COVID!” e “SOLIDÃO QUE NADA!”
Retribuo os beijos e o desejo de bom final de semana!!!
La soledad creo se nota mas en grandes ciudades que prácticamente no conoces al vecino de enfrente. En los pequeños pueblos en caso de estar enfermo lo sabe rápido el que vive a 200 metros de su casa.
ResponderExcluirSaludos.
Es una gran verdad amigo Tomás, la vida en el campo es más pacífica. Recuerdo los momentos en que visité la finca de mi abuela (en mis buenos días de niñez), cuando la puerta de su casa siempre estaba abierta, lista para recibir a familiares, vecinos y amigos.
Excluir¡Un abrazo!
Caro Douglas, na minha opnião a solidão as vezes pode fazer bem pois nos leva ao autoconhecimento. Esse vírus ate trouxe algo de bom : unir a família em casa. Mas tomara que cada um não esteja no seu quarto em vidrados em seus celulares e tablets.
ResponderExcluirGrande abraço, amei seu texto...
Querida amiga Larissa,
ExcluirPrimeiramente, fico feliz que tenha amado meu texto! A recíproca é verdadeira.
Sobre o teu comentário... A introspecção, como disse no texto, se faz necessária em nossas vidas (pois, traz autoconhecimento). Mas, introspecção e sermos solitários, são duas coisas muito diferentes.
Quanto a melhoria das relações familiares, a pandemia foi “uma faca de dois gumes”, para os casais (segundo pesquisas da: Agência Brasil/EBC - agenciabrasil.ebc.com.br), foi registrado no país, aumento de 18,7% nos divórcios, durante o período de (março até julho/2020).
E estar vidrados nos “Smartphones”, isso já ocorria na maioria dos lares, mesmo antes da pandemia. OREMOS!!!
Retribuo o grande abraço e cuide-se!!!
Belo texto, amigo Douglas!! A solidão doi, mas ela tem faces que nos leva a reflexões. Certa vez escrevi uma prosa poetica: "De caso com a Solidão" e encerro dizendo:
ResponderExcluirPermitir-se só, sem ficar de fora do que se tem por dentro, num estado de ponte interior para se fazer travessias ao longo do tempo, é saudável e necessário, pois se a solidão por vezes nos retrocede também nos alavanca ao encontro da pedra polida da nossa própria história.
Adorei o seu texto, aliás você sempre transmitindo com máxima clareza!!
Tenha um ótimo final de semana!
Beijos!
Minha querida amiga Vilma,
ExcluirComo diz uma das minhas frases:
"A solidão é uma batalha quase perdida para nós mesmos!"
Solidão é uma sensação dúbia... Uns vivem, outros passam por ela, mas, gostar da solidão, não creio ser possível.
Porém, é certo que os momentos de introspecção (e não de solidão), nos “impulsionem de encontro a pedra polida da nossa história”.
A solidão é a coleção de profundas tristezas, somadas a sensação de vazio... Mas passa!
O isolamento opcional, é o sustentáculo de incertezas e medos. O erro do solitário, é achar que o “sentimento” de solidão está atrelado ao fato de não ter, ou não querer uma companhia em sua vida.
Já “Depressão”, são outros quinhentos, esta imobiliza a pessoa em querer realizar algumas atividades com outras e com o Mundo, não por vontade de ficar só, mas sim, porque sente-se tolida e desacreditada de tudo e de todos.
Fico feliz que tenha gostado do texto. A recíproca é verdadeira.
Retribuo o desejo de ótimo final de semana e os beijos!!!
Muito boa a sua postagem, toda ela recheada de motivos de reflexão.
ResponderExcluirMas a verdade é que este confinamento vai deixando muitas pessoas depressivas e agarradas a uma solidão tremenda...
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Amiga Graça,
ExcluirA solidão não é um estado de isolamento optativo que causa estresse então e somente. É com certeza uma sensação de vazio que provoca grande dor emocional ao solitário.
Tentar provar por A+B (através de pesquisas e estudos), quais tentam mostram que a solidão não segue o mesmo caminho da depressão, é muito relativo, pois, estudos/pesquisas realizados antes da pandemia, caíram por terra.
Concordo quando disse: “o confinamento vai deixando muitas pessoas depressivas e agarradas a uma solidão tremenda.” — Mas, esta fase vulnerável que ainda vivemos hoje (com fé e bom senso da maioria), irá passar.
Retribuo o desejo de boa semana com muita saúde e o beijo.
Olá, meu querida amigo Douglas!
ResponderExcluirHá tempo que não te visitava.
Vim hoje e o tema, bem o tema, o tema...
Voltarei para colher pétalas, muitas pétalas, pois até nas tuas respostas aos comentários eu as detetei.
Voltarei porque gosto da tua companhia.
Beijo, fica bem.
