Uma das palavras da moda é “LEGADO”. Aliás, fala-se muito em legado, mas, o quê esta palavra representa, quase ninguém entende.
Quem se utiliza a palavra legado, geralmente é quem nada agrega dentro da sociedade. Alguém dizer que deixará um legado, meio que promete um passeio de nave espacial, junto com o astronauta “Buzz Lightyear” (do desenho animado “Toy Story”), que só existe na ficção. Ou seja, dessa maneira nada se deixa para as gerações futuras, pois, legado, ao que parece, não passa de algo utópico, então e somente.
Os grandes pensadores e inventores do passado já morreram fazem anos, porém, estes sim, conseguiram fazer o legado deles avançar através do tempo. Já no Mundo contemporâneo, neste nosso “mundinho meia boca” que vivemos, os “novos gênios” só conseguem melhorar o que foi intelectualmente orquestrado antes, pelas hábeis mentes acima da média, dos grandes ícones do passado.
Legado tem de ser algo que toca alguém, diante de uma perspectiva de enxergar mais na frente algo valioso e útil, uma lâmpada acesa no fim do túnel, algo possível de se realizar e, que seja deixado para melhorar a vida de muitos. Ou seja, legado é algo que só faz sentido diante da coletividade, pois, do contrário, se transforma em espólio de um inventário sem fim e sem herdeiros e viúva.
Mas, novos e grandes inventores nunca surgem assim, num passe de mágica. Ou seja, hoje estamos à mercê das melhorias daquilo que já existe, pois, como diria “José Abelardo Barbosa de Medeiros” (30 de setembro de 1917 - 30 de junho de 1988), o “Chacrinha”: “Na vida nada se cria, tudo se copia!” - o grande erro do “Velho Guerreiro” em dizer isso, é que para se copiar algo, um dia alguém teve de ter sido espontâneo, ter criado primeiro a matriz a ser copiada.
Hoje o que possuímos, já está mais que “ruminado” por todos. O telefone, por exemplo, que foi inventado no dia (10 de março de 1876), 7 dias após o aniversário de 29 anos do seu idealizador, “Alexander Graham Bell” (3 de março de 1847 - 2 de agosto de 1922), só foi melhorado e evoluiu para o celular e o celular, acabaram por evoluir para os “Smartphones”¹ (com acesso a Web) e isso não faz nem 3 décadas.
Os antigos inventores plantaram suas sementes, mas, hoje em dia, só existem mentes medíocres, porque, atualmente nada mais é arquitetado com esmero. Porém, enquanto houverem discípulos olhando para os gênios do passado (se esforçando em aprender), talvez, algo de bom surja e seja deixado de legado para novas gerações.
Temos sempre de caminhar em frente, mas, sem ignorar o “ontem criativo”, pois, se enganam totalmente todos que acreditam que um Museu, que uma biblioteca, são lugares cheios de coisas velhas. São sim, lugares repletos de histórias e, cada pessoa observará estas histórias à sua maneira, pois, cada detalhe percebido nas coisas todas da vida, são próprias de cada ser pensante.
Legado não é e nunca será, encontrar o nosso nome escrito em uma “latinha de Coca-Cola” nas prateleiras dos supermercados.
O certo, é que o maior legado que fica de herança é a cultura, pois, a cultura é a “mola propulsora” da própria condição humana na face da Terra.
Finalizo dizendo que o “Cebolinha” é que está certo no seu erro, pois, ele sofre “Dislalia”² e assim, deixa o seu legado, trocando a letra “R” pela “L”, pois, com o simples ato dele ter “REGADO” o jardim da sua casa, conseguiu dessa maneira, deixar um belo “LEGADO”, das flores que brotarão futuramente do seu erro.
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ O primeiro produto a combinar as funcionalidades de celular com Web, foi o “IBM Simon”, lançado em (1993), o aparelho continha tela de “toltscrem” e conseguia acessar e-mails.
² A “Dislalia” (do grego dys + lalia), é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade da pessoa articular corretamente as palavras contendo as letras “R e L”.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Buzz Lightyear (super-herói de brinquedo/Space Ranger) - Franquia Toy Story” (1995 - 1999 - 2010 - 2019 - 2026).
* “Cebolinha” (1960), do cartunista: “Mauricio de Sousa” (27 de outubro de 1935) e “Garfield e Odie” (1978), do cartunista: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).