É inacreditável como passam novelas na TV aberta brasileira. E tem novela para todos os gostos e em vários canais. Tem das péssimas novelas mexicanas (exibidas no “SBT - Sistema Brasileiro de Televisão”), passando pelas “bíblicas”, da “Record”, do “Pastor Edir Macedo” (18 de fevereiro de 1945) e até às “velhas novelas”, que a “Rede Globo” diz que: “Vale a Pena Ver de novo” (Mas será que vale mesmo?) Eu como não gosto de novelas, acho que passar reprises é pura falta de opção, nas grades de programação das emissoras de TV, só para preencher os horários da tarde, pois, se a “Rede Globo” passa novelas inéditas praticamente o dia todo (numa espécie de “Malhação” de novelas), então, para que repetir novelas velhas, tendo em vista, que já existe um canal próprio (por assinatura), na emissora para isso: “VIVA”.
E onde estão as feministas nesta hora, que não reclamam deste monte de novelas jogadas em nossos lares? Acho que elas estão todas entretidas nas “Redes Sociais ou no WhatsApp”, causando, polemizando.
O pior é que até nesta “guerra dos sexos” (que por sinal é nome de novela), tudo ficou sem graça e sem sentido hoje em dia, pois, a antiga briga pelo domínio do controle remoto (para saber se a TV ficaria ligada no futebol ou nas novelas), deixou de existir, por dois motivos: primeiro, porque, hoje em dia, em todas as casas encontramos mais de um aparelho de TV (e TVs modernas, não aquelas de tubo da época da vovó); em segundo lugar, porque, o futebol na TV aberta só começa após a novela das 21 horas (que um dia já foi conhecida como “novela das oito”). Aliás, esta era a única novela do dia, e por assim ser, as pessoas esperavam com ansiedade e deixavam tudo que estavam fazendo, só para assistir a exibição do capítulo. Se fosse o último capítulo então, aí às cidades ficavam desertas. Mas, isso foi nos idos tempos da “brilhante” (que é nome de novela) “Janete Clair” (25 de abril de 1925 - 16 de novembro de 1983).
E nem vou entrar no mérito das TVs por assinatura, ou nas facilidades do “YouTube”, que nos proporcionam muito mais opções do quê novelas para assistir (pois, novelas na Web, ficam na “Porta dos Fundos”). Me refiro, ao que ainda é mais ou menos gratuito em nosso país... Digo mais ou menos gratuito, pois, mesmo para assistir a TV aberta, você precisa consumir energia elétrica e a pilha do controle remoto.
“Eu só sei que nada sei, sobre novelas”¹. Novelas são tão chatas, que os autores “enchem linguiça” por capítulos e mais capítulos e, no último e derradeiro capítulo da trama, correm com a história feito uns loucos, colocando aquela legenda irritante na tela: “Alguns anos depois...” - e a novela pula décadas em frações de segundos. A melhor opção quando isso acontece, é pegar o controle remoto e ficar “zapeando” pelos canais, onde veremos uns vendendo utensílios para o lar, outros vendendo jóias, tapeçarias, quadros, até cavalos e bois se pode comprar no conforto do sofá da sala... Já outros canais dizem “Amém! e Aleluia!” - fora os fatídicos programas policiais, que conseguem ser piores que os vários programas do: “Ratinho”², que preenchem a semana toda, na TV do “patrão - Silvio Santos” (12 de dezembro de 1930 * Falecimento: 17 de agosto de 2024).
Além do mais, se você perder o último capítulo da novela, não se preocupe, ele será repetido no dia seguinte... E algum tempo depois, a trama completa volta, antes do filme “mil vezes repetido” da “Sessão da Tarde”.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ A frase: “Só sei que nada sei!” ou “Sei uma coisa: que eu nada sei!” (originalmente do latim: “Ipse se nihil scire id unum sciat!”, é uma possível paráfrase de um texto da narrativa de “Platão” (428/427 a.C - 348/347), sobre o filósofo “Sócrates” (469 a.C. -399 a.C.).
² “Carlos Roberto Massa”, mais conhecido pelo apelido: “Ratinho” (15 de fevereiro de 1956), é um apresentador de televisão, empresário, humorista, radialista e ex-político brasileiro.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).