“O Poder Paralelo — O Rio de Janeiro Continua Lindo?”

O “Rio de Janeiro” Continua Lindo? Boa pergunta. O que estão fazendo com o meu “Rio de Janeiro” é uma verdadeira covardia, algo inominável. A cidade que outrora foi cantada em verso e prosa, sendo “maravilhosa”, por “Gilberto Gil” (26 de junho de 1942):

♫O Rio de Janeiro continua lindo ♪ O Rio de Janeiro 

continua sendo ♪ O Rio de Janeiro, fevereiro e março...♫ 

   

Para mim e para tantos outros cariocas, o “Rio de Janeiro” ainda continua um lugar lindo e bom de viver, apesar dos pesares.

Porém, os inúmeros desmandos políticos, provenientes de décadas de erros, transformaram o meu “Rio”, em uma verdadeira “praça de guerra”, onde o “poder paralelo” (organizado pelas mãos sujas de sangue dos traficantes e  miliciamos), tomaram conta da cidade. 

Essa praga de “milícias” (formadas por policiais corruptos), não combatem crime algum, eles geram mais criminalidade, isso sim. Com os “milicianos” no comando, até os traficantes de drogas, perderam espaço no “crime organizado”, que um dia tomba, mudando de mãos.

Mas, existem muitos tipos de bandidos e vagabundos espalhados por aí... Os bandos que assaltam carros-fortes e caixas eletrônicos, os sequestradores, os criminosos de um modo geral, que praticam “arrastões” nas praias (o lazer mais democrático do povo), pois, as belas praias do “Rio”, são de todos, sejamos daqui ou não?

O Governo Federal fez como “Pôncio Pilatos” (dezembro de 12 a.C - 38-39 d.C.), lavou as mãos, pois, não cuidam nem das nossas fronteiras, local por onde entram os armamentos que alimentam a criminalidade no “Brasil” (principalmente nas favelas do “Rio”). As fronteiras conduzem também as drogas, quais passam livremente, fazendo muito dinheiro, para que mais armamentos sejam comprados e cheguem nas mãos da “bandidagem”.

Porém, não é só o “Rio de Janeiro” que está “entregue as baratas”, muitas capitais e cidades de médio e pequeno porte, também estão largadas a própria sorte. As coisas ficam mais evidenciadas no “Rio de Janeiro”, porque, a imprensa de um modo geral, tem sua sede no “Rio”, ficando mais fácil fazer as matérias nesse sentido. “São Paulo”, por exemplo, é uma capital tão violenta ou até mais violenta, que o “Rio de Janeiro”. Tudo bem, “São Paulo” é geograficamente maior que o “Rio”, mas, não falo em tamanho geográfico e sim, do número de mortes em média, ocorridas pela criminalidade (comparando as capitais).

O certo, é que hoje em dia, nem os bombeiros são mais uma instituição confiável, tendo em vista, que até nessa corporação, já foi detectada corrupção. Como diria “Cazuza” (4 de abril de 1958 - 7 de julho de 1990), na canção “O Tempo Não Pára” (1988): 

♫... A tua piscina está cheia de ratos ♪ tuas idéias não correspondem aos fatos ♪ o tempo não pára...♫

As polícias no “Brasil” em sua maioria, são despreparadas e com armas de “brinquedo”, diante dos fortes armamentos que a “bandidagem” apresenta (e aí voltamos à questão das fronteiras). Segundo um recente relatório da “Anistia Internacional”, 77,2% dos efetivos policiais no “Brasil”, são corruptos e são também os que mais matam no Mundo, sejam eles federais, militares ou civis. Esses números alarmantes, só mostram a total insegurança em que vivemos no País. mas, é lógico que existem bons policiais, porém, devo salientar, que só é preciso de uma “batata podre”, para estragar as demais “batatas do saco”, maculando todo o  bom nome de uma corporação.

Eu não quero viver em um país onde os políticos são corruptos, onde a polícia e os bandidos são a mesma coisa, onde a justiça não é justa. Um País que não se preocupa com serviços públicos básicos, como transporte de boa qualidade, saúde para todos, sem distinguir raça/cor ou classe social, um País que não se preocupa com o saneamento básico, pois, ainda existem palafitas e favelas (e quando falo básico, é básico mesmo... É água potável e tratamento de esgoto). Mas, principalmente não aceito um País, que não se preocupa com a educação, pois, só com uma educação eficaz, tornará os nossos filhos e filhas em cidadãos e cidadãs de bem.

Se o dito popular revela que: “Seguro morreu de velho”... “EU QUERO O MEU RIO DE JANEIRO SEGURO!”, para que possamos morrer de velhos e não, das “balas perdidas” (as mesmas que sempre encontram alguém), ceifando muitas vidas, de gente inocente, que não sabe o quê é ser seguro e, que nunca saberá o quê é “morrer de velho”, pois, nós as pessoas de bem (e até mesmo os bandidos), todos de alguma maneira, estamos morrendo cada dia mais cedo, de algum tipo de morte violenta.

Vivemos em “tempos de guerra”, de desilusão pessoal e revolta contra o poder público. Então, de que adiantou fazer uma intervenção militar na cidade do “Rio de Janeiro” (colocando o exército nas ruas), se os bandidos continuam no poder? E quando falo em bandidos, não estou só me referindo aos traficantes de drogas, ou aos ladrões de Bancos, por exemplo, pois, se cercamos a “Praça dos Três Poderes - o Panteão, no Distrito Federal”, de certa maneira, já teríamos (metaforicamente), um novo presídio de segurança máxima no “Brasil”.

Acho que já passou da hora de pararmos de “brincar de polícia e bandido”, mas, principalmente, passou da hora de pararmos de “brincar de votar errado”, elegendo esses “filhotes da ditadura”, que promoveram o “AI-5”¹ anos atrás.

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¹ “AI-5 - Ato Institucional Número Cinco”, foi o quinto dos dezessete grandes decretos emitidos pela ditadura militar, nos anos que se seguiram ao golpe de estado de (1964), no “Brasil”.

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