Querida Teresa,
ExcluirPara nós jornalistas, fugir do frio estando sobre um iceberg é impossível. Todos os assuntos “beijarão na boca da Covid” por um bom tempo, pois, este namoro (infelizmente) está só no começo.
A fase atual é dolorosa... Mas, a solidão nunca esteve em segredo, porque nasceu antes mesmo do “Novo Coronavírus”.
Até as mentes mais equilibradas e brilhantes, estão passando por esta solidão arbitrária, sem nada poder fazer... E não existe sensação pior que a solidão, somada ao ser tolido do livre-arbítrio (tudo por conta de um vírus repentino, exterminador de vidas e sonhos).
Venha quando sentir vontade ao DOUG BLOG... Aqui sempre será também tua casa.
Retribuo o beijo! Fica bem também e cuide-se, pois, o vírus não tira férias!!!
Bom dia querido Douglas,
ResponderExcluirLi e reli e amei seu precioso texto, seus pensares me lembram o Leandro Karnal, concordo plenamente com tudo que li, primeiro sobre a frase impactante sobre as origens, há pessoas que só lembram de Deus na hora do desespero, ainda bem que ele não é vingativo.
Sobre o texto : Tantas pessoas que há tempo vivem solitárias sem estar sozinho preenchido de indiferença e egoísmo e culpando o confinamento, outros pirando por alegando falta dos familiares, mas, em tempos atrás foram esquecidos do entes queridos, eita complexidade humana difícil de digerir.
Agradeço ao meu Deus por me proteger de tantas mazelas psicológicas e reais, o confinamento me rendeu diversos poemas, a poesia dormia comigo e acordava no PC.
Pra você tiro o chapéu e aplaudo de pé.
Menino, desculpa minha ausência por aqui, imagine uma vovó cheia de afazeres que abarrotam a mente, nem tenho tempo de pensar no Covid, embora com os devidos cuidados.
Um bj de primavera pra florir seu coração
Minha Querida amiga (e vovó) Diná,
ExcluirÉ sempre bom lhe ter aqui no DOUG BLOG.
Sobre minha frase:
“Conheço muita gente que acredita ter evoluído dos macacos, mas, que na hora do aperto, dobraram seus joelhos no chão, clamando: 'Valha-me Deus!”
A linha de raciocínio é simples... Vivemos em um Mundo doente, mas, não só pelo vírus, mas, também por muita intolerância e hipocrisia.
Tem uma outra frase minha que diz:
“Melhor que ter uma opinião, é poder mudar de opinião!”
Não sei porque algumas pessoas, ficam batendo no peito dizendo: “Eu nasci assim e vou morrer assim!” A vida é cheia de desafios e percalços, mas, é também cheia de possibilidades e soluções, que precisam ser tomadas, conforme se apresentam. Ser de um jeito só, incapacita qualquer pessoa no ato de tomar decisões. Daí, no momento do aperto: “Valha-me Deus!”
Sobre o Leandro, que é um mestre e historiador de primeira linha, um cara que também “dedilha seu piano” (não profissionalmente), só me envaidece sua comparação... E vaidade na medida certa, não é “pecado”. PECADO, são quase 140 mil mortes de brasileiros, pela “COVID” e de quase um milhão no Mundo.
Obrigado pela visita, pelo carinho nas palavras, por “tirar o chapéu e aplaudir de pé” o meu trabalho, aqui no DOUG BLOG.
Retribuo o beijo primaveril e como diz a bela canção do “grupo IRA! - Flores Em Você” (1986)
♫...Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer
Que vejo flores em você...♫
Bentornato Doug!
ResponderExcluirOlga,
ExcluirDOUG BLOG è anche casa tua.
Passa un buon fine settimana.
Baci!
A solidão é tão triste nem quero imaginar
ResponderExcluirQuerida (mamãe) Daniela,
ExcluirFaço minhas estas palavras do grande “Fernando Pessoa”...
“Não tenho ambições nem desejos; ser poeta não é uma ambição minha; é a minha maneira de estar sozinho!”
Vi que criou um novo blog... Você não está só 😉
Querendo voltar a seguir o DOUG BLOG, sinta-se à vontade.
Beijos! Cuide-se!!!
Olha, essa solidão não é moleza. Desde que a quarentena começou tenho procurado "estripulia"( como se diz no Nordeste), conversando com os amigos no whats, fazendo live no face, conversando com outros no aplicativo no Zoom. Eu sei que não é a mesma coisa, mas já dá uma ajudinha né? Rsrsrsrs!!!!
ResponderExcluirÓtimo sábado pra você!
www.vivendolaforanoseua.blogspot.com
É vero Gisley,
ExcluirUma “estripulia” na medida certa, ajuda bem! 😉
Pois, como bem disse “Fernando Pessoa — Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”
Beijos e ótimo sábado para ti também!!!