Todos sabem do carinho que tenho pelos orientais, principalmente pelo povo japonês (pois, vivi alguns anos em “Tokyo”). E vem de lá, da “Terra do Buda” [em sânscrito: बुद्ध] - (556 a.C - 483 a.C.), muitas das verdades que levo comigo na vida.
Uma das mais corretas entre estas verdades, é: “Cuida primeiro de ti, para depois poder cuidar dos outros!” Sim, pois, como conseguir cuidar dos necessitados, dos que precisam das nossas “mãos estendidas”, se o teu equilíbrio físico e psicológico não existe? Outra grande verdade é dizer: “Não se culpe pelo que deu errado, se não dependia só de ti!”
É certo dizer e entender, que nem sempre é tarefa fácil tentar manter o corpo e a mente “zen”, pois, diferentes da maioria dos orientais, nós do resto do Mundo, não somos muito adeptos da circunspecção. Aliás, muito pelo contrário, levamos e proferimos “socos, pontapés e bordoadas” (na maior parte do tempo), contra tudo e contra todos, vivemos nossas “onomatopeias” pessoais e, quase sempre por motivos banais.
Eu sei bem o que é cuidar e ser cuidado (principalmente por meus pais e esposa), porém, quando começamos a perder aquelas pessoas fundamentais em nossas vidas, aquelas que mais amamos, surge uma pergunta diante das nossas forças e do nosso resto de equilíbrio, que se misturam com o desânimo de uma vez: você soube cuidar de quem precisou de ti, mas, agora que perdeu essas pessoas tão queridas, quem irá cuidar de ti?
Dizem que somos frutos daquilo que “plantamos” na vida, no entanto, é certo também dizer, que nem sempre as respostas das benevolências que praticamos (com o coração desprendido de retorno ou gratidão alheia), regressam para nós de maneira imediata, pois, assim como nas lavouras, no viver também existe o tempo de plantar e o de colher (ou seja, o retorno punitivo para o mal, nem sempre será imediato também), até porque, para se fazer o bem é preciso sacrifícios, mas, já para fazer o mal, este pode ser realizado até, “deitado eternamente em berço esplêndido”.
As pessoas andam cada vez mais materialistas, ao ponto de todos saberem qual o personagem histórico americano está estampando na nota de 100 dólares: o polímata “Benjamin Franklin” (17 de janeiro de 1706 - 17 de abril de 1790), figura representativa do iluminismo, que mesmo sendo um homem religioso, nunca chegou perto de ser um líder humanista, como foi “Mahatma Gandhi” (2 de outubro de 1869 - 30 de janeiro de 1948), este, que muitas pessoas espalhadas pelo Mundo, nem sabem quem foi.
Ou seja, queremos viver os efeitos do “Carpe Diem”¹, desde que estejamos com os bolsos recheados de dinheiro. E mesmo que consigamos viver por longos 100 anos, não mudaremos nossas prioridades, pois, esta breve existência que temos, será sempre materialista, mesmo sabendo que tudo é perecível e que a vida passa num sopro.
O grande problema hoje, neste nosso Mundo informatizado, é que não anda existindo aquele último bom cidadão (que antes de sair), irá apagar a luz, pois, a maioria de nós, vive numa espécie de “bolha VIP”, na tal “Zona de Conforto” que os Smartphones e demais aparelhos conectados na Web nos proporcionam. O complicado será se um dia der um “apagão geral”, aí quero ver? Pois, os seres humanos do Mundo contemporâneo, não estão preparados definitivamente, para viver sem a existência de uma tomada e da energia elétrica por perto. OREMOS!
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[NOTAS FINAIS ®DOUG BLOG]
¹ “Carpe Diem”, é parte da frase latina extraída de uma das Odes, de “Horácio” (8 de dezembro de 65 a.C. - 27 de novembro de 8 a.C.), tendo algumas traduções possíveis: “Colha o Dia; Desfruta o Presente; Viva Este Dia"; Aproveita o Dia; ou Aproveita o Momento”.
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웃 PERSONAGENS NAS ARTES NÃO MENCIONADOS NO TEXTO:
* “Garfield e Odie” (1978), criações do cartunista americano: “Jim Davis” (28 de julho de 1945).