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A partir dos anos 50, o “Fusca” começou a ser importado da “Alemanha para o Brasil”. No dia (11 de setembro de 1950), desembarcavam no “Porto de Santos - SP”, 30 “Volkswagens”¹, que permaneceram por lá (em exposição), só por alguns dias. O sucesso foi tão grande, que os veículos que eram avaliados em: R$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros), foram vendidos pelo extraordinário valor de: R$ 60.000,00 (sessenta mil cruzeiros), cada “carrinho”.
Assim sendo, eu um homem de 1,92m., vou tentar explanar sobre um “velho amigo meu”... O “Fusca”. Sim amigos e amigas do ®DOUG BLOG, mesmo com todo o meu tamanho, eu cabia “quase que confortavelmente”, dentro deste simpático veículo, que completaria hoje (11 de setembro), 67 anos de “Brasil” (1950 - 2017). Mas, os seus últimos exemplares por aqui, saíram da montadora “Volkswagen” em (1996), nos longínquos 21 anos de paralisação da montagem do veículo.
A história do “Fusca” começa em (1934), no “Salão de Berlim”, onde “Adolf Hitler” (20 de abril de 1889 - 30 de abril de 1945), anunciava que: “Carro não tem que ser um privilégio exclusivo dos ricos”. Assim, confiou a tarefa de construir um carro popular a “Ferdinand Porsche” (3 de setembro de 1875 - 30 de janeiro de 1951).
O “Fusca” foi batizado a princípio pelo “Führer - Adolf Hitler”, de: “KDF-Wagen”, que também opinou em várias de suas características, como: boa velocidade, baixo consumo de combustível, durabilidade e preço popular. Só não foi mencionado o conforto, pois, isso o “Fusca” nunca teve mesmo, em nenhuma de suas versões.
Mas, o bom e velho “Fusquinha”, mesmo sem ser um carro confortável, sempre foi um carro confiável (pois, o meu nunca me deixou na mão). O “Fusca” tem o designer mais famoso de todos os tempos, porque, quem vê um “Fusca” na rua, seja que idade tiver, logo diz: - “Olha lá um Fusca!”
Em (1942), em plena “2ª Guerra Mundial” (1939 - 1945), o “Fusca” se transformou em um veículo útil nas estratégias bélicas de “Hitler”, pois, o “carrinho” atendia bem as necessidades de transporte, que aguentasse os trancos de uma batalha e, que transportasse com rapidez os soldados e demais militares de um lado para outro, em solos desnivelados pelo bombardeamento de guerra. O pior, é que as guerras desnivelam bem mais do que locais ou paisagens... Elas acabam física, moral e psicologicamente com civis e militares.
Mas, a conversa aqui não é guerra e sim, “Fusca”. E não me venham com essa coisa de “New Beetle” (nova versão do “Fusca”), pois, isso é só um novo tipo de automóvel, mas, não é um “Fusquinha”. Até porque, “Fuscas” só existiram dois... O “Fusquinha de 1.300 CC” (cilindradas) e o “Fuscão Fafá de 1.500 CC” (aquele com dois grandes faróis na traseira). Estes foram denominados de “Fafá” (só no “Brasil”), pois, os seus faróis traseiros, lembravam os fartos seios da cantora “Fafá de Belém” (9 de agosto de 1956).
Qual homem de mais de 40 anos não teve, ou já dirigiu um “Fusca?” Todos nessa faixa etária (que saibam guiar um automóvel), já passaram por esta experiência (tendo ou não habilitação). Eu tive o meu “Fusquinha” (verde alface), o famoso “marmita”. E por que “marmita?” Porque, todas mulheres que entrassem dentro dele eram “comidas”. Esta era a fama do meu “carrinho” (na época da Universidade), mas, dizer isso hoje dessa maneira, é machismo e nada “politicamente correto”.
No cinema temos o “Fusquinha” branco, “Herbie” (com o número 53 “tatuado” em seu capô). Este possante carrinho de corrida, fez o “Fusca” ficar famoso no Mundo inteiro. Então, a expressão “carro do povo”, está muito correta, pois, o “Fusca” sempre foi mesmo um carro popular e economicamente barato de se adquirir.
O meu “Fusquinha verde”, nunca amadureceu e se transformou em numa reluzente “Ferrari vermelha”... E nem eu queria isso. Gostava do meu “carrinho” de bancos de couro bege, com câmbio onde havia um desenho de caranguejo dentro da bola da passagem da marcha (coisa cafona, eu também acho), mas, era tudo original de fábrica, inclusive o “volantão” de resina bege, que eu troquei por um moderno “volantinho de madeira envernizada”, com beiradas de borracha antiderrapante, coisa do típica dos primórdios da “Fórmula 1”.
Que eu saiba, o “Fusca” é o único automóvel que tem o motor na traseira do veículo e o porta malas (se é que podemos chamar aquele pequeno espaço de porta-malas?) - na frente do carro. E a “cereja do bolo do Fusca”, são suas calotas cromadas (nas rodas), para não deixar os parafusos aparecerem (coisa de quem é discreto e cheio de charme). Os retrovisores também são cromados e flexíveis. O “Fusca” possui ao lado dos vidros dianteiros (motorista e carona), dois vidrinhos quase triangulares (conhecidos como quebra-vento) e tem ainda, aquelas alças de descanso de mão (nas laterais dos bancos traseiros), para os passageiros dos cantos (caso sentissem vontade), poder segurar.
“Ah se o meu Fusca falasse!” Ou melhor, acho bom que ele não diga nada, pois, muitas das minhas (vamos dizer assim), “namoradas”, hoje já devem estar casadas, com seus filhos crescidos. Filhos estes, que jamais terão o prazer de guiar um “Fusca zero Km”. Eles podem até conseguir guiar um “Fusquinha” em bom estado de conservação, pois, os donos de “Fuscas” (em sua grande maioria), são vaidosos com os seus “carrinhos” e, por isso, cuidam bem deles, quais estão sempre prontos para as ruas e estradas... Estradas aliás, muito maltratadas aqui no “Brasil” (apesar de existirem tantos pedágios), muito parecidos com os solos desnivelados pelo bombardeamento de guerra de “Adolf Hitler”.
Mas, a conversa aqui (que antes não era sobre guerras), agora também não é sobre o desmando e a omissão governamental no “Brasil” e, muito menos, é sobre os impostos cobrados, para a manutenção das estradas brasileiras. O assunto em voga, é o bom e velho “Fusca”. Então, concluindo o que eu dizia (sobre nossa juventude), mesmo que um “Fusca caia nas mãos de um jovem”, ele não irá gostar desta experiência, pois, se “nossos jovens” podem guiar os carros e “utilitários” automáticos, das montadoras coreanas, japonesas, francesas, americanas e alemãs (inclusive com carros modernos da “Volkswagen”), porque, haveriam de gostar do bom e velho “Fusquinha de guerra?” - eles deveriam gostar justamente por isso, por eles serem bons e velhos, assim como são os nossos queridos avós e muitos dos nossos pais, que um dia também já dirigiram um “Fusca”.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Volkswagen” no alemão significa: “Carro do Povo”.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).