É inevitável: onde tiver gente reunida, certamente haverá um mentiroso (ou mais de um), neste grupo.
Mentir parece uma necessidade de alguns, uma compulsão, uma imposição pessoal interna irresistível, que leva o indivíduo a realizar determinados atos e a comportar-se de determinada maneira, completamente fora dos padrões naturais.
Eu não sou puritano e nem ingênuo, muito menos, sou alguém antiquado ou preconceituoso, porém, ninguém deve agir igual a papel, e desta maneira, aceitar tudo que aparecer pela frente.
E porque comecei esta postagem do ®DOUG BLOG dizendo isso? Simples, pois, das mazelas da vida, a pior delas, no meu ponto de vista, é a mentira. A mentira para mim é “o mau hálito da alma”, assim, como a inveja também exerce muito bem este papel.
Mitomania, é a compulsão em mentir. A mentira está difundida na literatura, na música, no cinema, etc..., pois, só a arte (e as crianças bem pequenas), possuem licença poética, para transformar a mentira em virtude.
Humanos que somos, nos apegamos na máxima do: “errar é humano”. Porém, se os erros são humanos, os acertos são igualmente humanos também. Mas, preferimos nos esconder nas sombras dos nossos erros, pois, quando eles acontecem, não é preciso admitir coisa alguma, é só sair pela “porta dos fundos”, pela tangente, que assim ficará tudo bem. Ficará tudo bem para quem cara-pálida? Eu particularmente detesto os mentirosos e suas “cascatas”, porque, como sempre escutei a minha saudosa “vó Lourdes” dizer, quando notava que alguém estava querendo levá-la no bico, tentando passar-lhe uma conversa fiada: “Deixa eu me retirar. Já cansei de bater pandeiro para malandro dançar!”
Não sou o dono da verdade, e admito que já contei algumas histórias fantasiosas na minha vida, mas, fiz isso, quando tinha meus 5, 6 anos de idade. Para um homem/mulher, adulto contar “historinhas” sempre, é algo no mínimo preocupante, para não dizer doentio.
Então, em quem podemos confiar? Partindo do princípio que somos os outros, para os outros, até que prove o contrário, devemos confiar em todo mundo... Mas, como isso é complicado.
E é complicado, exatamente porque, acostumamos com políticos que mentem; com religiosos que mentem; com amigos e colegas de trabalho que mentem; com vizinhos fofoqueiros, maliciosos e mentirosos e com parentes, que igualmente mentem também. Até os casais de namorados, os noivos e os casados, mentem infelizmente... E alguns mentem descaradamente, sendo que nenhum deles deveria mentir, pois, a maioria dessas pessoas, fazem parte da base da confiança íntima e familiar de todos nós (inclusive dos mentirosos).
Mas, como identificar os mentirosos em nosso meio, na sociedade de um modo geral, se ninguém age igual ao “Pinóquio”¹, que o nariz cresce quando mente? O jeito é fazer o que é bíblico: “crer sem precisar ver”, até porque, o ônus da prova é de quem acusa e não, de quem se defende, tornado desta maneira (segundo dizem), a justiça cega. Porém, seria a justiça surda, muda e utópica também?
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Pinóquio” (em italiano: “Pinocchio”), é uma fábula de: “Carlo Lorenzini - Carlo Collodi” (24 de novembro de 1826 - 26 de outubro de 1890), personagem que quando mentia, se denunciava, pois, o seu nariz crescia sem parar. - Livro: (1881) - Cinema: (1940).
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).