Como muitos sabem, eu residi alguns anos no “Japão” (a trabalho). Este belo país, possuidor de cultura milenar, centenas de pontos turísticos, muitas curiosidades, particularidades e peculiaridades, oriundas de um povo organizado, cordato, gentil e inteligente.
O que vou relatar aqui no meu texto de hoje no ®DOUG BLOG, tem muito a ver com as superstições dos povos da Ásia, principalmente dos japoneses, pois, desses conheço mais informações.
Sabe aquela expressão: “Ficar de quatro por alguém?”... Pois bem, os asiáticos nunca ficam de quatro por ninguém. Calma, eu explico, não vamos tirar conclusões precipitadas contra os japoneses. A questão é, que não só no “Japão”, mas, como em outros países asiáticos (principalmente os da “Ásia Oriental - China, Coréia e Taiwan”), existe uma forte superstição contra o número 4, o quê os psicólogos denominam de: “Tetrafobia”, uma espécie de aversão ou medo do número 4.
A letra chinesa para quatro é:(四, “pinyin”: “sì”), e tem o som muito semelhante à palavra morte (死, “pinyin”: “sǐ”). Nas palavras sino-japonesas e sino-coreanas o 4 é “shi” (japonês) e “sa”, no (coreano), que soam idênticas à morte também. No “Japão”, para não pronunciar o número 4, eles pronunciam “yon”.
Como podemos observar, a similaridade com a palavra morte, traz uma enorme aversão ao número 4 nesses países, ao ponto dos asiáticos (principalmente os japoneses), evitarem o número 4 e seus múltiplos (4, 14, 24, 34, etc...) - em andares de edifícios, ficando omissos nos elevadores, nas placas de portas de quartos de hotéis, nas salas de escritórios, nos apartamentos, nos leitos de hospitais, em mesas de jantares de casamento ou outras reuniões sociais. Em muitos complexos residenciais, os blocos construídos, que deveriam levar o número 4 (ou seus múltiplos), são substituídos por blocos numerados com: (3A, 13A, 23A, 33A, etc...)
Em “Taiwan”, a “tetrafobia” é tão comum que não há 4 ou múltiplos de 4 para endereços, placas de carro e quase tudo numericamente relacionado ao 4. Creio eu, que dos países asiáticos, “Taiwan” seja o mais radical em matéria de evitar o número 4.
Já na “Coréia”, a “tetrafobia” é menos extrema, mas, o andar numerado com 4, é sempre omisso nos hospitais e edifícios públicos. Em edifícios residenciais, o quarto andar muitas vezes é simbolizado com o 4 escrito, em vez do 4 numérico, assim se dá também nos elevadores, nas portas e nas fachadas dos prédios.
Mas, isso será uma mera superstição? Ou será uma doença como afirmam os psicólogos? Eu não creio que seja nem uma coisa e nem outra, afinal de contas, toda cultura tem suas crenças populares e porque, com os japoneses (e demais asiáticos), isso aconteceria de maneira diferente? Assim, é preciso respeitar a forma de ser e de viver dos outros, pois, como dizia a minha saudosa mãe “Neuza”: “Cada coisa com o seu uso e cada país com o seu fuso!”
E os japoneses levam muito à sério essa coisa de superstição, ao ponto de serem feitas algumas alterações como essa do número 4, por exemplo, (que para o resto do Mundo, pode até parecer uma coisa bem estranha), mas, que para eles, é somente um modo de evitar um possível fase de má sorte em suas vidas.
Agora, eu só fico imaginando na hora do sexo, será que os asiáticos colocam suas mulheres “de 5?”... Acho que isso não vai dar muito certo! Como podemos notar, tem horas que o número 4 faz muita falta... Ainda bem que eu nasci brasileiro!!!
Brincadeiras à parte, para quem gostou dessa postagem do ®DOUG BLOG... “Doumo arigatou gozaimasu!” [どうも有難うございます] — “Muito obrigado!”
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).
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