De onde surgiu este vírus nefasto? Quando esta pandemia irá acabar? As vacinas são mesmo eficazes e teremos de tomar novas doses anualmente? Existirá um “Novo Normal” no Mundo, onde poderemos viver sem máscaras? Estas perguntas, só mesmo o “detetive dos detetives, Sherlock Holmes”, poderá responder sem titubear.
A popularidade e fama de “Holmes”, se apresenta tão grandiosa, que foi dado a ele, pela “Rainha Elizabeth II”¹ (21 de abril de 1926), o título de “Sir”². Por este motivo, muitos acreditam que “Sir. Sherlock Holmes”, não é um personagem fictício, mas sim, que teria sido mais um honrado cidadão britânico, que marcou seu nome na história. Tanto é assim, que um dos endereços mais famosos de “Londres: 221-B Baker Street” (fictício nas histórias), hoje existe e abriga um museu com o nome do personagem.
A carreira deste ilustre “cidadão da ficção”, que em muito contribuiu (e ainda contribui), para a qualidade da literatura britânica, teve sua origem, nas mãos do médico e escritor: “Sir. Arthur Conan Doyle” (22 de maio de 1859 - 7 de julho de 1930), com narrativas recheadas de “maneirismos”, pois, o detetive “Holmes”, mesmo tendo sido criado por um médico, mantém alguns vícios, entre eles, fumar um “cachimbo Peterson”. O detetive é também vaidoso em seu estilo, trajando sempre uma capa xadrez por cima do elegante terno, combinando com sua boina “Deerstalker Cap” (modelo de seu típico chapéu).
O investigador vive (na literatura), no final do século XIX e início do século XX. Sua primeira aparição foi na revista: “Beeton's Christmas Annual”, na história: “Um Estudo em Vermelho”. Em (fevereiro de 1891), o romance: “O Sinal dos Quatro”, foi publicado em outra revista: Lippincott’s Magazine”. Em (junho de 1891), “Sherlock Holmes” é lançado na revista: “Strand Magazine”, com o conto: “Um Escândalo na Boêmia”. Esta obra obteve tanto sucesso, que garantiu a “Holmes” um longo tempo de publicações nesta editora. Surgiram até (1927), textos adicionais, totalizando 4 romances e 56 contos, com quase todas as suas histórias narradas nas eras “vitorianas e eduardianas”³, entre (1880 e 1910).
As investigações do detetive, se passam entre vários cartões-postais de “Londres”, onde ele “faz um tour pelas ruas: “Fleet Street, Oxford Street, Strand, Pall Mall e Tottenham Court Road”.
“Sherlock Holmes” não é o primeiro investigador dos romances policiais, contudo, é famoso por utilizar na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica dedutiva. Sua habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis, inspiraram até mesmo os experientes agentes da famosa polícia britânica “Scotland Yard”. Assim, a alcunha de “Holmes”, foi transformada em sinônimo de detetive investigativo de excelência, sendo indiscutivelmente o mais notório de todos, estando listado até no “Guinness World Records”⁴, sendo o personagem de ficção policial, mais retratado da história.
Considerado um ícone da cultura britânica, “Sherlock Holmes” e suas histórias investigativas, sempre tiveram um efeito profundo e duradouro sobre a escrita de mistério da cultura popular, principalmente no “Reino Unido” (habitat natural do detetive).
Seus contos originais oriundos dos livros, foram adaptados para palcos e peças de rádio, televisão, filmes, jogos de tabuleiro, videogames e algumas outras mídias digitais mais recentes, mas, tudo tendo início há mais de um século, sendo relatado por diferentes autores e fãs do detetive.
O personagem tornou-se tão famoso, que chegou a obscurecer seu criador, pois, raramente ouve-se falar em “Holmes” como o personagem criado por “Conan Doyle”, mas sim, de “Doyle” sendo o homem que criou o detetive “Sherlock Holmes”, uma prova certeira, de que muitas vezes, “a arte imita a vida” e não vice-versa, como dizia: “Oscar Wilde”⁵ (escritor irlandês, que foi citado algumas vezes por “Sherlock”, em suas tramas).
“Sherlock Holmes” aparece sempre ao lado de seu fiel biógrafo, companheiro e amigo, “Dr. John Hamish Watson”, com quem divide suas investigações, dizendo quando soluciona cada um de seus casos:
“Elementary, my dear Watson!”
(“Elementar meu caro Watson!”)
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¹ A “Rainha Elizabeth II” faleceu em: (8 de setembro de 2022), no “Castelo de Balmoral, na Escócia - Reino Unido”.
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² “Sir” (Senhor, em inglês), é o tratamento destinado aos “Cavaleiros da Ordem do Império Britânico”, que servem à nobreza.
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³ Na história do “Reino Unido”, a “Era Vitoriana”, foi o período do reinado da “Rainha Alexandrina Victoria” (24 de maio de 1819 – 22 de janeiro de 1901) - reinado que durou de (junho de 1837), até sua morte em (janeiro de 1901). Este período, finda no período “Eduardiano - Rei Eduardo VII” (9 de novembro de 1841 - 6 de maio de 1910) - que sucedeu sua mãe (marcando o fim desta era). O reinado de “Eduardo VII”, durou de (1901 a 1910), e a sua segunda metade coincide com o começo da “Belle Époque na Europa”, que consiste no ato da reforma cultural europeia de (1832), como a marca do verdadeiro início de uma nova geração de civilidade e conhecimento.
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⁴ O “Guinness World Records” é uma edição publicada anualmente, idealizada por: “Sir. Hugh Eyre Campbell Beaver” (4 de maio de 1890 - 16 de janeiro de 1967), em (1955), qual contém coleções de recordes e superlativos reconhecidos internacionalmente, tanto em termos de performances humanas como de extremos da natureza.
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⁵ “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida!” - “Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde” (16 de outubro de 1854 - 30 de novembro de 1900).